Little Blue Boy (Parte 2)

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Notas Iniciais
🌱Voltei, pexual!

Música do capítulo:
Say Something (A Great Big World)

Gatilhos:
*Automutilação
*Tentativa de estupro
{Caso ache mais algum por favor me avise}

Em pouco tempo voltaremos a "leveza" original dos capítulos.

Boa leitura!🌱











POV Andrew

Se você ainda está lendo isso, eu tenho sérias dúvidas quanto a sua sanidade mental. Mas já que estamos aqui, vamos continuar logo com isso.

Como era de se esperar, a polícia chegou na minha casa e encontrou os corpos já frios de meus pais no chão enquanto eu abraçava meu ursinho de pelúcia com minhas bochechas encharcadas pelas lágrimas salgadas que desciam incontrolavelmente. Não sei ao certo quanto tempo havia se passado e nem porque a polícia apareceu, visto que eu não tinha ligado para eles, mas ao menos eles ajudaram-me a relaxar e acalmar meus nervos.

Como se tratava de Gotham, inicialmente julgaram que eles haviam sido assassinados e que o criminoso havia escapado, descartaram a possibilidade de eu ter os matado, afinal eu era apenas uma criança. "Uma desavença envolvendo um teta, talvez?" Foi o que sugeriram. Mas eu sabia da verdade, eu havia matado meus pais, atualmente eu digo "foda-se, eles mereceram.", mas na época eu era apenas uma criança que havia acabado de matar os pais, eu me sentia um verdadeiro monstro.

Após vários dias "necessários" para documentar e arquivar tudo, eu finalmente encontrei uma casa, bem acho que o Orfanato Solzinho Feliz não poderia ser chamado assim, mas era o mais próximo de um lar que eu tinha até aquele momento. Eu estava assustado, não era nem um pouco exigente com o buraco que me enfiariam.
Gotham é famosa por sua hospitalidade de matar e para piorar a situação o orfanato se encontrava num dos locais mais perigosos de Gotham City, o Beco do Crime.

As regras do local eram simples, obedecer aos cuidadores, evitar brigas e sob hipótese nenhuma sair do orfanato à noite. Mas como veremos, eu não era o melhor em seguir ordens diretas.
A maioria das crianças e adolescentes do local não gostava de se misturar comigo, mas também, quem iria querer ficar perto do garoto que matou os pais? Ninguém podia provar nada, é claro e a própria polícia não acreditava nessa teoria, mas isso não impedia as crianças de teorizar o acontecimento, é incrível o quanto as crianças podem ser cruéis!

--- É verdade? --- Perguntou um garoto com cabelo raspado no estilo militar, seu nome era Taylor {qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência}. Eu estava sentado na sombra de uma árvore no pátio central, enquanto lia um livro quando ele chegou até mim.

--- Seja mais específico. --- Retruquei, mesmo que já soubesse do que se tratava, eu era carne fresca e a fofoca rolava solta nos corredores do Orfanato Solzinho Feliz, eu não era surdo e eles não eram discretos.

--- Ah, você sabe bem do que eu estou falando. --- Disse se aproximando cada vez mais, até que eu pudesse sentir seu hálito no meu rosto.

--- Afaste-se, está invadindo meu espaço pessoal. --- Bradei, olhando para o menino com apatia.

--- Senão o quê? Vai me matar? --- Falou, com um sorriso cínico no rosto. Minha mente gritou "Não seria má ideia!", todavia tratei de controlá-la.

--- Você tem muita ignorância para pouca idade. --- Retruquei, com deboche estampado no meu rosto, enquanto ele franzia o cenho em desgosto. Mesmo que ele fosse 2 anos mais velho que eu.

--- Escuta aqui, seu merdinha, eu mando neste lugar. E se você não me obedecer e continuar me desrespeitando, eu vou fazer de você minha putinha pessoal. --- Disse pegando a gola de minha camisa.

Amor Ódio & InstintoOnde histórias criam vida. Descubra agora