O caminhão seguia rápido pela estrada, se afastando o mais rápido possível do local, para não ser visto. Mira bateu na carroceria e pedir para Dalton parar, beijou Zoren e desceu.-Confie em mim, sou a guarda florestal, preciso ir lá fiscalizar, ligue para o sub delegado e avise. - terminou de falar e correu, subindo a montanha.
Estavam perto de onde deixaram o triciclo de Dalton e ela aproveitou ele. Pilotou rápido até a área da explosão, chegando logo após os helicópteros pousarem.
Ela desceu e foi até eles perguntando:-Quem está no comando?
-Quem pergunta? - Perguntou um homem com cara de mau, vestindo um uniforme azul marinho e portando um fuzil.
-Eu sou a guarda florestal desta área, trate de me respeitar intruso, porque a autoridade aqui, sou eu - Ava parecia ter crescido e inchado, tal era a dominância que exalava.
Um homem enorme saiu do meio de outro grupo e caminhou até ela, reconhecendo a loba alfa, nela. Ao chegar próximo, estendeu a mão, para entregar-lhe um cartão.
-Olá, sou Alecxander Ivanovisk, empresário de Moscou.
-E o que faz aqui, explodindo coisas, tão longe de sua terra? - Ava percebeu que ele fala um inglês perfeito.
-Não fomos nós que causamos a explosão, chegamos logo após ela, preferia ter chegado antes, pois estou a procura de minha companheira que foi sequestrada a cinco anos. Este lugar foi uma dica que me custou muito dinheiro. Agora está tudo destruído - lamentou-se ele.
-Essa é uma reserva florestal privada, protegida pelo governo e só podem estar nela os habitantes ou pessoas com autorização prévia. Posso ver sua autorização? - Ava precisava fazer tudo conforme a legalidade.
-Aqui está, guarda - ele lhe estendeu um papel timbrado do Governo do Alasca, assinado pelo próprio governador.
Ava pegou seu celular no bolso interno do casaco e tirou algumas fotos do documento e o devolveu.
-Meu nome é Ava e esse documento é completamente irregular. Esta área de reserva, como já disse, não é uma área pública, ela é privada e subsidiada pelo governo, mas não é de propriedade dele, portanto, não possui direitos aqui. - Ela falou com autoridade e o empresário ficou aborrecido com a nova informação.
-Como posso conseguir uma autorização para escavar este lugar e ver se têm algum vestígio de minha companheira sob os escombros? - Perguntou o empresário, tentando manter o controle sobre seu animal interior que está furioso.
-Não pode, tudo isso é de responsabilidade nossa. Pegue seu pessoal e vá embora dessas terras, antes que não consigam mais sair dela - expulsou-os a caçadora.
Ele se aproximou dela, seu lobo aflorado e querendo sair, rosnou mostrando as presas e perguntou.
-Quem vai me impedir?
Ava olhou aquele homem, que dava quase dois dela e sorriu, estava com saudades de uma boa briga, só que aquela iria terminar muito rápido. Ela enfiou a mão no bolso, deslizou por baixo de suas pernas e virando-se, levantou e segurou em seu braço, tomando impulso e saltando sobre ele, enfiou a agulha em um ponto específico, próximo a sua orelha, o paralisando e pousando a sua frente, novamente.
-Eu o impedi! - ouviu o barulho das armas sendo engatilhadas e pôs um dedo na boca pedindo silêncio e ouviu-se o barulho de diversas armas ao redor deles sendo também engatilhadas.
-Que tal, vocês pegarem seu chefe agora e irem embora? - Sugeriu a caçadora.
Os homens se olharam assustados e viram que não valia a pena peitar aquele povo. Um deles tomou a frente e comandou:
-Vamos homens, não temos mais o que fazer aqui - falou o que parecia ser o oficial em comando.
Antes que todos se retirassem carregando o empresário paralisado, Ava tirou muitas fotos de todos e quando já estavam ligando os motores, ela pulou na lateral do helicóptero e recuperou sua agulha, deixando o Alfa chocado com sua audácia.
A caçadora depois de voltar ao chão, deu um tchauzinho para eles e voltou ao seu triciclo.A caçadora, antes de sair, acenou com a cabeça em agradecimento a todos os que ajudaram fazendo barulho de armamento. Eram shifters diferentes, que não viviam em bando, mas que eram instruídos por ela de como proceder em caso de invasores.
Seu retorno a Alcateia foi tranquilo, chegou e foi direto para a nova clínica, ver como estavam os shifters resgatados e a Alfa fadinha ou fadinha alfa, sorriu ao pensar no assunto.
-Boa tarde pessoal - cumprimentou todos ao entrar no recinto.
-Boa tarde, Luna. Seja bem vinda - respondeu Sophia, que estava na recepção.
-Como estão todos, Sophia? Algum caso grave? - Quis saber a Luna.
-Todos já foram tratados, a Doutora Svetlana já foi embora com o Alfa Dalton e o caso mais sério foi o da mulher de gelo, como estão chamando ela. Mas a doutora disse que é só manter ela no soro até amanhã e alimentá-la de três em três horas com uma caldo forte de tutano. Por isso ela foi levada para a casa de sua mãe Sheila. - falou Sophia, como se lesse um relatório.
-Que bom Sophia, obrigada, depois faço uma visita a ela. Agora vou para casa, estou doida para tomar um banho. A propósito, teve notícias de Arlon? - Lembrou de perguntar, já estando na porta.
-Meu ursão é forte, já está quase bom, vem e ver amanhã, obrigada Luna - disse ela, piscando um olho.
Ava sabia o que Sophia estava agradecendo e sorriu, se dirigindo para casa, para tomar o seu merecido banho.
Assim que abriu a porta, avistou Zoren vindo em sua direção e pegando ela no colo, levou-a para o quarto.-Nunca vou me acostumar com essa sua profissão - reclamou apertando-a em seu colo e cheirando seu pescoço.
Chegando ao quarto, ajudou-a a tirar a roupa e pegou-a novamente, colocando-a na banheira cheia de água mora com sais perfumados.
-E eu vou, com certeza, me acostumar com todo esse mimo - se esticou o quanto pode, apoiando a cabeça na beirada e deixando seu Alfa lhe banhar.
***
Dalton levou sia fêmea para casa, preocupado com seu cansaço. Ela cuidou de muitos feridos e ainda chegou com a mulher de gelo, para aumentar seu trabalho.
Infelizmente não conseguiam conversar direito, pois precisavam do tradutor e isso os fazia perder muito tempo. Secretamente, Svetlana estava aprendeto inglês bem um aplicativo no celular e vivia com os fones no ouvido. Queria surpreender seu macho alfa.
Dalton demonstrou sua preocupação, lhe dando banho, vestindo e alimentando. Sua fêmea era forte, inteligente e cheia de curvas macias, que ele adorava apalpar e parecia que ela gostava de fazer a mesma coisa com ele, pois vivia a lhe apalpar também. O fogo queimava logo em suas veias e ela sempre queria estar no controle da relação, o que tornava o sexo em uma batalha divertida e muito, muito prazerosa.
Agora ela estava descansando e ele meditava, admirando seu sono tranquilo, se ela não tivesse sido capturada, conseguiriam se encontrar? Devia haver um Deus no céu que cuidava dessas coisas, pois foi um verdadeiro milagre tê-la encontrado e salvado sua vida.
Pensando nessas coisas, dormiu também.
Amanhã seria outro dia.
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Alfa Abandonada
FantasyUma Alcatéia em um lugar inóspito, onde metade do ano é um inverno rigoroso e na outra metade é só um inverso, mas seus membros estão acostumados ao frio e a neve. As crianças adoram brincas de escorregar na neve e os mais velhos cuidam dos mais nov...