<Cap 42 - The feared danger>

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Capitulo não revisado>

 - Nós fomos atacados - disse Mew secamente. – Foram os renegados.

- Guerreiros Renegados? Aqui?

- Guerreiro - disse Mew. - Só vimos um.

- Mas Dorothea disse que havia mais - acrescentou Gulf.

- Dorothea? - Hodge ergueu a mão.

- Talvez seja mais fácil se narrarem os eventos em ordem.

- Muito bem. - Mew lançou um olhar de aviso a Gulf, interrompendo-o que Gulf pudesse começar a falar. Depois embarcou em um recital dos eventos da tarde, deixando de fora apenas um detalhe: que os homens no apartamento de Luke eram os mesmos que haviam matado seu pai sete anos antes. - O amigo da mãe de Gulf, ou seja, lá o que ele for, atende pelo nome de Luke Garroway - Mew finalmente concluiu. - Mas, enquanto estávamos na casa dele, os dois homens que se diziam emissários de Valentim se referiram a ele como Lucian Graymark.

- E os nomes deles eram...

- Pangborn e Blackwell. - informou Mew

Hodge ficara completamente pálido. Contra sua pele cinzenta, a cicatriz na face se destacava como um risco de arame vermelho.

- É como eu temia -ele disse, meio para si mesmo. - O Ciclo está ascendendo novamente.

Gulf olhou para Mew em busca de explicação, mas ele parecia tão confuso quanto ele.

- O Ciclo? - Mew perguntou.

Hodge estava sacudindo a cabeça, como se tentasse se livrar de teias de aranha no cérebro.

- Venham comigo - ele disse. - É hora de mostrar uma coisa.

As lâmpadas de gás estavam acesas na biblioteca, e as superfícies polidas de carvalho dos móveis pareciam arder como joias escuras. Cobertas por sombras, as faces dos anjos que seguravam a mesa enorme pareciam ainda mais sofridas. Gulf sentou no sofá vermelho, com as pernas para cima, Mew se apoiou no braço do sofá ao lado dele.

-Hodge, se você precisar de ajuda para procurar...

- De maneira alguma. - Hodge emergiu de trás da mesa, sacudindo a poeira das calças. - Encontrei.

Ele trazia um livro enorme, encapado com couro marrom. Ele passou as páginas com um dedo ansioso, piscando como uma coruja por trás dos óculos e sussurrando:

- Onde... onde... ah, aqui está! - Ele limpou a garganta e leu em voz alta: - Por ter médio deste, afirmo obediência incondicional ao Ciclo e a seus princípios... Estarei pronto a arriscar minha vida a instante pelo Ciclo, de modo a preservar a pureza da linhagem de sangue qualquer de Idris, e pelo mundo mortal cuja segurança nos é confiada. Mew fez uma careta.

-De onde foi isso?

- Era o juramento de lealdade do Ciclo de Raziel, há vinte anos - disse Hodge, soando estranhamente cansado.

- Que coisa arrepiante - disse Gulf. - Parece uma organização fascista, ou algo do tipo.

Hodge repousou o livro. Ele parecia tão sofrido e tão estático quanto os anjos sob a mesa.

- Eram um grupo - disse lentamente - de Caçadores de Sombras, liderados por Valentim, dedicados a livrar o mundo dos habitantes do Submundo, e devolvê-lo a um estado "mais puro". O plano deles era esperar que os membros do Submundo chegassem a Idris para assinar o Acordo. Aproximadamente a cada 15 anos, eles têm de ser assinados novamente, para manter sua mágica potente ele acrescentou, para que Gulf pudesse entender. - Depois, planejavam matar todos eles, desarmados e indefesos. Esse ato terrível, eles pensaram, traria a guerra entre os humanos e o povo do Submundo, uma guerra que eles pretendiam vencer.

- Essa foi a Ascensão - disse Mew, finalmente reconhecendo na história de Hodge algo que lhe era familiar. -Eu não sabia que Valentim e seus seguidores tinham um nome.

- O nome não é dito com frequência nos dias de hoje - disse Hodge. - Sua existência se mantém como uma vergonha à Clave. A maioria dos documentos ligados a eles foi destruída.

- Então por que você tem uma cópia desse juramento? — perguntou Mew.

Hodge hesitou apenas por um instante, mas Gulf percebeu, e sentiu um pequeno e inexplicável calafrio de apreensão atravessar a espinha.

- Porque afinal ajudei a escrevê-lo.

Mew levantou o olhar ao ouvir isso.

- Você fazia parte do Ciclo.

- Fazia. Muitos de nós fazíamos. - Hodge estava olhando diretamente para frente. - A mãe de Gulf também.

Gulf recuou como se tivesse levado um tapa.

- O que?

-Eu disse...

-Eu sei o que você disse! Minha mãe jamais teria pertencido a uma coisa dessas. Uma espécie de... Uma espécie de grupo de ódio.

-Não era... – começou Mew, mas Hodge o interrompeu.

-Duvido - ele disse lentamente, como se as palavras doessem - Que ela tenha tido escolha.

Gulf o encarou.

- Do que você está falando? Por que ela não teria tido escolha?

- Porque - disse Hodge - Ela era a mulher de Valentim...

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