Capítulo 17

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Felicity

1 semana depois...

Ajudo Angel a se deitar na cama, soltando um suspiro baixo ao ver que até agora ela não teve nenhum tipo de interação comigo. Na verdade ela não fala com ninguém, nem mesmo com o Cole que foi visitá-la todos os dias durante o tempo que passamos no hospital.

- Ainda não consegue mexer? - pergunto me referindo a sua perna direita e ela nega. O médico que cuidou do caso do meu anjo, avisou que poderia levar um tempo até que ela conseguisse recuperar o movimento da perna novamente. Por enquanto, Angel permanecerá na fisioterapia. - Porque não fala comigo, querida?

Encosto levemente meus dedos no seu seu rosto, enxugando uma lágrima que desliza por ele. Logo Angel começa a chorar ao ponto de soluçar, fazendo meu peito se apertar fortemente. Me deito com ela na cama, deixando seu corpo bem próximo do meu.

- Você está segura, amor... ninguém nunca mais vai te machucar. Não posso prometer que tudo vai ficar bem, porque é preciso de tempo para curar essa dor que está sentindo. - beijo sua testa, tentando transmitir a mensagem que à partir de agora, sempre estarei ao seu lado. - Estou aqui com você.

Continuo consolando Angel por um tempo, cantando algumas músicas para acalmá-la. A visão do meu anjo dormindo enquanto suga sua chupeta me deixa totalmente encantada e rendida ainda mais por ela.

- Oi... - ouço a voz de Miles atrás de mim. - Vim ver como você está.

Trouxe Angel para minha casa, mas a mesma não quis ter contato com ninguém além de mim. Estou trabalhando para que ela fale pelo menos algumas palavras. Eu conversei sobre a questão de um psicólogo, mas Angel negou freneticamente, logo começando a se desesperar e chorar compulsivamente. Não vou obrigá-la a nada por enquanto, minha SnowFlower passou por um trauma muito grande e eu entendo o quão difícil pode ser compartilhar isso com alguém. Acho que, para a pessoa ser ajudada, primeiro ela tem que aceitar que precisa disso.

- Eu... estou bem, só quero que Angel fique boa logo. - respondo deitando minha cabeça no seu peito.

- Você gosta mesmo dela, não é? - ele pergunta. Confirmo com a cabeça, voltando meu olhar para a garota que descansa parecendo calma.

Agradeço por isso.

Desde que chegamos, Angel tinha pesadelos toda vez que fechava os olhos. Então passei a dormir com ela, e pelo visto isso ajudou muito. Fico feliz em saber que minha presença a fez se sentir segura...

- Eu acho que... estou me apaixonando. - confesso com um sorriso bobo. - Conheço ela há apenas dois meses, mas já estou tão...

- Cadelinha. - Miles completa e bato em seu ombro. - Sua mão é pesada!

- Fala baixo, não quero acordá-la. - alerto, o olhando séria. - Vamos para seu quarto.

Saímos do quarto de hóspedes, seguindo para os aposentos do meu irmão. Meus pais estão trabalhando, e Eros na faculdade; cursando pediatria. Minha mãe está ansiosa para conhecer Angel. Quando contei um pouco da história do meu anjo, seus olhos se encheram de lágrimas como se a mesma sentisse a dor dela.

Acho que qualquer pessoa teria essa reação ao saber das atrocidades que aqueles vermes fizeram. Mandei minha equipe rastreá-los, aparentemente os dois sumiram do mapa. Mas ninguém permanece muito tempo escondido de mim.

Miles se deita na cama, em seguida faço o mesmo. Suspiro nos braços do meu irmão, sentindo um pouco de calmaria tomar conta de mim. Meu irmão retira seu moletom, permitindo que eu abocanhe seu mamilo, começando a mamar. Solto um gemido de apreciação ao sentir o gosto do leite; já fazia mais de cinco dias que eu não mamava.

Fecho os olhos apenas para relaxar. Tenho que voltar para Angel...

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Chupeta da Angel:

Chupeta da Angel:

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