Capítulo 10

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Votem e comentem o que acharam, não sejam leitores fantasmas. Isso desanima muito.

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Felicity

Uma semana depois...

Observo minha cafeteria, dando um sorriso orgulhoso ao ver o resultado final. Tive um pouco de dificuldade para decidir o nome, afinal, queria algo que marcasse e tivesse um bom significado.

Neverland Coffee.

O porquê desse nome? Bom, uma vez, quando eu tinha oito anos, estava magoada porque nenhum dos meus amigos compareceram a minha festa de aniversário. Na época, meu filme e livro favorito era Peter Pan; na verdade isso se mantém até hoje. Achava a magia tão incrível, e o fato de que, na Terra do Nunca, somos crianças para sempre... sem preocupações. Miles, vendo minha tristeza, pediu para o papai decorar o quintal com esse tema. Tínhamos até uma casa na árvore.

- O que é tudo isso, Miles? - perguntei com os olhos marejados.

- É nossa viagem para a Terra do Nunca, Fêfe. Vem, vamos! - meu irmão pegou na minha mão e na de Eros. Começamos a correr e brincar como as verdadeiras crianças que éramos.

Essa lembrança sempre ficará guardada em minha memória, porque foi naquele dia que eu percebi que meus irmãos sempre estariam comigo. Meus melhores amigos por toda a eternidade...

- Isso ficou incrível! - Eros exclama olhando para cada detalhe. - O nome... Ah, Fêfe.

Me seguro para não chorar com o apelido. Miles está do meu lado esquerdo, sorrindo carinhoso enquanto me abraça.

- Ficou perfeito. - ele diz.

- Vou poder ganhar café e doces de graça

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- Vou poder ganhar café e doces de graça. - Eros faz uma dancinha esquisita. Damos risada.

- Chamei a Lily e o Cole para trabalharem aqui, eles aceitaram de bom grado. - comento. Solto um suspiro ao lembra de Angel... será que ela está bem? Se alimentando e tomando as vitaminas que enviei?

- No que tanto pensa, maninha? - Miles questiona preocupado.

- Em um maldito anjo perverso...

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- Deu vinte dólares. - ouço a voz calma de Angel ao atender uma senhora. - Obrigada, volte sempre.

Dou um passo a frente, sorrindo ao ver sua carinha brava ao me ver. Angel usa um conjunto de moletom preto - sua famosa cor - com o avental da cafeteria por cima. Seus cabelos estão presos em um coque quase solto. Seu narizinho está vermelho, fazendo a mesma mexer de vez em quando como um coelhinho.

A fofura que pode arrancar minha cabeça fora.

- Você não devia tomar tanto café. - ela diz assim que me aproximo.

- Não venho só pelo café... - falo alto suficiente para Angel ouvir. - Hum... vou querer um café preto.

Ela me olha surpresa. Acho que estranhando o fato de não ter pedido meu habitual café latte.

- Um café preto saindo. - entrego o dinheiro para a de cabelos plantinados.

Como a cafeteria está vazia, Angel vai até o balcão, pegando um copo com a logomarca da loja e despejando o café quente. Observo todos os seus movimentos, franzindo o cenho ao ver a mesma mancar de leve enquanto caminha até mim.

- Você está bem? - pergunto aquecendo minhas mãos ao pegar o café.

- Estou. - responde sem me encarar.

- Está se alimentando bem e tomando os remédios? - insisto. Angel parece meio relutante, mas confirma com a cabeça. - Eu sei detectar mentiras, SnowFlower.

- Sim, Felicity, estou me alimentando bem e tomando os remédios. Feliz? - sua voz é fria. - Tenho que organizar as mesas, a não ser que queria me ver fazendo isso, pode ir embora.

Angel continua mancando, soltando uma careta de dor a cada passo; mas a mesma tenta disfarçar.

- O que aconteceu com sua perna, Angel? - pergunto me remexendo inquieta na cadeira.

- Nada, só a torção daquele dia que ainda está doendo um pouco. - murmura recolhendo as canecas da mesa. - O que ainda está fazendo aqui?

Suspiro.

- Minha presença incomoda tanto você? - indago. Ando em sua direção, o que a faz recuar, encostando seu corpo na parede. Coloco meu braço ao lado da sua cabeça, sorrindo ao ver nossa diferença de altura.

Angel deve ter entre 1,60; já eu tenho 1,77.

- O que está fazendo? - ela questiona, engolindo em seco.

Coloco seus cabelos loiros atrás dos ombros, respirando fundo com o seu cheiro doce que invade minhas narinas. Aproximo meu rosto do seu, a vendo estremecer levemente embaixo de mim. Encaro sua boca marcada de vermelho, com uma vontade absurda de sentir o gosto dos seus lábios.

- Já te disseram o quanto você é linda, Angel? - sussurro acariciando seu rosto.

- Felicity... - sua voz sai fraca. Ela desce o olhar para meus lábios, parecendo enfrentar uma batalha interna. De repente, Angel me empurra, fazendo-me cambalear alguns passos para trás. Ela respira fundo, ajeitando a postura. - É melhor você ir.

Passo a mão pelo rosto em pura frustração ao vê-la se afastar. Outra vez...

Se fosse qualquer outra pessoa, eu já teria cansado de tudo isso, mas com a Angel... algo me puxa para essa mulher. Nunca me apeguei emocionante a alguns dos meus casos, nunca precisei insistir para me deixarem se aproximar. Eu poderia jogar tudo pro alto e gritar um foda-se, mas... eu realmente não quero.

Apenas uma coisa passa pela minha cabeça nesse exato momento:

Eu quero a Angel para mim.

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Bom, esqueci de avisar que mudei o avatar que faz o Eros, mas vocês podem imaginar do jeito que quiserem.

Outra coisa, os comentários do capítulo anterior diminuíram muito. Vocês não estão gostando?

SNOWFLOWEROnde histórias criam vida. Descubra agora