Capítulo 36

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Perdão se houver alguns erros ortográficos. Não se esqueçam de votar e comentar.

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Felicity

Suspiro relaxada ao sentir o leite descer pela minha garganta em grande quantidade. Angel me abraça apertado, ultimamente ela parece estar mais carente que o normal.

Não reclamo, é claro, mas sinto que tem algo errado.

Minha namorada suga sua chupeta, fazendo alguns barulhinhos fofos. Paro de mamar por um segundo, sentindo uma inquietação no meu interior.

— SnowFlower... — chamo e ela olha para mim parecendo distante. — Já faz uma semana que você está estranha. Se aconteceu algo, por favor, me conte para eu poder te ajudar.

— Não aconteceu nada, meu amor. — afirma, pegando em meu rosto com sua mão pálida. — Você sabe que eu te amo, não é?

— Eu também te amo. — respondo com um pequeno sorriso.

— Sabe, semana que vem vai completar sete meses que nos conhecemos. Eu estava pensando... o que acha de jantarmos fora? — questiona entrelaçando nossas mãos.

— Ah... tudo bem. — respondo um pouco desconfiada.

Meus sentidos nunca falham. Tem alguma coisa errada, e eu vou descobrir o que é.

— Agora vem. — ela me chama. Volto a mamar, observando seu rosto. Angel está distante, parece preocupada. E essa falta de respostas está me deixando ao ponto de enlouquecer.

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— Você desistiu da faculdade de pediatria? — pergunto a Eros enquanto como um pedaço de panquecas. — Por quê?

— Eu não sei. Apenas não é a profissão certa para mim. Vou continuar ajudando a mamãe nas ONGs, mas fotografando todos os lugares que visitarmos. Também pretendemos visitar várias regiões diferentes do mundo. Vamos escrever artigos sobre esses lugares e postaremos no nosso site alguns fatos curiosos. — explica e acho a ideia ótima.

Meu irmão veio passar a noite com a gente, para matarmos a saudade e realizar algum programa divertido. Miles não pôde vir por causa das provas que o mesmo precisava estudar.

Olho para Angel que brinca com seu cereal, mas não come e nem fala. Suspiro, pensando em alguma coisa que possa animá-la.

— O que acha de fazermos o piquenique no jardim da casa dos meus pais? — sugiro e Angel volta seu olhar para mim, assentindo com um pequeno sorriso no rosto. — À tarde, quando o sol estiver mais ameno, podemos aproveitar.

— Tudo bem. — minha garota aceita, voltando a se concentrar na comida.

— Onde a mamãe e o papai estão? — pergunto para Eros.

— Foram na casa do vovô e da vovó... parece que o vovô está batendo as botas. — responde simples, tomando um gole de suco.

— E você fala isso com a maior naturalidade.

— O vovô não é uma das melhores pessoas, não é? — Eros diz, dando de ombros.

— É... tem razão. E o Miles?

— Está na empresa. — responde, se levantando logo em seguida. — Eu adoraria ficar e conversar mais com minha irmã favorita...

— Sou sua única irmã. — lembro, recebendo um beijo na bochecha.

— Maaas... tenho que ir. Tchau, pessoal. — se despede, saindo da cozinha logo depois.

— O que quer fazer agora de manhã? — questiono para Angel.

— Podemos assistir um filme e ficar abraçadinhas. — sugere manhosa e abro um sorriso.

— Eu amo fazer isso.

Vamos até a sala de cinema, acho que esse é lugar favorito de Angel em toda a casa. Nos sentamos no sofá e me ajeito no colo da minha namorada, levantando sua blusa e começando a mamar. Angel coloca sua chupeta, pegando o iPad que serve para controlar tanto a grande televisão, quanto a sala. As luzes do ambiente são desligadas e o filme começa a rodar.

— Eu...queria que esses momentos durassem para sempre. — Angel sussurra, acariciando meu rosto. Franzo o cenho, pegando em sua mão.

— Você fala como se a gente fosse se separar. — falo um pouco séria. — Tem certeza que está tudo bem, Angel?

— Está sim, Fê. Às vezes eu só... não estou no meu ápice de felicidade. Não significa que aconteceu alguma coisa. — explica de modo calmo. — Está tudo bem.

Volto a mamar, fechando os olhos para tentar relaxar. Quando estou com Angel, eu simplesmente esqueço dos problemas e me concentro apenas no bem estar que me preenche.

Espero que esses momentos sejam para sempre.

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— Felicity! — Angel dá um gritinho quando passo chantilly em seu nariz. Ela gargalha e o som transmite ondas de felicidade pelo meu corpo. — Vou fazer você engolir esse chantilly!

— Delicada como sempre. — provoco, passando chantilly pelo seu rosto. — Calma, não me mata!

Angel se joga em cima de mim, começando a fazer cosquinhas no meu pescoço e barriga.

— Eu vou fazer xixi, amor! — começo a rir desesperadamente, tentando me livrar do seus dedos. — Angel!

Ela para por um tempo, encarando meus lábios enquanto segura minhas mãos acima da cabeça. Estamos deitadas no jardim, comigo totalmente a mercê da minha garota.

— Vai demorar muito para me beijar? — questiono, mordendo o lábio inferior.

Minha SnowFlower sorri, me beijando ferozmente logo em seguida. O beijo é quente, profundo e sincronizado. Aperto sua cintura, causando um suspiro sôfrego da sua parte. Não sei se ela quer ir mais a fundo, mas de qualquer forma, a deixo comandar tudo.

— Espera... — Angel diz baixinho, se afastando um pouco. — Eu não sei se... estou preparada para...

— Sem problemas, meu amor. — respondo, a abraçando como forma de conforto. — Tudo no seu tempo.

— Eu te amo. — meu amor sussurra próximo ao meu ouvido. — Para sempre.

— Eu também te amo. — a beijo novamente, parando apenas quando a falta se ar se faz presente. — Para todo sempre.

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SNOWFLOWEROnde histórias criam vida. Descubra agora