Acordei e já liguei para Natália, tomei banho, vesti um suéter de gola alta branco e um short bege com um cinto grosso. Prendi meu cabelo em um coque, coloquei um scarpin e preparei o material para a minha primeira aula, uma pequena explicação sobre o assunto para depois podermos aprofundar mais.
Fui até o quarto de Alice e silenciosamente deixei um beijo em sua bochecha.
— Tchau, filha, mamãe logo vai estar de volta, tá? — sussurrei e saí do seu quarto.
Desci as escadas e o café já estava servido, suspirei aliviada ao não ver Colin. Saí de casa vendo o carro preto já estacionado para mim, entrei e fui mexendo no celular o caminho todo. Logo quando entrei, uma moça parou na minha frente, uma jovem de cabelos ruivos e olhos castanhos, ela tem um coque bagunçado e roupas retrô.
— Bom dia, senhorita Elisa! Meu nome é Sandy, vou te apresentar a faculdade.
— Okay. — assenti.
Ela me mostrou o campus em que eu iria trabalhar, existem quatro campus aqui eles são grandes o suficiente, apenas para caber os dormitórios, cinco salas, banheiros, e o escritórios dos professores, sim cada um tem um, eu fiquei ansiosa para ver o meu, pelo visto é o último.
— Chegamos até o escritório. — ela avisou e eu olhei ansiosa para a sala e franzi as sobrancelhas ao ver o nome.
“Carmin Fortana”
— Quem é Carmin Fortana? — perguntei confusa.
— Não te contaram? — ela me devolveu o olhar surpreso. — Você vai ser a assistente dela. — ela falou e arregalei os olhos.
Sandy bateu na porta e em seguida entramos, se revelou uma mulher sentada na mesa do escritório toda concentrada em digitar algo no computador.
— Bom dia, senhorita Fortana! Esta é a sua nova assistente, a senhorita Elisa Barnes. — Sandy me apresentou e finalmente, Carmin desviou seus olhos incrivelmente azuis para mim.
— É um prazer conhecê-la, Carmin. — me encolhi diante de sua feição desaprovadora.
— Gostaria que me chamasse, assim como todos os outros, de senhorita Fortana. — ela repreendeu e eu assenti.
— Vou deixar vocês a sós, boa sorte, Elisa. — Sandy desejou sorridente e apertou meu ombro antes de sair do escritório.
Eu não pude enviar mais cedo para você estudar, mas aqui estão as regras da faculdade e as minhas regras, tudo o que você deve e vai fazer estão aí, peço-lhe que siga todas elas corretamente assim como escrito. - ela colocou uma pilha de papéis acima de sua mesa na intuição de que eu as pegasse, assim como fiz.
— Obrigada. — agradeci ao pegar os papéis e botar em minha bolsa.
— A aula começa em meia hora, então recomendo que leia pelo menos o resumo, eu não tenho tempo para explicar coisa alguma. — eu assenti. — Sente-se. — ela pediu apontando para o pequeno sofá acolchoado preto.
Me sentei e comecei a ler o que ela havia me entregado.
Eu não acredito que eles tiveram a cara de pau de omitir isso, eu só espero que não tenham mentido sobre o salário.
Respirei fundo, Elisa. Vai ser um longo caminho pela frente.
. . .
Ao último sinal tocar para o intervalo suspirei, trabalho somente na parte da manhã.. Saí do colégio e vi o gramado lotado de gente conversando, mas não foi o que mais me chamou atenção, e sim um carro preto que conhecia bem. A porta se abriu revelando Colin, algumas pessoas olharam para ele, não algumas, todas as pessoas, algumas tiraram fotos e outras conversaram somente entre si.
Corri até ele. Que merda o Colin está fazendo? Dava pra sentir o olhar das pessoas me encarando curiosos.
— O que você está fazendo aqui? — perguntei olhando ao redor.
— Vim buscar você. — ele respondeu simples.
— Você não tinha liberado um motorista para mim?
— Eu queria ver você. — ele respondeu e eu paralisei com o que ele havia dito, borboletas voaram em meu estômago e eu involuntariamente sorri.
— Não devia ter vindo. — tentei cortar as emoções. — Isso deve ser desconfortável para você.
— Já passei por coisas piores. — ele respondeu e olhei para a multidão. — Eu confio em você. — o encarei.
— Não foi o que pareceu ontem. — contrapus e ele molhou os lábios.
— É só que eu não quero mais te meter nisso, entende? Eu me preocupo com você, mais do que eu gostaria. — ele revelou segurando a minha mão com delicadeza.
— Colin… — e ele me puxou para um beijo.
Eu fiquei incomodada no início, cheio de pessoas nos assistindo, mas depois, tudo que eu conseguia pensar era em seus doces lábios e seu toque me puxando para mais perto, nos separamos e encarei seus olhos intensos.
— Eu consegui uma reserva em um restaurante, só para nós dois, o que acha? — ele perguntou e eu sorri.
Mas antes que eu pudesse responder qualquer coisa, vários flashes apareceram em nossa direção e ele me colocou atrás dele em um gesto de proteção, entrelaçando nossas mãos.
— Porra, entra no carro, Elisa. — Colin mandou e assim fiz.
Alguns eram repórteres e faziam várias perguntas para Colin, que mandou todo mundo se foder antes de entrar e fechar a porta do carro.
— Está tudo bem? — ele perguntou preocupado e eu assenti.
— Sim. — respondi tentando me recuperar do susto.
Minutos depois chegamos em um restaurante chique. Colin desceu do carro e estendeu a mão para mim, quando coloquei a minha sobre a sua, ele despejou um beijo molhado e eu sorri, ele sempre vai fazer isso? Porque eu gostei.
O restaurante é lindo, me traz algo familiar.
Ele é uma mistura de madeira com elegância, romântico e com tons mais escuros. Logo o garçom nos levou até a nossa mesa.
— O que desejam? — o garçom perguntou e olhei para Colin que tinha a mandíbula tensa.
— Me traz o especial da casa e o melhor vinho. — Colin pediu curto e grosso.
— Não me diga que essa ceninha foi ciúme? — perguntei e ele se inclinou em minha direção.
— Eu gosto de você sendo apreciada apenas por mim, só por mim..
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Changes
RomanceElisa Barnes, brasileira que estudava nos Estados Unidos e viveu intensamente durante essa temporada, infelizmente, acabou grávida e se mudando para a Califórnia. Trabalhando em um dos melhores hospitais como enfermeira, ela recebe um paciente inesp...