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Coloquei um biquíni com estampa de onça rosa, uma saída de banho  preta, chapéu e óculos escuros.

— Colin, acorda. - mandei me sentando em seu colo.

— Deixa isso pra mais tarde. — ele falou ainda de olhos fechados e eu ri.

— Vamos para praia! - avisei e ele resmungou. - Tem uma piscina enorme aqui, precisamos aproveitar, eu já estou pronta. - expliquei e sorri ao ver ele abrir os olhos sonolentos.

— Poderíamos passar nosso último dia aqui, descansando. - ele sugeriu e ri beijando sua bochecha.

Enquanto Colin dormia alegando estar se arrumando, eu decidi pegar o celular e ir até a varanda fazendo uma ligação com Natália e Marie.

— Fala, loira. - Natália comprimentou com sua cara amassada.

— Estava ansiosa por sua ligação, como está tudo? - Marie perguntou animada e eu sorri.

— Está tudo bem, mas confesso que estou bem nervosa em relação a missão. - desabafei e Marie fez bico em resposta.

— Ele nem parece que é um gangster quando está dormindo. - Natália observou Colin pela câmera que capta toda a sua fofura durante o sono.

Observei Colin dormir, olhei seus traços marcantes, seus lábios finos e rosados, seus cílios e como tudo combina perfeitamente, ele virou o rosto e os músculos de suas costas ficaram mais evidentes, arfei e saí do transe que estava com risadas.

— Eu sei que ele é lindo, mas tente disfarçar a baba que está caindo aí. - Natália comentou rindo e eu revirei os olhos.

— Alguma novidade? - perguntei e notei Marie desviar os olhos, logo cerrei os meus em sua direção. - Algo que queira compartilhar, Marie? - ela corou as bochechas.

— Não é nada demais. - ela claramente mentiu.

— Vai, conta para nós. - Nat insistiu.

— Está bem, mas eu não quero ver ninguém me julgando. - ela ameaçou.

— Prometo. - respondi e ela abriu e fechou a boca várias vezes.

— Eu e Joshua estamos namorando. - ela revelou de uma vez e eu arregalei os olhos.

— Como assim? Como eu não estava sabendo disso? - Natália exclamou surpresa.

— Quando isso começou? - perguntei ainda de boca aberta por conta da surpresa.

— Eu e ele estávamos bêbados depois da festa de aniversário de Alice, a gente acabou ficando e depois percebemos que estávamos apaixonados, agora estamos namorando. - ela explicou e eu ainda não havia digerido tudo.

— Isso aí, sem perda de tempo, é assim que eu gosto garota! - Natália a elogiou.

— Joshua parece alguém legal, mas eu juro que se ele te magoar, eu roubo a arma do Colin. - avisei e Marie arregalou os olhos.

— Eu também. - Nat alertou.

— Sem violência, meninas, eu sei me cuidar sozinha, eu confio nele. - ela soou tão certa que conseguiu me convencer.

— Falando em romances inesperados, vocês sabiam que a Carmin e a Sabine estão juntas também? - Natália disse e eu grunhi de surpresa.

— Por que tudo acontece quando eu estou longe?

— Mas como você sabe disso, Nat? - Marie perguntou confusa.

— Eu estava voltando para casa depois de uma festa doida, aí vi as duas se beijando em um restaurante. - ela explicou e começamos a falar sobre isso.

. . .

Estava deitada tomando sol, enquanto Colin estava bebendo um bourbon, a piscina está movimentada e preferi ficar na sombra apenas observando.

— Acho melhor procurarmos outra mulher para o trabalho. - Colin disse de repente.

— Eu concordaria se fosse possível você achar uma substituta nesse curto tempo e que ainda seja de confiança. - ele suspirou frustrado.

— Eu não gosto da ideia de mantê-la em perigo, eu não vou estar sempre por perto para proteger você. - ele contrapôs e eu dei de ombros.

— Não tem outra opção. - conclui calmamente.

— Agora estou realmente confuso por conta dessa sua tranquilidade recente. - ele comentou e eu me afundei na cadeira.

— Eu vou fazer o que eu tiver que fazer, se não tem outra escolha, eu confio que você não vai deixar nada acontecer comigo, porque temos muito em jogo, fora que eu realmente não quero me estressar, não com essa linda piscina a nossa frente e a nossa linda vista. - ele me olhou estranho.

— Você é especial, Lise. - ele sorriu e eu sorri encarando qualquer outro lugar.

— Agora você poderia me contar o plano. - sugeri.

— O dono do cassino foi quem nos traiu, quem revelou minha identidade para o público, me deixando vulnerável, então eu vou deixá-lo vulnerável, vou acabar com tudo, ou seja, acabar com a maior fonte de renda dele. - ele explicou e tomou um gole de seu bourbon.

— E você vai me contar como exatamente vai fazer isso? Acredito que você sendo você, vai ser violento ou algo do tipo. - ele me olhou com um sorriso travesso.

— Você me conhece mesmo, pequena. - ele me olhou daquela maneira que me deixa sem fôlego. - Esta noite vai acontecer uma reunião, todos os clientes preferidos, sócios, pessoas de importância, estarão lá, o dia perfeito para começar um tiroteio. - ele revelou com tranquilidade, enquanto eu arregalei os olhos.

— Um tiroteio? - exclamei assustada. - Por que você simplesmente não o mata? - me assustei com a minha própria sugestão.

— Mas eu vou matá-lo, na minha gangue, traidores morrem por suas traições, mas eu gosto de me vingar antes, destruir todo o legado dele antes e fazê-lo ver, vai ser muito divertido. - ele riu com a desgraça que irá causar.

— No entanto, quanto mais pessoas importantes morrerem, mais inimigos você conquista, porque as pessoas vão vir atrás de você, e pelo que você disse, vai estar cheio de pessoas importantes naquela festa. - ele me olhou surpreso.

— Vejo que você está aprendendo como o jogo toca. - dei de ombros. - É aí que você entra, enquanto você distrai o alvo, minha equipe vai apagar qualquer prova sobre nós, sem rastros para seguir. E assim como eu, aquelas pessoas são cheias de inimigos, ou seja, ninguém saberia quem realmente iniciou o tiroteio.
Pelo visto você planejou tudo. - ele assentiu.

— Eu não tenho fama de errar.

A pergunta é: Como eu fui me meter com Colin Campbell?

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