capítulo 28

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 — Else, precisamos encontrar Diana e os celestiais, ainda tenho que procurar por dona Rosa, o mestre sabe como ajudar. Rachell foi até Yua, só precisamos dos aliados aqui. O que faremos agora? Como entramos? Será que eles estão sendo torturados? Precisamos resgatá-los.

 — Ah, Liz, fique calada um segundo.

 — Desculpe… O que foi?

 — Eu nunca tinha vindo aqui. Uma coisa que você tem que aprender é que a realidade é sempre diferente, não importa os detalhes nos registros.

 — Está dizendo que não sabemos o que esperar? Else, olha pra mim, você...

 — Por Mornindeld, eles chegaram — ela interrompeu,  assustada, ao ter uma breve visão — Estamos cercados e não há mais saída; a ilha se fechou assim que entramos.

 — Não podemos dizer quem somos?

 — Ser filha da antiga líder-diretora não importa para eles. Se tornaram independentes ainda na gestão de Mornindeld, e são orgulhosos demais. Posso dizer que se acham superiores. — ela dizia em posição de batalha como eu, mas assustada, muito assustada, olhando ao redor.

 — Calma, ainda podemos convencê-los. Eles não apoiariam um prisioneiro, não é?

 — Você não entendeu nada quando leu… Eles não se importam, Liz, seja quem for, eles só pensam em si próprios. Esses guardiões têm suas próprias regras, só seguem ordem dos líder-diretores, seja quem for, e se orgulham disso.

 — As duas — A voz alta e preguiçosa era ouvida por nós, sendo impossível saber de qual direção vinha — estão cercadas e em uma contenção de Energia, não podem atacar nem fugir. Somos os Guardiões das fronteiras de Elven Kartzela, se identifiquem!

 — Temos que falar alguma coisa — Else falou rápido, com medo — Eles podem nos imobilizar ou nos matar.

 — Ou podem ser nossa porta de entrada… — falei, pensativa. Em seguida, ergui as mãos ao alto e dei alguns passos. — Não nos machuquem! Eu sou Liz, filha de Evelyn Imizon, e esta é Else, também do bosque Imizon. Não era nossa intenção invadir…

 — Ok — foi a resposta dele.

 Em seguida, foi disparada uma rede de ferro fervente logo acima de nós, que nos prendeu. Apenas um deles apareceu, sorrindo, talvez debochando de nossa situação. Seu corpo era uma fina camada de pele em cima de ossos (alguns à mostra) com correntes em chamas envolvendo seu corpo; era aterrorizantemente uma aberração monstruosa. Ele carregou um cilindro até nós, o qual abriu e imediatamente vi minha energia e a de Else ser sugada para aquele recipiente, de forma dolorosa.

 — Oh, não fique tão assustada, menina Liz, a extração não te fará morrer, só descansar por algum tempo. — dizia o Guardião, com voz e sorriso preguiçoso.

 Quando acordei, estava sendo levada por corredores de pedra por outro Guardião, que só tinha cabelo ralo e espada flamejante que o diferenciava do outro. Else não estava sendo levada comigo; fomos separadas. O corredor era escuro e curvava sempre para a direita, parecia medieval, com pedras perfeitamente encaixadas umas nas outras. Eu me mantive calada com medo de estar sendo levada para a morte ou algo assim. Passamos por várias e várias celas, onde não era possível ver o interior, mas cada uma possuía um sinal diferente estampado em uma espécie de grade congelada que fumaceava um ar gelado (e isso não me pareceu fazer o estilo de fogo dos acessórios deles). Então, cortamos para um corredor reto que dava para outros corredores curvados em vários pontos, mas seguimos em frente até chegar em uma porta congelada no final. O Guardião usou a espada para abrir uma passagem na porta e me jogou pra dentro; em seguida o gelo se uniu novamente. Agora eu estava em uma sala parecida com uma rede de escritórios, havia muitos e muitos Guardiões com a pele branca-azulada, congelada como as portas, sentados atrás de mesas com pilhas de papéis. Fiquei parada olhando aquilo, sem entender o que estava acontecendo, até um deles se aproximar com uma folha nas mãos.

A Sétima Poção (Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora