capítulo 34

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 Chegamos apressados no museu, só não esperávamos que fosse tão grande a ponto de não conseguirmos procurar pelo mestre, Nora e dona Rosa sem o risco de nos perder. Não tive muita escolha de quem viria comigo, mas o clima com Mary se tornava pior a cada instante. Niha e Alissa pareciam fora de sintonia, só restava a animação da meio-elfo que abriu o orbe, Enswell.

 Graças a Enswell, nossas roupas não foram o que chamaram a atenção no meio da multidão, dessa (outra) vez a culpa foi minha.

 O museu era tão grande que se separava entre quarteirões. Escolhemos nos separar para procurar pelo artefato piramidal com inscrições enigmáticas, pois era mais fácil de achar os três, ou algum meio-elfo ou guardião, assim.

 Eu andava meio amedrontada entre a multidão, realmente não lembrava de andar tão sozinha em um lugar tão grande e com tantos humanos. Não sei explicar muito bem o que eu sentia, achei que era nervosismo por causa das pessoas ou talvez a falaria, mas descobri que não era exatamente isso…

 Era impossível não confundir aquelas estátuas de cera com pessoas de verdade, mas eu não podia parar para admirar. Em um momento que virei para outro quarteirão, vi as pessoas normalmente de um lado; mas do outro, elas diminuíram e perdiam a cor junto à maioria das coisas ao redor. De repente, eu parecia minúscula no meio de elfos Z que me olhavam com raytz cinzas nas mãos, e foi quando um guardião rapidamente sacou sua espada flamejante para me acertar. A minha reação foi conter o golpe e contra-atacar, porém, nisso eu já havia voltado para o museu em um piscar de olhos. O disfarce posto pela meio-elfo foi por água abaixo, minha Capa preta se destacava no meio das pessoas vestidas formalmente. O anel M brilhava em meu dedo, as pessoas apontavam o celular para mim e me olhavam assustados. Demorei a perceber que uma das estátuas de cera estava despedaçada no chão e com pequenos fleshs brancos dos meus raios. Enswell, Niha, Alissa e Mary chegaram um pouco antes dos guardas do museu, que afastaram as pessoas e nos cercaram.

 Mais guardas chegaram armados acompanhados de militares do exército, os quais assumiram comando. O maior problema não era a estátua quebrada, e sim uma criança que quase foi atingida pelos meus raios; só restava eu me responsabilizar sobre o acidente.

  — Por que o exército está no museu? — Enswell perguntou, estando encurralada comigo e os outros.

 — Deve ser coisa de Apus e seu líder-diretor — falei, julgando pelo que Giane tinha dito antes, sem certeza. 

 Olhando aqueles guardas eu só tinha mais certeza que deveria me entregar de alguma forma.

 — Eu não tive a intenção de machucar ninguém! — falei, com as mãos ao alto.

 — Você é um deles? — perguntou um militar mais velho, entrando no quarteirão — Sou o General Desmond, e tenho conhecimento do Senhor Ost e toda a espécie. Por isso, pergunto: você é um deles?

 — Quem é "Senhor Ost?" — Perguntei, baixinho, pra mim mesma.

 — É o líder-diretor dos Camp… — Niha respondeu, pensativo, sem entender como aquele general sabia disso.

 — Não responde nada, Liz. — Alissa falou rápido

 — Temos que sair daqui. — Enswell disse por cima. 

 — Homens, abaixem as armas! — ordenou o general, e obedeceram. Ele começou a se aproximar de nós vagarosamente, para espanto dos militares — Acho que sei quem vocês são. Não vou machucá-los se vierem comigo.

 — Fica pra próxima — foi o que a meio-elfo disse pouco antes de formar uma bolha de poder à nossa volta.

 O teletransporte dela era mais visível. Vimos todos os cenários se distorcendo, os militares e o museu serem substituídos pela visão do mar e areia no chão.

A Sétima Poção (Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora