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Celina

Minha rotina voltou a ser o que era, departamento casa, casa departamento.

Antes eu gostava, antes essa era a vida que eu tanto planejava, mas hoje.. eu não tenho mais tanta certeza.

Lucca: Collins. - se aproxima da minha mesa.

Celina: Oi Lucca.

Lucca: Vai fazer o que hoje a noite?

Celina: Nada.

Lucca: Tava pensando em ir num restaurante novo aqui da barra, quer ir comigo?

Celina: Vamos, que horas?

Lucca: Te pega as 20h?

Celina: Combinado. - ele pisca o olho e sai.

Eu tinha muita consideração pelo Lucca, ele sempre me ajudou com tudo, ele era um bom rapaz.

Finalizo meu trabalho e vou para casa me arrumar.

Não queria ir muito arrumada, até porque é só uma saída entre amigos.

Quando da 20h, ouço a companhia tocar, desço sabendo que era o Lucca.

...

Lucca: Então, gostando de estar de volta ? - pergunta assim que o garçom vai embora.

Celina: Estranhando ainda. - bebo um pouco de água.

Lucca: Deve ter sido complicado morar naquele lugar.

Celina: - franzo a testa. - Não foi, porque seria?

Lucca: Cê sabe, lugar cheio de bandido.

Dou um sorriso sem mostrar os dentes, e solto o ar pelo nariz, balançando a cabeça.

Lembro que todos esses bandidos me acolheram super bem, vivia perturbando os muleke da boca. Quando trabalhava no bunker então, fiquei super próxima deles. Sem contar que estou grávida do bandido mais procurado.

Lucca: Foi mal, sei que fez amizades la dentro. - fala ao ver que não disse nada.

Celina: Tudo bem.

Nossos pratos chegam, mas só o cheiro embrulhou meu estomago. 

Lucca não sabe que estou grávida, então me forcei a comer para que não desconfiasse.

Lucca: Fico feliz de ter aceitado meu convite. - diz levando o garfo com comida a boca.

Celina: Porque não aceitaria, você é meu amigo. - digo e vejo seu semblante mudar.

Lucca: Precisava falar com você.

Celina: O que aconteceu ?

Lucca: Faz tempo que a gente se conhece, e bem, desde que te conheço - faz uma pausa dramática. - Que eu sinto uns bagulho foda por você.

Celina: Eu também. - agarro sua mão em cima da mesa e sorrio.

Lucca: Celina, eu te amo.

Celina: Também te amo. - digo dando um gole na minha agua.

Lucca: Não Celina, eu realmente te amo.

Celina: - engasgo. -  Não pera, você tá falando de amar amar mesmo ? - fico surpresa.

Lucca: Já temos uma longa história, e eu queria continuar ela, mas dessa vez como seu namorado. - me mostra uma caixinha com duas aliança dentro.

Celina: Lucca. - digo sem reação.

Lucca: Você aceita ?

Celina: Lucca. - pisco para ter certeza do que estava acontecendo. - Não, Lucca, eu gosto de você como amigo.

Ele ficou em silêncio e guardou a caixa, o final do jantar e o caminho até minha casa foi um silêncio absoluto.

Celina: Obrigada. - agradeço quando ele para o carro na porta do meu prédio. - E desculpa, não sabia que você me amava. - digo antes de sair do carro.

Ele simplesmente balança a cabeça, saio do carro e vejo ele ir embora.

Operação de RiscoOnde histórias criam vida. Descubra agora