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Maju

Maju: Já deu minha hora. - falo olhando meu relógio.

Hoje iria sair mais cedo do trabalho.

Márcia: Que ódio do cê. - fala zoando.

Maju: Amanhã eu cubro você. - mando beijo para ela e saiu da loja.

Já faz uns 5 dias, que eu não vejo o Perigo, depois daquele dia do baile nossos caminhos não se cruzaram mais.

- mensagem on -

Preciso de saber algo sobre a missão até o final do dia.

- mensagem off -

Todo dia o departamento me envia uma mensagem tentando me apressar a conseguir informações. Leio a mensagem e apago em seguida, guardo o celular na bolsa e decido encontrar o Perigo.

Maju: Luan ! - grito a ver o mesmo descer a rua.

Luan: Eae. - me cumprimenta.

Maju: Sabe do Perigo ?

Luan: Tá la na boca principal. - aponta com a cabeça.

Maju: Qual a rua ? - pergunto pois não conhecia.

Luan: Aqui cê segue reto, vira no terceiro beco. - aponta.

Maju: Obrigada. - despeço com um beijo em sua bochecha.

Ainda não falei com o Luan sobre a foto que tirei, mas sei que irei precisar dela num futuro próximo.

Sigo o caminho que ele falou e logo chego num portão de ferro, bato no mesmo que não se abre, mas ouço uma voz atrás dele.

Soldado: Qual vai ser? - pergunta.

Maju: Quero falar com o Perigo. - respondo.

Soldado: Quem é tu ?

Maju: Fala para ele que é a Maju.

Ouço o barulho do radin e logo o portão se abre, entro, analiso todo o lugar sem dar muito na cara, sigo um corredor parando na última porta.

Perigo: Que tu quer? - pergunta me vendo entrar na sala.

Maju: Boa tarde, como você tá ? Eu to bem. - falo com sarcasmo e me sento na cadeira a frente de sua mesa.

Perigo: To sem tempo. - fala folheando um caderno.

Maju: Já almoçou ? - pergunto.

Agora era 14h, eu tava morrendo de fome.

Perigo: Da o papo. - fala impaciente.

Maju: Bora almoçar, to morrendo de fome.

Depois de alguma insistência, ele se levantou da cadeira concordando em ir almoçar comigo.

Saímos da sala, mas antes finjo mandar uma mensagem para a Gabi.

- mensagem on -

Maju/ Localização exata da boca de fumo principal - Beco Fernando Teixeira n32. Tem um portão de ferro que só abre por dentro. Fica ligada a casa da vizinha do lado direito dando acena a laje em caso de fuga.

- mensagem off -

Bloqueio o celular e sigo o Perigo até sua moto.

Chegamos em uma lanchonete que tem aqui no morro, pedimos 10 mini pastéis de vento, uns com queijo e outros com carne e dois caldo de cana.

Maju: Dia tá corrido? - pergunto ao ver ele mexer no celular a cada 5 segundos.

Perigo: É sempre. - responde ao olhar uma última vez pro celular.

Maju: Você sumiu. - digo mordendo meu pastel de vento.

Perigo: Você sabe onde moro. - me encara.

Maju: E você onde eu moro. - ele da de ombros. - Você só não fez questão.

Perigo: Cê tá confundindo as coisas gata.

Maju: Só to querendo ser sua amiga.

Perigo: Não preciso de amigas, preciso de puta, você quer ser minha puta? - fala com a maior tranquilidade.

Arregalo os olhos ficando um pouco surpresa com sua forma de falar.

Operação de RiscoOnde histórias criam vida. Descubra agora