Maju
O perigo tinha parado de vir aqui analisar meu trabalho ou de me acionar 3 vezes ao dia pelo radin.
Porém, tinha dias que ele aparecia para me buscar e me levava para casa dele, apenas com um intuito.
Eu ia apenas pela missão.
Tento me convencer dessas palavras.
Meu turno já tinha acabado, saiu do bunker desligando a energia e trancando o portão, o Perigo tava me esperando em cima da sua moto.
Subo em cima dela e ele segue caminho.
...
Saiu do banho enxugando meu cabelo na toalha, vou até o quarto do Perigo imaginando o encontrar lá, ele não estava, estendo a toalha na porta e desço as escadas até a sala.
Não o encontro, estranho, normalmente ele me avisa quando sai, subo novamente as escadas indo para o quarto principal e deito na cama.
Ouço um barulho vindo da laje, vou para a varanda do quarto subindo as escadas.
Maju: Achei que tinha saído. - digo ao ver ele sentado olhando o morro.
A visão era surreal de linda, a favela toda iluminada e o seu cheio de estrelas.
Perigo: Eae. - fala sem dar muita abertura.
Maju: Tá brisando ? - pergunto vendo ele olhar o horizonte.
Perigo: Pensando.
Maju: No que ?
Perigo: Tu faz muita pergunta, to te entendendo legal não. - fuma seu beck.
Maju: Só tava tentando puxar assunto. - digo me arrependendo de ter sentado do seu lado.
Vou para me levantar e ele me puxa.
Perigo: É melhor você parar com perguntinha, tem coisas que não te diz respeito. - fala grosso.
Maju: Tudo bem, Perigo. - puxo meu braço.
Perigo: Ainda não entendo porque você quis trabalhar no bunker. - me olha e solta a fumaça do beck.
Maju: Gosto de armas, meu pai me ensinou tudo sobre elas. - digo desviando meu olhar do dele.
Perigo: Quais as fitas do teu pai?
Maju: Morei um tempo fora, nos Estados Unidos, e ele saia muito pra caçar. - invento.
Perigo: To ligado. - falou não muito convencido.
Maju: Sinto que você não confia em mim? - olho para ele.
Perigo: To confiando nem em mim, ultimamente. - ele se levanta, me puxando pro quarto.
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Operação de Risco
Teen Fiction"Bastou a gente fuder, eu vi, tava fudido Transas contra o tédio de domingo Paredão batendo e ela dançando Os cria passam droga A polícia passando Não há briga entre nós Mas vivemos brigando Vivemos brigando" Plágio é crime.