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Maju

São 10h e estou na entrada do morro aguardando o carteiro passar.

Questão de segundos, ele chega e me entrega uma caixa de papelão pequena.

Pego um mototaxi que me deixa em casa.

Abro a caixa e vejo que são escutas.

- mensagem on -

Deverá ter recebido a caixa, preciso que coloque essas escutas na sala do Perigo.

- mensagem off -

Coloco as escutas na bolsa que uso no meu dia a dia.

Caminho até a cozinha e preparo meu almoço e o da Gabi.

Almoçamos enquanto assistíamos uma série.

Recebo uma mensagem do Perigo me acionando para ir na boca.

Tomo um banho ficando cheirosa, coloco um short jeans destrói e um body preto com as costas nuas, cinto, alguns acessórios e calço meu jordan branco com detalhes em vermelho e preto.

Pego minha bolsa e saiu de casa.

Passo pelo portão e vou até a sala do perigo.

Maju: Eae. - vou até ele, sentando em seu colo.

Perigo: Esse short tá curto. - fala me olhando de cima a baixo.

Maju; Vai controlar minha roupa. - me levanto e vou para o sofá.

Perigo: Tu sai desse jeito, para vim num lugar cheio de homem. - aponta. - Vai tudo pensar que tu é vagabunda, se é isso que tu quer, tá conseguindo.

Maju: Você só me chama aqui para fuder, graças a você, eles já devem pensar isso sobre mim, faz tempo. - cruzo os braços.

Perigo: Com essa roupa tá fazendo seu papel direitinho de puta.

Maju: Aa qual foi Perigo? Queria entender se você também tem essas crises com a Larissa?

Tava engasgado na minha garganta saber o que eles ainda tinha.

Perigo: Ii nada haver suas ideia.

Maju: Ela ainda vem aqui por algum motivo é.

Perigo: Vou continuar comendo outras, tu tá ligada que é só mais uma.

Não sei porque ainda me surpreendo com sua ignorância.

Maju: Vai se fuder Perigo, quer saber de uma coisa Vai toma no cu. - desabafo.

Perigo: Tu tá achando que virou gente ? - se aproxima me peitando. - Você me respeita vagabunda. - da um tapa no meu rosto.

Coloco a mão no lugar, sentindo meu rosto latejar, olho para ele só o ódio.

Antes dele ter tempo de dizer algo, o Thiaguin bate na porta e logo é convidado a entrar.

Thiaguin: Chefe. - abre a porta colocando apenas a cabeça pra dentro.

Perigo: Qual foi? - pergunta o encarando.

Thiaguin: Tem viciado aqui que tá devendo.

Perigo: Jae. - se levanta e ajeita sua glock na cintura.

Ele sai da sala, e começo a ouvir sua voz grossa xingar alguém.

Me levanto querendo ir embora, mas lembro das escutas.

Olho pela janelinha da sala e vejo todos distraídos com o viciado, procuro algum esconderijo, decido colocar no canto esquerdo da mesa por baixo.

Me deito no sofá e solto a respiração que prendia de medo. Passado um tempo não escuto mais a discussão lá fora apenas um barulho de tiro, me assusto ao ver Perigo entrar com a arma na mão.

Ele vai até sua mesa e se senta, coloca a arma na mesa, abre uma das gavetas da secretaria e tira um saquinho de cocaina, fico sentada no sofá olhando para ele, que faz uma fileira e cheira.

Vejo ele jogar a cabeça para trás sentindo a onda da droga.

Perigo: Vem aqui. - me chama pra perto.

Continuo sentada.

Perigo: Vem, se não vai pior sua situação. - ameaça.

Obedeço ele.

Operação de RiscoOnde histórias criam vida. Descubra agora