3 meses depois
Nós primeiros meses de gestação de Maya, estava tudo tranquilo, passamos praticamente o dia inteiro longe, já que ela ficava na escola e eu trabalhava, então só passamos o restante da tarde e anoite juntas, as vezes rolava uma discussão ali outra aqui, porém era coisas simples, até o estresse de Maya passar dos limites, ela não suporta nem ser tocada mais, já vira motivo dela gritar, começar a chorar e mandar eu sumir da frente dela, tá eu entendo que a gravidez bagunça os sentimentos, emoções, porém não precisava disso.
É sábado e eu estou deitada no sofá enquanto escuto Maya reclamar do quarto bagunçado.
Maya: - O CARINAAAAAAAAAA O QUE CUSTA VOCÊ COLOCAR A ROUPA SUJA NO CESTO DE ROUPAS SUJAS? - O Jesus, me dê paciência.
Carina: - você quebrou o cesto, esqueceu? - Continuo deitada, enquanto falo calma. O silêncio toma conta do ambiente e agora eu estou em paz glória a Deus, porém não durou muito tempo.
Maya: - MAIS QUE MERDAAAAAAAAA- só escutei o barulho de alguma coisa caindo e é assim vinte quatro horas do dia.
Carina: - se estressar não vai resolver nada- Levanto e vou até o quarto, parando na porta enquanto observo ela pegar os livros no chão.
Maya: - não me diga- está vendo, pior que cavalo bravo.
Carina: - então não me pergunte- pior que duas crianças de cinco anos de idade.
Maya: - vá a merda Carina.
Carina: - deixa isso, eu arrumo- vou até ela e me abaixo pegando os livros de sua mão.
Maya: - sai! - Olho para ela assustada- SAI CARINA! - Só senti o tapa em meu braço, com raiva me levantei e sai do quarto, isso já está passando dos limites.
Foi o prazo de eu sentar no sofá e ela vir para o meu lado, com meu telefone na mão tocando.
Maya: - toma e vai com essa puta para longe de mim- ela literalmente joga o celular na minha cara e vai para área de serviço com algumas roupas sujas na mão.
Carina: - mais que merda Maya, que saco, já falei que não tenho nada com essa garota, meu deus, você ainda quer discutir sobre isso- recuso a chamada e bloqueio o número.
Maya: - tá- a pronto, eu joguei pedra na cruz só pode. Enquanto eu estava sentada escutando ela gritar e querer quebrar a casa toda, escuto meu celular tocar, atendo a ligação.
Carina: - alô? - Ando para sacada.
_: - a quanto tempo...- meu corpo congelou ao reconhecer a voz.
Carina: - acho que ligou para pessoa errada- olhei para a porta da sacada e lá estava Maya de braços cruzados, quase me matando com o olhar.
_: - não, falo com Carina, estou falando com a pessoa- pelo amor de Deus, alguém fala que isso é só um pesadelo- podemos nos ver? Acho que temos muita coisa para conversar.
Carina: - não! De maneira alguma! Tenho certeza que ligou para pessoa errada, desculpe, não a ninguém aqui em um esse nome- com minhas mãos tremendo e sentindo meu estômago revirar, desligo a ligação, tentando recuperar meu fôlego.
Maya: - quem era? - Namoro com o FBI e nem sabia.
Carina: - só ligaram errado- só péssima para mentir.
Maya: - fala Carina! - Seu tom já demonstrava impaciência.
Carina: - minha... Ex....- só vi ela ficar calada e vir para sala, sem falar um a, permaneci na sacana, com medo da reação dela, seus nervosos estão fora de controle- Maya...
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Uma Segunda Chance De Amar
PoesíaGoiânia é uma grande cidade, onde Carina e Maya cresceram como irmãs, porém não com aquela relação de poderem ser bem próximas, e com isso acabou que Maya e Naty viraram melhores amigas. Carina é uma mulher intersexo, tem 21 anos de idade, da aula d...