Goiânia é uma grande cidade, onde Carina e Maya cresceram como irmãs, porém não com aquela relação de poderem ser bem próximas, e com isso acabou que Maya e Naty viraram melhores amigas.
Carina é uma mulher intersexo, tem 21 anos de idade, da aula d...
Acordei sentindo beijos em meu rosto, apesar de estar chateada com ela, não consegui esconder meu sorriso, era tão bom quanto ela me acordava assim.
Carina: - oii...- ela já estava com outra roupa e cheiro do creme de pele tomou conta do quarto.
Maya: - desculpa por ter sido tão dura com você...- me sentei na cama e cheguei mais perto dela- mais preciso que converse comigo, não suporto te olhar e tentar entender o que está acontecendo- ela só me olhava com um olhar triste, só quero entender o que estava acontecendo.
Carina: - eu não sei... Mia ligou mais cedo, depois daquilo parece que fui tomada por raiva e angústia e acabei descontando em você, me perdoa...- ela me olhou, mais logo voltou sua atenção para suas mãos, que não paravam de mexer, levo minha mão em seu rosto e o viro para mim, a fazendo me olhar.
Maya: - eu não sei o que aconteceu quando vocês duas estavam juntas, mais se tem algo te incomodando fala comigo, quer ir falar com ela? Tem perguntas que deseja fazer a ela, vá e faça, se isso for tirar essa dor e angústia, pra mim tá tudo bem, mais não se afasta de mim por causa dela, por favor não vamos deixar ela destruiu nossa felicidade...- acariciei seu rosto, enquanto Carina me olhava com os olhos vermelhos.
Carina: - não tenho nada que fazer com ela, eu só não entendo por que sinto tanta raiva, me desculpa por tá assim...- é tão estranho ver a mais forte do relacionamento desmoronar.
Maya: - por que ela te causou dor, te trouxe tristeza e depois de estar sendo feliz, ela aparece dos quinto dos infernos, tudo isso é de se entender.
Carina: - eu amo você...- com um sorriso no rosto, aproximo meus lábios dos dela, apenas provando o sabor deles.
Maya: - eu também amo você...- naqueles olhinhos castanhos já não tinha tanta dor, agora uma mistura de dor e felicidade tomou conta deles, mesmo sendo novas, cuidamos uma da outra e sinceramente, não acho que seria feliz ao lado de outra pessoa, Carina é o que sempre quis, mesmo depois de achar que não merecia ser feliz.
Carina: - você tem médico daqui alguns minutos, vai se arrumar...- sinceramente eu não queria ir, só queria ficar com ela.
Maya: - mais cinco minutinhos em seus braços e vou tomar banho, pode ser?- ela dá um sorriso tímido e nos deitamos na cama, me aconchego em seus braços, enquanto recebo carinho em meu rosto, ela me olhando como se eu fosse uma peça rara de uma coleção e que valesse milhões de reais.
Ficamos um tempo conversando, até que Carina pegou o celular para olhar as horas e víamos que já estava tarde, mais eu não gostaria de ter que sair de seus braços, aquela sensação de estar tão segura com alguém, que você não quer sair de perto dessa pessoa. A cada dia que passa me sinto mais amada, mais segura, mais importante e pela primeira vez, achei o sentindo de ser amada, o sentido de amar alguém, o sentido de se sentir tão repleta de alegria, que parece que você vai explodir a qualquer momento, ao seu lado era meu lugar e sempre seria, pois não conseguia me ver nós braços de outra, era com ela que queria passar o resto da minha vida, era com ela que eu iria conquistar minhas coisas e a ver orgulhosa de mim.
Deixei Carina na cama e fui tomar banho. Tomo banho morno um pouco demorado, pois estava afim de afastar o sono de baixo do chuveiro, saio me enrolo na toalha e vou para o quarto, Carina estava terminando de se arrumar, fui até o guarda-roupas, o abri e comecei a procurar uma roupa que não ficasse muito apertada. Vesti um conjunto de langeri branco, uma camiseta branca de botão, uma calça legue preta, calcei um tênis branco, penteei meu cabelo o deixando solto, fiz uma maquiagem leve e finalmente estava pronta.
Vejo Carina me olhar enquanto procuro meu celular.
Maya: - que foi?- pergunto indo até ela.
Carina: - nada, não posso admirar minha namorada?- senti minhas bochechas queimarem, ela acaba comigo quando faz isso. Paro em sua frente e levo minhas mãos ao seu rosto- você tá linda...- com um sorriso tímido no rosto, aproximo nossos lábios, sinto suas mãos em minha cintura, me puxando para mais perto dela, com um beijo calmo ela preencheu meus lábios e explorou cada pedaço de minha boca, como se fosse nosso primeiro beijo.
Maya: - eu te amo e não me canso de dizer!- falo assim que separo nossos lábios, um sorriso tímido toma conta de seu rosto.
Carina: - eu também amo você...- damos um selinho calmo e então saímos do quarto, Carina pegou minha bolsa e saímos de casa, entramos no carro e então ela dirigiu em direção a saia do condomínio.
Maya: - já fazem cinco meses...- olho minha barriga, que já estava a mostra e sinceramente, só me sinto mais bela vendo ela crescer a cada dia que passa, olho para Carina e vejo seu olhar transmitir alegria.
Carina: - só de imaginar que daqui quatro meses, tem uma cópia sua em casa, dá um frio na barriga e uma felicidade enorme... Quem diria que isso iria acontecer- sinto sua mão acariciar minha barriga, mais logo volta para o volante.
Maya: - aquela casa vai pegar fogo se essa criança parecer comigo- acabo conseguindo tirar gargalhadas dela, eu não me canso desses nosso momentos juntas.
Carina: - vou comprar calmante para vocês- até parece que sou tão surtada assim.
Maya: - nem vem- ela apenas sorri e continua prestando atenção no trânsito, seguimos o restante do caminho conversando, até que chegamos no médico, acompanhada de Carina entro no consultório, já sentindo os olhares de julgamentos em nós, porém nunca nos deixamos levar por isso, sabemos sobre nossos sentimentos e a opinião das pessoas não importa.
A consulta foi tranquila e minha gestação está saúdavel, eu ainda fico me perguntando se fosse uma gestação de risco, acho que Carina iria até me carregar, ela não me deixa fazer nada, sempre que acordo a casa tá limpa, ou quando volto do colégio ela já arrumou tudo e nunca tem nada para fazer, passa 24 horas do meu dia, só assistindo, as vezes tem alguns trabalhos do colégio e só, sinceramente não acho que esse cuidado todo seja necessário.
Voltamos para casa, mais Carina disse que iria na casa dos pais e por eu está cansada, resolvi fica.
Tomei um banho morno, me vesti e me joguei na cama, afim ao de descansar.
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Perdão pelo capítulo pequeno, a falta de criatividade não anda me ajudando, porém darei um jeito para prolongar os fatos ou escolher fatos melhores.
