Juntando todas as minhas forças, lutei contra meu medo de contar a verdade, segurando seu rosto e olhando em seus olhos, respirei fundo e contei.
Carina: - Mia é a garota que temo que te machuque...- vi o espanto tomar conta de seu rosto, seus olhos se encheram de lágrimas, eu não entendi por que.
Maya: - ela... Ela...- sua voz não sai por nada, seus olhos transmitia medo, sua feição era de quem estava assistindo um filme horrível passar em sua mente- ela te destruiu...- no mesmo momento a lembrança veio em minha mente, senti meu corpo todo se encher de pânico e raiva, aquilo nunca avia saído da minha mente.
Carina: - eii... Não chora, você não tem nada a ver com isso meu amor- limpo seu rosto com as pontas dos dedos- isso é passado...- mais isso ainda me causava medo, eu nunca suportaria passar por aquilo novamente.
Maya: - mais você também foi feliz... Ela te amou, te fez feliz...- no mesmo momento seus olhos já transmitia insegura.
Carina: - eii por favor não, não pensa assim, isso aconteceu a anos, eu não sinto mais nada, eu amo você, só você meu amor, não pense assim- sua maquiagem já estava borrada e seus olhos só transmitia insegura e medo, sem reação alguma, a envolvi em um braço apertado, tentando transmiti conforto e segurança- vem, vamos para casa...- tentei me separar dela mais novamente me prendeu como se tivesse medo de eu fugir dali, ainda abraçadas comecei tentar acalma lá, fazendo o meu máximo para poder ver minha pequena tranquila e em paz.
Pérola: - Maya...- pérola apareceu na porta com cara de quem estava preocupada, Maya não respondeu, só pairava o barulho de seu choro no jardim.
Carina: - não se preocupe, eu cuido dela, pode ficar tranquila, não vou deixar ela sozinha por nada nesse mundo- Pérola ainda preocupa, fez um sinal com a cabeça e foi embora- meu amor... Vamos para casa? Lá você descansa e eu arrumo algo para você comer, vamos meu bem- senti seus braços me soltarem um pouco, Maya me olha com medo- eu não vou sair do seu lado, eu prometo- depois que vi que ela estava mais calma, saímos pelos fundos, indo para o carro, Maya entrou e eu fechei a porta, depois me direcionei a porta do motorista, a abro e entro, fecho a porta e já ligo o carro, saindo em direção às duas ruas principais, quando sinto Maya segurar minha mão direita e levar para seu colo, enquanto sua cabeça estava encostada no vidro e ela observava o céu.
Seguimos o caminho em silêncio total, as vezes tirava minha atenção do trânsito e olhava para ela, mais logo voltava a dar atenção a estrada. Maya foi o caminho inteiro acariciando minha mão, sem falar nada. Odiava ver ela pensativa assim, sempre acabava em choro e aquilo me doía muito, ver ela com medo e insegurança, só queria poder tirar essa dor dela, eu jamais faria algo para ver minha pequena sofrer, o que eu mais quero nessa vida é sua felicidade e nada mais.
Chegamos em casa, estacionei na garagem e Maya ainda não tinha falado nada, ela desceu do carro e entrou em casa primeiro, sai do carro e o tranco, tentando racionar o que avia acontecido, entro em casa, bebo um copo de água e escuto barulho no corredor, Maya parece vestida com minha camisa, a qual ela sempre usava, se sentou no sofá e ligou a televisão.
Maya: - assisti comigo?- mesmo que ela quisesse esconder, no seu tom de voz, existia dor e angústia.
Carina: - vou só trocar de roupa e já venho- vou até ela no sofá e me sento do seu lado- o que passa nessa cabecinha bonita?- faço carinho em seu rosto.
Maya: - eu não sei... Não consigo entender o que me faz ficar assim... Junta medo, angústia, insegura e tudo vira uma bola de neve, mais quando tô com você usa passa, parece que seus braços são meus calmantes, eles são minha proteção, sinto que nada desse mundo pode me machucar quando estou com você...- eu fiquei sem palavras, eu nunca imaginei que eu passava isso para ela- vai lá e volta logo, preciso de você…- beijo seu testa e me levanto indo para o quarto, pensando no que ela avia falado.
Visto uma camisa cinza e uma bermuda branca, prendo meu cabelo em um coque alto e volto para sala, quando apareço no corredor, Maya me olha como se não me vê-se a anos.
Maya: - eu pareço uma criança carente né?- um sorriso meio forçado aparece em seu rosto, vou até ela e me sento em seu lado.
Carina: - é minha bebê- acabo conseguindo tirar um sorriso tímido dela, abrimos o sofá e nos deitamos abraçadas.
Maya: - é tão bom estar nos seus braços...- ela me olha com seus olhinhos transmitindo paz, mais ao mesmo tempo tinha tristeza- tenho tanto medo que ela me tire você...- nesse momento entendi o que ela queria dizer o que tanto trazia medo a ela.
Carina: - ela não vai, eu vou ficar ao seu lado e não é ela que vai nos separar, olha pra mim...- seguro seu rosto e viro para meu lado, a fazendo me olhar- eu amo você, acima de tudo e não vai ser ela que vai mudar disso e acredite em mim, você é a única mulher que quero em minha vida- nunca disse algo com toda sinceridade em minha vida, vi o rosto de Maya ser tomado por alegria, senti seus lábios tocarem os meus, com um beijo calmo, levei minha a sua bochecha segurando seu rosto, aquele beijo passou para um beijo intenso, dava para ver que aquilo era o que ela estava a desejar, nossos corpos conectados era apenas o que eu desejava depois de tanto tempo sem toca lá.
Com cuidado a puxei para cima de mim, Maya momento nem parava o beijo ou recusava meu toque, pelo contrário, sua expressão era de quem queria mais e mais.
Maya: - por favor... Me faça sua por completo, eu preciso disso...- ela mal parou o beijo e já voltamos, agora com um desejo intenso entre nós e fazendo o que ela pediu, fizemos amor, a fiz minha a tive por completo, completamente rendida a mim, como eu sempre desejava, apenas minha e seria sempre assim, eu moveria o mundo para ter essa mulher ao meu lado, daria o meu máximo para ver sua felicidade, nem que eu tivesse a beira da morte.
Lutando contra a minha falta de criatividade para criar capítulos, espero que tenham gostado.
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Uma Segunda Chance De Amar
PoesíaGoiânia é uma grande cidade, onde Carina e Maya cresceram como irmãs, porém não com aquela relação de poderem ser bem próximas, e com isso acabou que Maya e Naty viraram melhores amigas. Carina é uma mulher intersexo, tem 21 anos de idade, da aula d...