Acordei sentindo alguém mexer na cama, ao abrir os olhos vejo Maya colocando nossa filha na cama.
Maya: - eu tenho que ir, ela está quase acordando- mal raciocínio tudo- tchau eu amor vocês- ela me dá um beijo rápido e sai do quarto, só escuto do barulho da porta da saída abrindo e logo depois fechando.
Olho para cama e vejo Layla dormindo com cara de quem não ia acordar tão cedo, me levanto coloco alguns travesseiros ao redor dela e vou tomar banho.
Após um banho gelado, me visto pego Layla e a coloco de volta no berço, não confio deixar ela na cama, ela fica rolando da mais na cama, fecho a porta do quarto com cuidado e enquanto monitoro eu pelo celular vou arrumar a casa, que tem brinquedo dela por todo lado.
Primeiro peguei uma bacia que usávamos apenas para guardar os brinquedos dela, começo a recolher tudo e ao terminar tampo a bacia e coloco de baixo do raque da TV, depois vou ao nosso quarto recolho todas as roupas sujas e enquanto caminho para área de serviço, desbloqueio a tele do telefone e do uma olha em Layla, a mesma permanece dormindo então só guardo o celular e continuo minhas tarefas.
Coloco a roupa para lavar e vou limpar os móveis que sinceramente, só falta andar de tanta poeira, provavelmente minha rinite alérgica ataque mais o importante é a casa fique limpa.
Após tirar a poeira do Raque da sala e dos armários da cozinha, passo aspirador no tapete da sala o enrolo e o coloco na área de serviço, jogo um pouco de água com sabão, esfreguei e rapei jogando para dentro do banheiro, tirei as coisas dos quartos esfreguei e rapei, depois comecei a secar a cozinha, indo para sala e foi aí que escutei chorinho, deixei o rodo de canto e fui em direção ao quarto de Layla, caminho até o berço e pego ela, depois que ela se acalmou, dei seu café da manhã com frutas e um pouquinho de suco de laranja, depois do banho dela coloco ela no chiqueirinho na sala e enquanto volto a limpar a casa fico de olho nela.
Depois de limpar a casa, lavei os banheiros e coloquei desinfetante, Layla continuava brincando no chiqueirinho, ela ama ficar lá dentro, já eu não entendo por esse negócio fechado me daria agonia.
Arrumo as almofadas do sofá, tira as roupas de cama e coloco perto da máquina de lavar para poder ser a próxima remessa, quando sentei para respirar vi que estava dando meio dia e Layla tem o horário certo para almoçar e dormir logo depois e então lá vai eu, fazer almoço enquanto fico olhando ela. Achei estranho, Maya falou que iríamos passar o dia juntas, mais mal acordou e já saiu sem falar nada.
Meia hora e o almoço já estava pronto, enquanto eu comia dava almoço para Layla, assim que terminei arrumei a cozinha e fui dar banho nela, visto uma roupinha leve nela e a deixo no chiqueirinho tomo banho, visto uma camisa e bermuda de moletom, pego Layla e vou colocar ela para dormir.
Depois de uns 30 minutos, Layla pegou no sono, coloquei ela no berço e fui tomar banho.
Tomei um banho gelado, sai do banheiro de cueca e top, abro o guarda-roupa, mais assim que começo a procurar uma roupa, meu celular toca, o pego e atendo.
Carina: - oi amor? - Assim peguei uma camisa e vesti.
Maya: - oii, se que está sem carro, mais já são mais de duas da tarde e eu não vou achar almoço esse horário, eu estou no consultório, sei que prometi que iríamos passar o dia juntas, me desculpa, mais teve uma urgência e eu tive que vim auxiliar, se não for pedir muito, pode trazer almoço para mim? Acabei de sai, ainda não posso ir para casa- se eu soubesse que ela estava sem almoço, eu tinha levado mais cedo.
Carina: - não, tudo bem, eu vou arrumar aqui e levo para você- escolho uma calça jeans preta e me visto.
Maya: - tá bom, tchau- nos despedimos e então desligo o telefone.
Calço um tênis branco, penteei o cabelo o prendendo em um rabo de cavalo firme e fui para cozinha arrumar o almoço dela.
Depois que montei a marmita da gata, peguei Layla e coloquei no bebê conforto, já que ela ainda estava dormindo, arrumei a bolsinha dela com as coisas que talvez iriam precisar, peguei meu celular, minha carteira e as chaves de casa, chamei um Uber e fui para o consultório, o que sua namorada não te pede que você não faz né.
Assim que cheguei fui direto para ala dos funcionários, ao entrar me deparo com uma cena não muito legal, só entreguei o almoço dela, peguei as chaves do carro e nossa filha e sai do consultório, não sou de sentir ciúmes, mais dessa vez passou dos limites, mais tudo bem.
Coloquei Layla no banco de trás, atrás do bando do motorista, passei o cinto de segurança no bebê conforto, fechei a porta e respirei, tentando colocar a cabeça no lugar e não perder a noção. Mais o que você esperava Carina? Depois de tudo ela ainda permanecer ao seu lado? Lógico que isso não vai acontecer, se toca, se olha no espelho cara, você nem merece ter ela ao seu lado e lógico que ela vai fazer ela mais feliz, vai dar o que ela merece, você já deveria saber que quando tentou mudar era tarde demais, agora senta e chora, ninguém mandou vacilar tanto.
Senti lágrimas escorrerem por meu rosto, eu me senti em pedaços e se fosse verdade, eu não seria capaz de juntar os pedacinhos que iriam sobrar. Meus pensamentos me atormentavam, eu senti meu corpo ser tomado pelo medo e pela insegura, eu queria voltar lá e ter certeza do que eu vi, se era realmente o que eu estava pensando naquele momento, mais não tinha forças para me retirar dali meus pés estavam preços no chão, meu corpo tremia, minhas lágrimas caíram sem minha permissão, eu me senti sem chão.
Devo ter passado uns cinco minutos em pé, sem notar o que acontecia ao meu redor, quando dei por mim, tinha alguém abraçado comigo, uma pessoa um pouco mais baixa que eu, que falava algumas coisas baixas meio que sussurrando, tanto que eu não conseguia entender o que era. Sai do meu tormento e olho para baixo, vejo aqueles cabelos claros preso em um coque frouxo, seu olhar fixado em mim, transmitindo medo.
Maya: - juro que não foi nada do que você está pensando agora, ela passou dos limites eu sei, mais foi a primeira vez e eu já expliquei que sou comprometida e que mesmo com suas falhas, não tem ninguém que me faça te deixar, eii... por favor, fala comigo- uma das suas mãos foram parar no meu rosto e o acariciou.
Carina: - está tudo bem...- seguro sua mão mais não a retiro do meu rosto - vai almoçar, você deve estar cansada.
Maya: - não... vamos para casa, já deu por hoje, desculpa... eu prometo que esse tipo de coisa não vai voltar a acontecer.
Carina: - não precisa disso, está bom? Se quer ir vamos, eu dirijo- tento separar nossos corpos, mais ela me segura, evitando que eu me afaste.
Maya: - eu te amo, não se esquece disso...
Carina: - eu te amo! - Senti seus lábios tocarem os meus com delicadeza, calma e com carinho, parecia que queria deixar gravado aquele beijo. Minha mão foi para sua cintura, sua mão foi parar em minha nuca.
Maya: - precisamos ir...- paramos com falta de ar, sabia que aquele beijo em casa iria passar para outra coisa. Apenas dei um sorriso tímido, damos um selinho rápido e cada uma entrou no carro.
Enquanto ela me contava como foi seu dia, fui dirigindo com calma para casa.
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Uma Segunda Chance De Amar
PoesíaGoiânia é uma grande cidade, onde Carina e Maya cresceram como irmãs, porém não com aquela relação de poderem ser bem próximas, e com isso acabou que Maya e Naty viraram melhores amigas. Carina é uma mulher intersexo, tem 21 anos de idade, da aula d...