Passamos um tempo com nossas mães, mais logo voltamos para casa já que Leila e Mariana iriam para lá.
Depois de passarmos tempo arrumando a casa, tomamos banho, nos arrumamos e agora estamos na cozinha terminando de arrumar os aperitivos, para a janta. Até que escutamos a campainha tocarem
Carina: - pode deixar, eu abro- ela sai da cozinha e abre a porta, por um momento não escuto nada, mais depois Carina entra com envelope pequeno branco na mão.
Maya: - o que foi?- seu rosto transmitia decepção, tristeza, desânimo e preocupação.
Carina: - na...- ela não conseguia me olhar, eu via que ela estava com medo de algo mais eu não fazia a mínima ideia do que era.
Maya: - amor, fala- eu já estou ficando preocupada.
Carina: - eu fui despedida...- ela me olhou com pânico- aqui é a parte que tenho direito, a academia foi fechada...- eu não entendo por que o medo e o pânico, temos dinheiro o suficiente para nós sustentar e eu trabalho.
Maya: - amor...- deixo o que eu estava fazendo e me aproximo dela, seguro seu rosto a fazendo me olhar- estamos bem, não precisa ficar assim, temos dinheiro guardado- ela não me respondeu, Carina estava me escondendo algo, eu tinha certeza disso.
Carina: - pega, eu vou cuidar da Layla- ela sempre faz isso quando está com medo das consequências da situação. Pego o envelope e ela sai sem falar nada, foi aí que me dei conta que Layla estava dormindo, mais decidi dar espaço para ela.
Depois de arrumar tudo, Leila chegou antes de Mariana e Malia, então estamos na área conversando.
Leila: - Maya a casa tá tão quieta, cadê as meninas?- não vejo sinal de Carina desde mais cedo.
Maya: - Layla dormindo, Carina foi para o quarto e desde então não vi mais ela, eu já volto- caminho pensativa para o quarto, bato na porta e escuto um sussurro baixo, abro a porta e entro- O que aconteceu?- seus olhos estavam vermelhos e sua feição era de preocupação.
Carina: - me desculpa... Eu não imaginava que isso podia acontecer, eu...- no mesmo momento pego o notebook que estava no colo e olho o conteúdo que sua tela transmitia, o dinheiro que avia sido investido avia perdido valor e hoje ele não vale nem a metade que investimos.
Maya: - mais a conta do banco?
Carina: - aí é que tá, foi com a conta que eu paguei a metade do dinheiro do carro- ela não era capaz nem de mim olhar.
Maya: - Carina eu falei que não era para mexer lá, qual a dificuldade de entender que não podíamos mexer lá? Agora vamos fazer o que? Vender a casa? E vamos colocar nossa filha a onde? Olha sinceramente que atitude sem noção da sua parte- com o sangue fervendo de raiva abro a porta- Mariana e Leila estão aqui, trate de sair desse quarto- bato a porta e volto para área.
Preferi não conversar sobre isso com as meninas, então passamos um longo tempo conversando, até que Carina apareceu com nossa filha.
Carina: - boa noite- suas palavras saiam em um tão pesado e cansado, mais não do muita moral.
Mariana: - saiu da toca coelho?- Carina dá um sorriso forçado e comprimento as meninas.
Leila: - me dá ela aqui um pouquinho- Carina entrega Layla para Leila e Malia não perde tempo, já vem doida para brincar com Layla.
Carina: - é... Posso?- ela me olha como se eu fosse um bicho de sete cabeça.
Maya: - senta!- chego para o canto do banco e ela se senta, momento nem um tentou contato corporal ou falou alguma coisa, enquanto eu e Leila conversava, Mariana e ela só observava e para falar a verdade, acho ótimo esse seu silêncio, já basta a merda que ela fez.
Carina
Me sentei e deixei meus pensamentos tomarem conta de mim, minha cabeça está a milhão eu só queria poder voltar no tempo, seria que isso é pedir de mais?
Não esperava que as ações iriam cair desse jeito, mais pela desvalorização no mercado acabou que caiu muito, causando assim a perca de muito dinheiro que eu avia investido. Mexo com investimentos desde os meus 15 anos e nunca tive esse problema, mais esse ano elas foram muito desvalorizadas. Não compensa eu retirar meu dinheiro de lá, mais não sei o que fazer, sem trabalhar vai dificultar mais as coisas, errei em pegar uma parte do dinheiro das reservas, mais minha única intenção, era ver ela feliz, mais novamente não deu certo, acho que deveria deixar ela seguir a vida dela em paz.
Leila me entregou Layla e enquanto Maya e ela conversava, eu fiquei dando comida para nossa filha. Essa pequena consegue me fazer tão bem, eu literalmente daria de tudo só pra ver as gargalhadas gostosa dela, posso estar mal o quanto for, mais estar com minha filha muda tudo.
Maya: - não vai comer? - durante esse tempo todo que estou aqui, agora que ela direcionou a palavra a mim.
Carina: - estou sem fome- eu literalmente estava sem fome, não consegui disfacer o nó que avia formado em minha garganta.
Maya: - tá tudo bem? - prefiro não responder essa pergunta com palavras, só balanço a cabeça positivamente e continuo dando comida para minha pequena.
Momento nem um, eu entrei na conversa das três, eu preferi ficar apenas com minha filha, naquele momento eu só precisava da minha pequena por perto. O cansaço começou a tomar conta dela, tanto que ela já estava pegando no sono no meu colo, colocando seu copinho com o restinho de suco na mesa, me levanto e caminho para dentro de casa, vou dar banho nela e a colocar para dormir.
Preparo sua banheira com água morna, tiro sua roupinha e começo a dar banho nela, enquanto brinco a fazendo soltar gargalhadas um pouco alto, me fazendo sorri também, eu amo esses momentos que tenho com ela, para esses momentos são únicos, eu vejo ela crescer e só peço para que o tempo vá de vagar, minha pequena daqui alguns meses completa dois aninhos, está passando tão rápido, que me dói o coração em saber que daqui um tempo eu não vou ter mais minha bebezinha.
Depois que dei banho nela, vesti uma roupinha confortável e vou colocar ela para dormir. No começo ela resistiu um pouco, mais logo se entregou ao sono e lógico que não perdi a oportunidade de ficar observando minha princesinha dormir, parecia um anjinho, aquele rostinho pequenininho, dava uma vontade de apertar.
Levei ela para o quarto e a coloquei no berço, liguei a luzinha que iluminava o quarto não o deixando muito claro e nem muito escuro, ativei a câmera do quarto e fui para o meu, afim só de tomar banho e me deitar, sem me importar se Maya está com visitas, eu não estou me sentindo bem e preciso de cansar.
Tomo banho gelado, afim do de relaxar com a água batendo em minha pele. Ao sai, me vesti com uma camisa branca e um short de moletom cinza, liguei o ar-condicionado e me joguei na cama, me deixando ser levada pelo sono, me permitindo fugir dos meus pensamentos e caindo em um sono leve e relaxante.
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Uma Segunda Chance De Amar
PoesiaGoiânia é uma grande cidade, onde Carina e Maya cresceram como irmãs, porém não com aquela relação de poderem ser bem próximas, e com isso acabou que Maya e Naty viraram melhores amigas. Carina é uma mulher intersexo, tem 21 anos de idade, da aula d...