CAPÍTULO 8: moral

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Nicolas ainda estava me prendendo na pia, essa proximidade não é nada boa depois das duas coisas que aconteceram, mas tinha alguma coisa errada comigo.

– Primeiro Kent e agora isso? Deixou um estranho tocar em você?

– E o que você tem com isso? Ah, já sei. Nada!

– Eu preciso que você pare com essa porra, Gabrielle. Já se passaram meses.

– Você dormiu com uma das minhas amigas, seu babaca. Acha que é fácil deixar pra lá?

– Aquilo não....

– Você dormiu com a Leah mesmo sabendo da merda do acordo.....mesmo sabendo que eu gostava de você.

– E o que você quer? Hã? Um pedido de desculpas?

Dei um tapa no rosto dele, mas foi tão automático que só me dei conta do que tinha feito segundos depois quando minha mão queimou.

Senti meus olhos arder em seguida minha visão ficando embaçada por conta das lágrimas prestes a cair.

– Desculpa, Gabrielle. – murmurou.

– Você conseguiu o que queria.

– Eu não....– ele simplesmente parou de falar.

Ele enxugou a lágrima que correu por minha bochecha, mas também dei um tapa em sua mão.

– E você acha que tem a porra de alguma moral pra me controlar.

Sim, é por isso que eu o odeio tanto. Ele dormiu com uma das minhas amigas mesmo sabendo que eu era apaixonada por ele e que tínhamos a porra daquele acordo, que agora eu estava determinada a não cumprir nem que isso significasse que eu teria que morrer.

Saí de cima da pia e vesti minha blusa outra vez, estava prestes a sair quando senti a mão dele no meu braço, me puxando para perto de si outra vez. Ele colou o corpo ao meu e estávamos nariz a nariz, um movimento errado e eu estava perdida.

– Quer saber algo bem verdadeiro? – perguntou, olhando para os meus lábios.

– Não sei se você é capaz de falar algo assim.

– Eu dormi com a sua amiga, sim, mas toda vez que eu metia nela só conseguia pensar em você. Queria você, mas era impossível sem que isso causasse uma guerra.

Deus.....acho que eu não tô legal.

Minhas bochechas estavam fervendo.

Nicolas beijou o canto da minha boca, me atiçando a querer mais, meus olhos fecharam no mesmo segundo que senti seus lábios.

– Eu quero tanto você....

– Nicolas.

– E sabe o que eu senti ao ver aquele filho da puta colocando os lábios e mãos em você? Ódio.

– Agora sabe exatamente o que eu senti naquela época.

Ele passou as mãos por trás das minhas coxas e me levantou, fazendo com que eu prendesse minhas pernas em volta de sua cintura. Os lábios dele encontraram os meus com tanto desejo que pensei que eu pudesse entrar em combustão ali mesmo, as mãos dele percorreram meu corpo e apertaram minha bunda.

Passei meus braços em volta do pescoço dele para diminuir ainda mais aquela distância inexistente entre nós, eu queria ele em mim. Nicolas me sentou outra vez sobre a pia e começou a beijar meu pescoço ao mesmo tempo que mordiscava minha pele, com as mãos ainda firmes no meu quadril.

– Você não presta. – falei, entre os beijos. – E se acha que vai mudar minha cabeça, não vai.

– Digamos que eu quero outra coisa agora. – mordiscou meu lábio inferior.

As mãos dele percorreram minha pele por baixo da blusa e me fizeram arrepiar, as terminações nervosas entre minhas pernas já tinha se desfeito àquela altura.

Ouvimos batidas na porta e isso me fez levar um susto, em seguida ouvimos a voz de uma pessoa qualquer.

– Vai embora! – Nicolas gritou pro cara.

– Acho que não temos o direito de se trancar no banheiro dos outros.

– Acha que eu me importo com isso?

Voltei a beijar ele agora com minhas mãos passeando por seu abdômen sob a camisa, arranhando com leveza sua pele, o fazendo enrijecer.

– Não vou cair nesse seu joguinho de que fingi se importar com sentimentos. – sussurrei, contra os lábios dele.

Me afastei dele e desci da pia, abrindo a porta e em seguida indo embora para procurar Mia antes que eu acabasse surtando. Minha mente ainda estava no que tinha acontecido no banheiro e eu precisava afastar isso antes que acabasse caindo nesse joguinho dele.

ConsequênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora