Depois de uma viagem bastante demorada e sem trocar uma palavra sequer com o meu recém intitulado marido finalmente aterrisamos, eu não fazia ideia de onde estávamos e com certeza Nicolas não me contaria. Me levantei da poltrona e estava indo em direção a saída quando ele me chamou.
– Quero fazer uma coisa com você.
– Vai me esconder mais alguma coisa?
– Lembra que você também me escondeu isso, amor.
Revirei os olhos e virei para continuar andando, mas ele segurou meu braço e me puxou para perto de si.
– Oi, amor. – brincou. – Tava com saudades de você.
– O que quer fazer?
Ele tirou um pano do bolso e a princípio não entendi, até perceber que aquilo era uma venda.
– Quer me vendar?
– Assim não estraga a surpresa.
Pensar a respeito disso e de seja lá o que ele estava planejando me fez esquecer que estava irritada.
– Tudo bem. – respirei fundo.
– Eu não pedi permissão, amor.
Me virei de costas e deixei com que ele me vendasse. Há algum tempo eu consideraria isso loucura e talvez acabasse batendo nele, mas a confiança que tenho no Nicolas é maior do que tenho em mim mesma.
Ele me guiou até chegarmos ao carro, onde me ajudou a entrar e sentar.
Eu estava usando meus outros sentidos pra observar tudo.
Depois de alguns minutos o carro parou, notei a porta do lado de onde o loiro estava sentado abrindo e em seguida ouvi ele me chamando.
Quando saí do carro ouvi o barulho das ondas quebrando e aí percebi que estávamos em algum litoral ou algo assim.
– Esse suspense vai me matar, Nicolas.
– Você sobrevive mais um pouco que eu sei.
Ele me levou para outro lugar, mas notei que era um ambiente fechado quando o som das ondas foi abafado. Estávamos em uma casa, talvez?
Nicolas segurou minha mão e subimos as escadas, ao chegar no segundo andar apoiei as mãos na parede para ter noção quando uma porta ou simplesmente um corredor.
Viramos a direita e ouvi o destrancar de uma porta antes de entrarmos.
– Nós, por favor, podemos parar com isso?? A minha visão é algo que valorizo muito pra esse teu tipo de brincadeira.
– Tira.
Assim que puxei a venda meus olhos ficaram encantados com a visão logo a frente, perdi o fôlego no mesmo segundo. O vento que entrava pela porta da varanda, o cheiro de maresia, o azul hipnotizante do mar e o reflexo do Sol nele....minha nossa.
– Nicolas....
Fui até a varanda e notei que era maior do que aparentava, haviam duas espreguiçadeiras, uma mesa com cadeiras e uma jacuzzi. Tudo isso com essa vista deslumbrante.
– Eu acho que você gostou. – ele disse.
– É claro que gostei.
– E sabe onde estamos?
– Sicília. – murmurei. – Sempre quis vir aqui....
Notei que ele tinha voltado para o quarto e quando me virei para fazer o mesmo vi que ele estava desabotoando a camisa social branca.
Tirei os saltos e me aproximei dele.
– Eu amei. Obrigada, amor.
– Então o seu mau humor passou?
– Provavelmente.
Passei meus braços em volta do pescoço dele e fiquei nas pontas dos pés para beijá-lo, suas mãos percorreram meu corpo até pararem na minha bunda, onde se firmaram.
– Acho que já tá na hora de você tirar esse meu vestido.
Ele sorriu.
Nicolas me virou de costas e desceu o tecido primeiro dos meus ombros, onde beijou, fez isso por todo o meu corpo até que tirasse o vestido por completo.
– Você. – deu um beijo no meu pescoço. – É a mulher mais linda que pode existir.
– E talvez a mais estressada.
– Também amo isso em você, Elle.
Me virei em sua direção e olhei bem nos olhos dele, meu peito apertou de um jeito que nunca tinha sentido antes disso tudo acontecer. Antes dele.
Eu amava ele.
A ponto de doer.
– O que foi? – segurou meu rosto com as mãos.
Neguei com a cabeça.
– Estamos presos um no outro. Pra sempre, eu espero.
– Eu espero? Não passei por tudo isso pra depois te largar, Gabrielle.
O loiro me deu um beijo de tirar o fôlego.
– E eu meio que tenho que te contar uma outra coisa....
– Sem segredos.
– Bom,......eu tô grávida.
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Consequência
Teen Fiction⚠️+16|| © 2022 Gabrielle e Nicolas se conhecem desde crianças, mas com o passar do tempo eles criaram um ódio mútuo tão intenso que permanecer por muito tempo no mesmo ambiente sem brigar é um sacrifício. Os dois tem um acordo pré-estabelecido gra...