CAPÍTULO 38: Impressionante

1.1K 78 0
                                    

Eu estava terminando de me arrumar quando Nicolas entrou no quarto perfeitamente vestido em um smoking e o cheiro dele invadiu o ambiente. O fato dele ele sempre ficar lindo vestido desse jeito chegava a ser irritante.

- Uau.

- Chegou na hora certa - olhei pra ele através do espelho. - Preciso de ajudar pra fechar o vestido.

Ele se aproximou de mim.

- Posso até servir pra isso, mas sou muito melhor tirando.

Ele passou os dedos pela pele nua das minhas costas antes de finalmente fechá-lo, depois depositou um beijo no meu ombro.

- Você tá linda. Vou precisar ter atenção redobrada essa noite.

- Não é como se não soubessem quem eu sou.

- É. Mas sempre tem um teimoso.

- E como sabe disso? - me virei em sua direção, ficando bem próxima. Uma distância perigosa, eu diria. -Ah, você fazia parte dos teimosos, não é? - Sorri, provocando ele.

- Haha.

Voltei a me olhar no espelho e percebi que os olhos dele ainda estavam atentos em mim. Talvez fosse impressão minha, mas eles pareciam ter brilhado.

Esse foi o olhar que vi pela primeira vez no rosto do Nicolas, não sabia o que significava e isso me deixava agoniada. Mas agora eu sei, significa amor.

- Vou precisar tomar cuidado com você também. - comentei. - Vai ser difícil manter as mulheres longe. Como disse, existem as teimosas.

Ele repuxou um dos lados da boca na tentativa de um sorriso.

- O que foi? - me virei em sua direção outra vez.

- Como ainda consegue pensar que com você eu olharia pra outra?

Aproximei meu rosto do dele, instigando-o a me beijar mesmo sabendo que não faria isso por causa do batom vermelho.

- Eu sei que não, meu amor.

Nicolas suspirou.

- Adorei a escolha do batom, mas quero beijar você e não vai ser isso que vai me impedir.

Coloquei a mão sobre a boca dele e o afastei.

- Ah, nem pensar. Vamos. Estamos atrasados. Ou quer a Mia ligando de cinco em cinco minutos?

- Acho que sobrevive umas duas horas sem a gente.

- Você é maluco.

•◇•◇•◇•◇•

Nicolas estava conversando comigo e com Paul quando notei uma expressão engraçada vindo do amigo dele, mas não entendi a princípio. Pelo visto nem o loiro.

- Acho que não vai querer saber, Nick.

- O que foi dessa vez?

- Sua ex da ex tá aqui. Aliás, vindo na nossa direção. Então é isso, tchau pra voc....

- Você não vai a lugar nenhum, Paul. - Nicolas segurou o amigo no mesmo lugar.

- Por que em toda festa que vamos tem alguma ex sua por perto? Ou uma obcecada? - questionei, até tentando disfarçar o ciúmes.

- É impressionante, não é? - Paul bufou.

Nicolas entrelaçou nossos braços e deu um beijo no meu rosto.

- Relaxa.

- Quer mesmo me pedir isso!?

- Oi, Nick. - a morena disse, ao se aproximar de nós.

- Oi, Amanda.

- Oi,...?

- Gabrielle. - falei.

- Ahh....então você é a Gabrielle. - riu. - Agora faz sentido. É um prazer conhecer você.

Tudo bem. Minha reação pode ter sido desnecessária, mas toda vez é isso.

- Como assim faz sentido?

- Vou deixar ele mesmo contar. Só vim dar um oi pro meu velho amigo. Oi, Paul.

- E aí, gatinha.

Depois de alguns minutos conversando ela se afastou e foi até outras pessoas, Paul aproveitou para sair de perto também.

- Nick? - perguntei, querendo implicar. - Engraçado.

- Não gosto tanto quanto você.

O pai dele estava vindo na nossa direção quando pedi para irmos pra um lugar mais calmo, eu não queria interagir com aquele canalha e sentia que precisava de um ambiente mais calmo e sem tantas pessoas.

- Tá, claro. Vamos pro outro salão.

Passamos pelas pessoas e entramos em outro corredor, Nicolas abriu a terceira porta a nossa esquerda e me assustei com o tamanho da sala, ele não exagerou quando chamou de salão. Haviam algumas mesas e cadeiras organizadas em um único lugar e aproveitei pra me sentar um pouco.

- Vai me dizer ou não o que a sua ex quis dizer com "agora faz sentido"? Aliás, ela é uma fofa.

- Que bom que gostou dela - provocou. - Quem sabe vocês se tornam amigas agora.

- Idiota.

O loiro me levantou da cadeira e me prendeu em seus braços, os olhos dele estavam fixos nos meus lábios.

- Meu Deus, Elle....por que gosta de me torturar?

- E qual seria a graça sem isso?

Tentei me afastar dele e ir até a porta, estava claro que ele não iria me contar nada.

Senti uma mão no meu braço e em seguida fui puxada de volta, mas dessa vez ele me sentou sobre uma das mesas.

- Posso não beijar você, mas não pense por um segundo que não posso fazer outras coisas mais interessantes.








ConsequênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora