CAPÍTULO 37: Por Você

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Depois de escolher o vestido que usaria no baile e deixar minha no lugar onde ela se encontraria com o Samuel me vi tentada a ir atrás do Nicolas, o que minha amiga disse ainda estava ecoando na minha cabeça e eu estava um pouco feliz com aquilo. Mas queria que ele tivesse me falado, odeio surpresas e coisas do tipo, minha ansiedade me destrói.

Decidi ir direto até a empresa e ir falar com ele, como não tive muitas notícias ao longo da tarde deduzi que estivesse perdido por lá. Tiago estava praticamente sufocando ele de todas as maneiras possíveis.

Eram quase sete horas e não deveria ter ninguém ali, apenas os seguranças e meu noivo. Subi de elevador até o último andar e fui em direção a sala dele, assim que entrei encontrei o loiro sentado na cadeira, quando me viu parou de mexer no celular.

- O que veio fazer aqui?

- Vim salvar você. O que mais seria?

Me aproximei da mesa e passei por ela, parando ao lado da cadeira dele.

- Você tá linda. - disse, segurando minha mão.

- Por que ficou aqui até esse horário?

- Estava assinando alguns documentos que não passaram por quem deveria passar.

- Entendi. Então....posso te perguntar uma coisa?

- Claro.

- Quando ia me contar sobre a casa?

Ele me olhou surpreso e depois se deu conta.

- Por que eu ainda conto as coisas pra ela? - resmungou.

- Gostei da ideia, mas preferia que tivesse me contado.

- Digamos que eu queria fazer aquilo que você odeia. Como se chama mesmo?

- Haha. Muito engraçado.

Estava me afastando dele quando a mão dele segurou a minha e me puxou para que sentasse em seu colo.

- Como minha irmã foi excepcional em estragar a surpresa, vou levar você lá amanhã.

- Tudo bem.

Analisei bem o rosto do meu noivo e passei os dedos pelos cabelos da parte de trás da cabeça dele.

- Sabe....eu ando sentindo a sua falta ultimamente. - comentei.

- Péssima hora pra você ter falado isso.

Ele levantou da cadeira comigo nos braços e me sentou sobre a mesa, se posicionando entre as minhas pernas antes de começar a me beijar.

- Aqui?

- Não vou conseguir esperar até chegarmos em casa. - disse, contra a minha boca.

Estava beijando ele prestes a desabotoar alguns botões da camisa dele quando a porta abriu de repente, me fazendo levar um susto.

- Desculpe, sr. Mancini. - o garoto que parecia ser um pouco mais novo que nós abaixou o olhar. - Pensei que estivesse sozinho. Trouxe o que me pediu.

Saí de cima da mesa ajeitando meu vestido e tentando não morrer de vergonha por conta daquilo, Nicolas foi até a porta buscar o envelope e depois a fechou, se despedindo do garoto.

- Deus, que vergonha!

- Nada demais. Ele trabalha pra mim e sei que não vai abrir a boca.

- Ah, agora você me tranquilizou. - falei, ironicamente.

Peguei minha bolsa e fui em direção a porta.

- Aonde vai?

- Pra casa. Tô me sentindo cansada e faminta.

- Vou com você.

Estávamos esperando o elevador quando recebi um email avisando que eu havia sido aprovada no último período e estava autorizada a colar grau. Puta merda.

Como assim esses últimos dois meses passaram tão rápido? Parece que foi ontem que pedi a transferência e fui aceita.

- Meu Deus....

- O que foi?

- Vou me formar. Daqui a duas semanas.

- Fico feliz por você, amor.

- Recebeu algo do tipo? Você estudava comigo.

Ele deu de ombros.

Espera aí.

- Eu não acredito, Nicolas! Se você fez o que eu acho que fez....

- O que? Precisava manter você por perto e assistir suas aulas não faria diferença.

- Você sequer estudava mesmo lá?

- Claro, Gabrielle. Peguei meu diploma semana passada.

- Você é impossível, cara! - exclamei.

- Deveria gostar de saber que fiz isso por você.

-Ah, claro!

ConsequênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora