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Os lábios se encontraram. Era diferente da primeira vez. Moviam-se juntos, massageando os lábios uma da outra. A língua de Maraísa foi primeiro para a boca da fotógrafa, explorar, provocar. Marília retribuiu o carinho e uma pequena guerra de línguas foi travada. As duas venceram.

Maraísa mordeu e puxou suavemente o lábio inferior da loira, deixou o ar voltar aos pulmões, e recomeçou o beijo com menos carinho e mais urgência dessa vez.

As mãos de Maraísa envolveram o corpo de Marília junto ao seu. Enquanto sua boca acelerava o beijo e pedia por mais, sua mão desceu até a perna da fotógrafa. As coisas estavam saindo do controle.

Em um movimento rápido, Marília virou seu corpo sob o de Maraísa, mantendo a mulher embaixo e deitada. As mãos de Maraísa desceram até as coxas de Marília, alisando e vez ou outra apertando.

A fotógrafa foi parando o beijo, até que contra a vontade suas bocas se separaram. Marília sentou nas pernas de Maraísa e olhou sorrindo para a mulher.

– Vamos com calma, ok?!

Marília pegou as mãos de Maraísa e entrelaçou seus dedos e deitou em cima da mulher, deixando as mãos unidas ao lado de suas cabeças.

– Marília Mendonça pedindo calma? Agora estou oficialmente chocada. – Maraísa sorriu e voltou a beijar Marília.

A morena tentou soltar suas mãos, mas não conseguiu, Marília segurava com força.

– Calma, tem tanta coisa para você ficar chocada ainda. – Marília sussurrou entre o beijo e soltou um leve gemido quando Maraísa mordeu um pouco mais forte seu lábio.

– Vai me torturar agora? – falou fixando seu olhar nos olhos castanhos da loira.

Maraísa acabou fechando os olhos quando sentiu a boca da fotógrafa descer beijando seu pescoço. Marília intercalava seus beijos entre curtos e longos, roçava seu nariz pelo pescoço da mulher, memorizava seu cheiro e a textura de sua pele.

– Só um pouquinho, não posso? – respondeu ao pé do ouvido de Maraísa e viu corpo da mulher se arrepiar por completo.

– Não, não pode... – Maraísa olhou para Marília, tentou roubar um beijo da mulher, mas não conseguiu.

– Verdade, seis anos sozinha né, Maraísa? – Marília falou em tom de deboche e sorriu próxima aos lábios da morena. – Você não respondeu minha pergunta na piscina...

– Que pergunta? – Maraísa franziu o cenho.

Marília tinha o dom de escolher os momentos em que Maraísa estava mais desarmada para lembrar das perguntas nunca respondidas.

– Não brincou sozinha? – sua voz estava rouca e sexy.

Marília passou a língua pelos lábios de Maraísa para provocá-la.

– Eu respondi, joguei você na água pela audácia de me fazer essa pergunta. – respondeu parecendo nervosa.

Maraísa usou toda a sua força e conseguiu virar ficando por cima de Marília. A morena sentou sobre Marília e ficou a olhando com um sorriso de canto.

– Eu vou tomar isso como um sim então... – Marília gargalhou junto com Maraísa.

O rosto da morena ficou um pouco vermelho de vergonha.

– Pensou em mim, Maraísa? – a fotógrafa mordeu o lábio inferior.

Era covardia morder o lábio daquele jeito, a cara que a fotógrafa fez, o olhar que ela lançou. Todo o corpo de Maraísa reagiu às palavras de Marília. A mulher não respondeu, apenas voltou a beijar Marília com voracidade. Beijou até o ar faltar e soltou quando os lábios da fotógrafa estavam vermelhos.

ʙᴏʀɴ ᴛᴏ ᴅɪᴇ • ᴍᴀʟɪʟᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora