•34•

1.9K 137 69
                                    


Maraísa encarava as duas ainda mais perdida. Olhou diretamente para a fotógrafa e segurou o pulso dela.

– Quem é essa mulher? – Maraísa rosnou e sem querer apertou o pulso da esposa.

– Uma biscate, muito folgada e louca de pedra. – Débora respondeu no lugar da amiga. – Vou me livrar dela já.

Débora saiu da mesa bufando de raiva. Cecília acompanhou a namorada com o olhar, tão perdida quanto Maraísa estava naquela situação.

– Mas gente... – a modelo começou a falar e viu que Maraísa ainda não havia soltado o pulso da fotógrafa.

– Calma, amor, ela é uma ex do meu pai. – Marília falou quando viu que não ia conseguir soltar seu braço sozinha.

A morena então percebeu o que estava fazendo e largou rapidamente a esposa.

Na frente das duas, Liz olhava em dúvida de uma mãe para a outra, não sabendo exatamente que ação tomar.

– Desculpa... – Maraísa murmurou e fez um carinho na marca dos dedos que tinha ficado na pele branca.

– Não foi nada. – Marília sorriu e ouviu os gritos que estavam vindo da sala. – Acho que a Débora não conseguiu colocar ela pra fora.

– Eu vou lá. – a morena não esperou para saber a história inteira, levantou depressa e seguiu na direção da sala principal.

Ao seu encalço estava a filha, seguida de Cecília e Marília que traziam Gio. Maraisa se aproximou da gritaria e ficou entre as duas, tomando a frente de Débora. Encarou a mulher de cima para baixo, sem mudar a expressão de raiva.

A princípio, a morena achou estranho que aquela mulher seria ex do seu sogro. Devia ser alguns anos mais velha que Marília, mas era bonita, muito bonita. Cabelos longos e loiros, olhos claros, rosto perfeitamente desenhado, era o tipo de mulher que a fotógrafa ficaria sem dúvidas. O olhar de desprezo de Maraísa só aumentou naquela constatação.

– E quem diabos é você? – Bruna perguntou com arrogância para Marília.

– Você invade a MINHA casa e nem ao menos sabe quem eu sou? – a morena respondeu com raiva dando um passo mais próximo da mulher.

Marília segurou a respiração tentando se manter calma diante da situação.

– Maraísa... – a voz da fotógrafa desviou a atenção da outra pra ela.

– Ai está você... Marília, nós precisamos...

Bruna tentou caminhar até Marília, mas a mão firme de Maraísa impediu ela. As duas se encararam novamente.

– Escuta aqui, minha filha... Quem você pensa que é pra...

– Minha mulher... E se eu fosse você cuidava com as próximas palavras. – Marília falou séria. – O temperamento dela é forte.

Bruna olhou de Marília para a Maraísa. Sentiu o aperto em seu braço aumentar, e sorriu de lado.

– Só queria falar com você, Marília, é muito importante. – a mulher insistiu.

– Ela acabou de dar à luz e certamente não vai falar com você, que tem cinco segundos pra sair da minha casa, antes que eu solte os cachorros. – Maraísa vociferou e soltou o braço de Bruna com um empurrão em direção a saída.

– Que cachorro? Aquele labrador bobão? – Bruna riu.

– A Tinker não é bobona, não fala assim da minha cachorra, ou a minha mama vai meter a mão na sua cara. – Liz disse brava.

ʙᴏʀɴ ᴛᴏ ᴅɪᴇ • ᴍᴀʟɪʟᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora