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Os gritos de Débora eram ouvidos por toda a casa.

Quando Maraísa saiu correndo do quarto, avistou os cabelos de Liz voando à sua frente. Correu mais rápido e impediu que a filha entrasse no quarto de Débora.

– Liz, não... – Marília quem falava.

– Espera lá no seu quarto, amor, a gente vai ver o que está acontecendo e depois te chama, ok? – Maraísa se ajoelhou e falou para a filha, enquanto Marília entrou correndo no quarto das amigas.

– Marília... – Débora falou em desespero.

Ela e Cecília estavam sem roupas, a diferença era que a Débora estava em lágrimas, enquanto a modelo se encontrava caída inconsciente na cama.

– Eu...a gente... Eu pensei que ela estava brincando...ela não se mexe. – Débora chorava em desespero.

Marília correu até a cama, chegou perto de Cecília e foi procurando por pulso. Maraísa entrou no mesmo instante.

– Liga pra ambulância, rápido. Calma, Débora, ela tem pulso... – Marília falou tentando reanimar a modelo.

Maraísa pegou o primeiro celular que encontrou e chamou pela ambulância. Após dar todos os dados da situação e da casa, ela desligou o celular.

– Ela tem pulso, certo? Vamos colocar uma roupa nela e levá-la pra sala. Anda, Débora, ajuda aqui. – Maraísa falou empurrando Débora para o closet.

Marília e Maraísa vestiram Cecília com uma camiseta e uma calcinha, enquanto Débora colocava a primeira roupa que via em sua frente.

Levou cerca de quinze minutos para os paramédicos chegarem e até o momento Cecília não tinha esboçado nenhuma reação, para pavor das três.

Maraísa aproveitou o tempo para ligar para a mãe, alguém tinha que ir até a casa delas ficar com Liz.

A ambulância estava saindo quando Almira e Maiara chegaram. Maraísa não explicou muito, apenas disse onde Liz estava e embarcou no carro com Marília e Débora. A fotógrafa fez a sua conhecida direção desesperada até o hospital.

Não tinham mais o que fazer. Era sentar e esperar. Débora tentava falar, contar o que aconteceu, mas apenas o choro tinha voz. Marília nunca tinha visto a amiga tão desesperada. O abraço das três perdurou por horas na fria sala de espera.

[...]

– A tia Débora tava gritando e não sei porque, daí a ambulância veio buscar a tia Cecília, porque eu vi e me deixaram pra trás. – Liz contava o que ela tinha entendido até o momento.

– Oh meu amor, não te deixaram pra trás, suas mães precisavam ir com a Débora para o hospital. Logo elas vão ligar e você vai ver como está tudo bem. – Almira falou para a neta.

Apesar do sono visível, Liz não quis deitar. Desceram as três para a sala e com a ajuda de Liz, Maiara fez um lanche pra elas.

– Tia, a tia Cecília vai pro céu? – Liz perguntou quase chorando.

– Não, meu anjinho... Ela só ficou um pouco doente, ela vai ficar bem. – Maiara sorriu para a sobrinha, tentando tranquilizá-la.

A espera era cruel. Maraísa não dava notícias e Liz não voltava a dormir.

[...]

O dia já raiava quando o médico apareceu. Maraísa soltou as duas, despertando Marília e Débora do breve cochilo que tinham tirado.

– Família de Cecília Antonelli? – o médico perguntou.

– Sim, somos nós, agora desembucha o que aconteceu. – Marília falou impaciente para o médico.

ʙᴏʀɴ ᴛᴏ ᴅɪᴇ • ᴍᴀʟɪʟᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora