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Liz preparou a sua mochila, pegou a que Marília havia preparado para Gio e saiu de casa animada com a oportunidade que passaria somente com a tia. Para a criança, fazia muito tempo que não acontecia, e ela pretendia aproveitar cada momento.

No carro, elas foram conversando e planejando à tarde, já que Cecília ficou incumbida de manter as crianças longe do casal por um longo tempo.

– Ai bebê, eu até iria pra praia se tivesse mais uma pessoa comigo. – a modelo falou. – Não sou ninja pra cuidar de vocês duas como as suas mães.

– E shopping? A gente pode ir no cinema. – Liz mudou o roteiro novamente.

– Shopping até vai, mas cinema não dá. A Gio é muito novinha, e acaba fazendo barulho na hora do filme. – Cecília fez uma careta pelo retrovisor.

Liz respirou fundo e olhou para a irmã.

– Quando é que você vai crescer, hein? – a menina resmungou para a caçula que olhou para ela sorrindo.

– Tó maná tó... – Gio estendeu o brinquedo que tinha na mão para a mais velha.

– Não quero. – Liz empurrou de volta para a bebê que pegou e mandou um beijo para ela. – Malinha... – a menina reclamou, mas sorriu e jogou beijo para a irmã também.

– Coisas mais lindas. – Cecília se derreteu pela cena.

– Tia, você vai ter filho com a Rosi agora?

– Não sei, meu amor... Nós só estamos namorando, bem de comecinho agora. – a modelo respondeu com paciência.

– Você não quer mais ter filhos? – Liz insistiu.

– Quero muito, mas antes eu preciso conhecer muito bem a pessoa, pra só depois pensar em ter um filho. Tem que ter muito amor entre o casal, e uma estrutura bem sólida pra ter uma criança. Porque vocês... – a modelo sorriu para a menina – Dão trabalho também, além de alegria.

– Acha que dou trabalho pra mama e pra mommy? – a pequena perguntou um pouco triste.

– Normal, princesa, como toda criança. – Cecília sorriu. – Escola, educação, lazer, saúde... Isso tudo faz parte da criação de uma criança, e não é fácil, mas não quer dizer que é ruim, entende? É como a Tinker, ela não é um máximo? Você não ama ela?

– Muito. – Liz respondeu sorrindo.

– Então, mas ela dá trabalho também não dá? Não tem que limpar, levar pra banho, educar?

– Tem...

– Pois é, mas nem por isso você deixaria ela ou a amaria menos, certo? – a modelo insistiu e Liz concordou com a cabeça. – De certa forma, é assim com os filhos, dão trabalho, mas é um trabalho bom, alegre e cheio de amor. Tenho certeza que suas mães não se incomodam nem um pouco com isso.

– Eu queria acordar melhor, pra não deixar a mama chateada, mas não consigo, é mais forte que eu. – a pequena relatou sem jeito.

– Precisa não, princesa, sua mama AMA esse seu jeitinho marrento de acordar. – Cecília afirmou com um sorriso para a menina.

ʙᴏʀɴ ᴛᴏ ᴅɪᴇ • ᴍᴀʟɪʟᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora