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– Mommy... – Liz gritou em desespero.

Maraísa levou alguns segundos para absorver o que tinha ouvido e correr para a esposa.

Afastou delicadamente a filha que tentava procurar onde exatamente estava sangrando e olhou para onde Marília apontava. Não tinha muito sangue, mas era o suficiente para preocupar as duas.

Maraísa pegou o telefone e entregou para Liz.

– Liga pra tia Débora, diz que nós estamos indo para o hospital e sobe lá no quarto, pega a minha carteira e a bolsa da sua mãe, depois vem aqui na sala. Vai.... – a morena mandou e a menina saiu correndo obedecendo.

– Maraísa... – Marília soou com medo, respirou fundo e apertou forte a mão da esposa.

– Calma, eu vou buscar o carro e colocar aqui na porta, não se mexe. Vai dar tudo certo. – Maraísa deu um beijo na testa de Marília e saiu correndo.

Ainda não soube como conseguiu encontrar as chaves do carro e ligar o mesmo. Suas mãos tremiam, o ar parecia não chegar aos pulmões, Maraísa queria gritar e chorar, o medo dominava, mas ela não podia ceder, por Marília, por Liz e pelo bebê, ela precisava ser a rocha naquele momento.

O mais rápido que conseguiu, parou o veículo na porta de casa e entrou correndo. Liz já estava ao lado de Marília com a mesma cara de pânico que a mãe tinha.

A morena ajudou a fotógrafa chegar no carro e depois que Liz se ajeitou, ela saiu dirigindo em alta velocidade.

No meio do caminho Maraísa ligou para o médico, avisando que corria com a fotógrafa para o hospital onde ele trabalhava. O casal chegou primeiro e Marília foi levada direto para o atendimento.

– Maraísa... – Débora chamou alto quando reconheceu as três de costas.

A morena apontou para Liz e falou rápido para a menina esperar com a tia, enquanto ela ia cuidar de Marília.

– Tia... – Liz estendeu os braços quase chorando.

– Calma, meu amor... A mamãe vai ficar bem. – Débora falou com a menina no colo.

Cecília já se adiantou e tentou saber o que acontecia lá dentro, recebendo uma resposta curta e grossa da atendente.

– Quando começou o sangramento? – o médico do plantão perguntou.

– Agora. – Marília respondeu desconfortável.

– Vamos verificar, tentem relaxar. – o homem falou e a Marília apertou firme a mão da mulher.

Todo o atendimento foi realizado pelo plantonista, só quando a fotógrafa entrou em observação é que seu obstetra chegou e se inteirou do caso.

– E aí doutor? – Maraísa perguntou assim que viu o homem.

– O bebê está bem, no momento não está correndo perigo, mas temos que ficar de olho. – o médico começou. – Houve um pequeno descolamento de placenta, sua pressão subiu, Marília... E agora trabalhamos com dois fatores de risco.

– Mas é muito? Quanto tá a pressão dela? Por que subiu? Ela nem se estressou. – a morena fez as perguntas com desespero.

– Por favor, calma. Acontece, o quadro de pressão alta é comum na gestação, mesmo que a mulher nunca tenha tido esse problema. O importante é que está sob controle. O descolamento foi pouco, porém gerou o desconforto e o sangramento. – o homem disse com calma. – Repouso e repouso até o final. Vamos monitorar essa pressão diariamente e vamos tentar chegar na 37ª semana, e então fazemos a cesariana.

ʙᴏʀɴ ᴛᴏ ᴅɪᴇ • ᴍᴀʟɪʟᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora