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Estavam no meio do beijo quando sentiram Liz e a filhote pularem sobre elas. Entre pequenas mordidas caninas e cócegas as três brincaram no gramado por mais algum tempo.

– Meu amor, o que você acha da gente ir fazer uma coleira especial para a Tinker? – Maraísa perguntou pegando Liz no colo.

– Hoje? – a indagação veio com um tom de estranheza.

– Hoje... – Maraísa sorriu.

Liz deu de ombros, não tinha ficado muito feliz com a notícia. Preferia ficar no jardim brincando com a cachorrinha, mas entrou correndo em casa para trocar de roupa com Tinker em seus calcanhares.

– O saco de pulga vai ficar pela casa? – Débora perguntou quando viu as duas passando correndo na frente dela.

– Ai Débora, não começa a implicar. Vem, vamos me ajuda a arrumar a Liz. – Marília abraçou a amiga de lado e a fez acompanhá-la até o quarto.

– O que você quer? – Débora perguntou olhando desconfiada para Marília.

A fotógrafa parou no meio do corredor e se certificou que ninguém estivesse ouvindo elas.

– A Maraísa... Você reparou na felicidade dela?

– E isso não é bom? – Débora perguntou sem entender onde a chefe queria chegar.

– É e não é. Acho que está além dos limites, não sei. Tenho medo que seja mais um sintoma, porque ela está esse tempo sem tratamento. – Marília falava rápido e com insegurança.

– Enfim, o que eu preciso é que você consiga com a Cecília o telefone da psiquiatra que ela indicou para Maraísa, e marque uma consulta amanhã pra ela.

– No sábado, Marília?

– Lógico, a Maraísa marcou essa consulta só pra próxima sexta e hoje é o dia da Liz. Ela esperou tanto para passar esse dia com ela, que não vou estragar.

– Tá, tudo bem eu dou um jeito de arrumar isso pra você. – Débora sorriu. – Mais alguma coisa?

– Sim, que história é essa de namorar a Cecília e não me contar? – Marília abriu um sorriso enorme e deu um tapa de leve no braço de Débora.

– Não estou namorando ninguém. Nós só estamos nos conhecendo melhor... – Débora ergueu os braços em defesa.

Marília caiu na gargalhada junto com Débora. Nem teve tempo de responder e Liz apareceu na porta do quarto, chamando por ela.

[...]

Maraísa foi até o quarto ver porque as duas estavam demorando tanto, afinal Débora já tinha descido há um tempo e dito que elas estavam quase prontas.

– Meu Deus, Marília, você deixou a cachorra subir na cama... – Maraísa disse ao entrar no quarto.

A morena pegou a cachorra e colocou no chão, que foi correndo até o closet, onde a fotógrafa e Liz estavam.

– Eu não deixei, meu amor, ela deve ter subido sozinha. – Marília respondeu enquanto prendia os cabelos de Liz.

– Um filhote desse tamanho já subir sozi... – Maraísa interrompeu a fala e olhou pra Marília

As duas olharam para Liz que tinha ficado calada de repente. Maraísa cruzou os braços esperando a filha se pronunciar.

– Mas eu disse pra ela não fazer xixi ali. – Liz olhou com uma carinha de culpa para as mães.

– Amor, ela não pode subir na cama. Agora ela é um lindo filhotinho, mas a Tinker vai ficar grandona. Não pode acostumar ela a ficar na cama, porque quando ela for grande, não vamos dar conta dela. – Marília tinha ficado de joelhos na frente da filha. – A Tinker, vai ter a cama dela, o cantinho dela para dormir. De dia vocês brincam e de noite ela fica lá.

ʙᴏʀɴ ᴛᴏ ᴅɪᴇ • ᴍᴀʟɪʟᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora