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Maraísa e Marília rolavam na cama aos beijos. Tinham conseguido com êxito realizar a programação do dia para cansar as filhas. Brincaram na rua, nadaram, fizeram o almoço juntas, pularam a soneca da tarde de Liz e seguiram no entretenimento.

Já na hora do jantar, a caçula e a mais velha piscavam lentamente, e o casal não teve trabalho nenhum em dar banho e colocá-las para dormir.

Cumprindo o combinado, a fotógrafa levou a esposa para o quarto, onde os beijos foram carregados de desejo e às levaram para uma rodada de amor, das muitas que vieram aquela noite.

– Deixa tocar... – Marília falou e seguiu com os beijos pelo corpo da morena.

O celular tinha resolvido tocar bem naquela hora, e apesar de ter sido ignorado na primeira vez, a ligação foi repetida.

– Estão ligando de novo, pode ser importante. – Maraísa praticamente resmungou, com os dedos entrelaçados nos cabelos loiros, os beijos da esposa já estavam tirando sua sanidade novamente.

– Não importa... – a loira deu uma leve mordidinha na barriga de Maraísa e olhou de relance para ela.

– Pode ser importante. – a morena conectou o olhar com a esposa, segurando firme seu cabelo e impedindo que ela continuasse.

Marília revirou os olhos e saiu de cima de Maraísa dando espaço para a morena virar na cama e alcançar o celular.

– É a Débora... – Maraísa disse antes de atender. – Oi, Débora, tudo bem?

– Não... Uma desgraça, uma tragédia, o fim dos meus dias. – Débora respondeu com a voz arrastada em meio as lágrimas.

– Débora, você bebeu? O que foi que aconteceu? – a morena insistiu sentando na cama e chamando a atenção de Marília.

– Eu nasci pra sofrer, pra ver a felicidade alheia, não mereço ter a minha alegria não. A mulher que eu mais amei nunca me amou, a que eu amo me deixou, só me restou uma garrafa de whisky, mas ela tá acabando também.

– Está completamente bêbada. – Maraísa disse para a esposa e colocou o celular no modo viva voz. – A Marília tá aqui.

– Marília, meu amor... – Débora suspirou. – Meu único amor.

– Está abusando, Débora. – Maraísa falou revirando os olhos.

– Débora, onde tá a Cecília? Vocês brigaram? – Marília pegou a mão de Maraísa e a beijou.

– Ela me deixou. Fez as malas e saiu porta afora, sem olhar pra trás.

– Eu sinto muito, de verdade, mas você não está em condições de falar nada agora. – a fotógrafa falou com calma. – Larga a bebida, toma um banho e vai dormir, amanhã nós conversamos melhor.

– Eu devia ter insistido mais, ter feito mais.

– Provavelmente... – Marília sorriu para a Maraísa.

– Se tivesse feito isso, poderia ser eu a mãe da Gio.

Maraísa encarou a esposa, e antes que a fotógrafa conseguisse falar algo, segurou o celular com força.

– Ok, Débora... Não me faz perder a paciência com você. Vai dormir, que você não tá falando nada com nada.

– Eu teria ganhado de você, Maraísa, jamais teríamos voltado pra esse país de merda.

Marília arrancou o celular da mão de Maraísa e interrompeu a ligação.

– Acabou... – a fotógrafa segurando o rosto da morena.

ʙᴏʀɴ ᴛᴏ ᴅɪᴇ • ᴍᴀʟɪʟᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora