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Marília bem que tentou nos dias que seguiu conversar com Débora sobre a modelo, mas a amiga sempre dava um jeito para escapar. A única coisa que ela aceitou de bom grado, foi Maraísa ficar no seu lugar. Sempre que via a morena, passava alguma coisa nova sobre o estúdio para a amiga.

Além de anotar o que Débora falava, Maraísa se dividia entre as filhas, a casa e as aulas na escola. Quiseram aumentar suas turmas, mas ela preferiu permanecer com as poucas que tinha e já adiantar que não daria intensivos no próximo ano.

– Amor... – a morena tinha acabado de desligar o telefone e se aproximou da esposa.

– O que a Débora fez com você agora? – Marília falou alto provocando a amiga que revirou os olhos para as duas.

– Olha a melação no local de trabalho. – Débora rebateu a fotógrafa.

– Pode ficar sossegada, Débora, juro que não vou fazer nada além de beijar. – Maraísa beijou os lábios de Marília. – Abraçar. – ela apertou a esposa em seus braços após o beijo. – E claro, dizer que amo muito, que é o amor da minha vida e das outras mil vidas.

– Senhor, não vou sentir falta disso. – Débora saiu reclamando e fazendo careta para o casal que ria.

– É alguma coisa com a Cecília, que precisou despachar a Débora? – Marília perguntou um pouco mais séria.

– Também. Rosi mandou uma mensagem pra marcar uma sessão com nós duas, e já emendou em um convite pra jantar no apartamento dela na quinta. – Maraísa falou apoiando seu quadril na mesa.

– Tudo bem... É pra levar as crianças ou só adultos?

– As crianças também, parece que ela entrou firme nessa vibe de ser a tia favorita. – a morena falou baixo as últimas palavras.

– Entendi... – Marília sorriu. – E o que mais?

– Minha mãe intimou a gente a comparecer no almoço de domingo... No sítio, lembra? – a morena indagou. – Desculpas não serão aceitas.

– Vai ter tirolesa de novo? – a fotógrafa perguntou sapeca.

– Não...

– E vai ter rapidinha no banheiro de novo? – Marília passou os braços em volta dos ombros da esposa e sorriu maliciosa.

– Veremos. – Maraísa sussurrou e beijou os lábios da loira.

– Posso gostar muito desse dia no mato. – a fotógrafa riu.

– Pois é, dona Almira intimou a família inteira, acho que vamos conhecer o senhor que anda fazendo milagres com ela. – a morena falou e olhou para a loira. – Não sabe de nada?

– Não sei mesmo, já disse que sua mãe não me contou nada demais. – Marília sorriu. – Mas sei que não é revival com o José, confirmei com a Yasmin.

– Estranho, fico me perguntando quem será esse mágico. – a morena falou debochada.

– Pelo bom humor da sua mãe, deve ser um mágico na cama. – a fotógrafa gargalhou ainda mais da cara que a esposa fez para ela.

– Broxante. – Maraísa deu um tapa leve na bunda da esposa e saiu da posição que elas estavam. – E sem graça... – fechou a cara.

– Ai meu Deus. – Marília riu, segurou o rosto da morena e deu um, dois, três beijos, até que ela voltasse a sorrir.

Os minutos sozinhas tiveram fim quando as filhas chegaram correndo.

– Maria Liz e Giovana, não corram dentro de casa... – Marília ralhou com as meninas, que pararam e olharam sapecas para elas.

ʙᴏʀɴ ᴛᴏ ᴅɪᴇ • ᴍᴀʟɪʟᴀOnde histórias criam vida. Descubra agora