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Justin Bieber - Florença, Itália

Acho que realmente irritei Hailey. Ela passou o caminho todo, até a Ponte Vecchio sem falar absolutamente nada.

Só começou a falar quando estacionei na frente da praça que entra na ponte, voltou a tagarelar com sua animação e eu nem pude reclamar, já que ela se manteve por todo o caminho calada. Apenas peguei minha mochila, tirei minha câmera de dentro e a acompanhei enquanto ela fazia o caminho até a ponte, como se já estivesse em casa.

- Esse lugar também é lindo de manhã. - Ela enfatiza quando estamos na entrada na ponte.

Não responde, fico sem resposta quando finalmente entramos na ponte. Não é apenas uma ponte normal que serve para atravessar de um ponto do rio ao outro. É como um shopping de joalherias e outras lojas, tudo sobre um mar calmo e maravilhoso. Eu acho que tirei quase vinte fotos, apenas nessa entrada.

- Fiquei calada durante toda a viagem. Exijo a história. - Hailey me cobra e eu suspiro abaixando a câmera.

Confesso que tirei um tempo enquanto tomava café para pesquisar sobre a ponte. Apenas porquê se me propus a fazer esse trabalho, preciso dar o meu melhor para fazer isso. Tenho uma dívida com Hailey e pretendo a pagar do melhor jeito possível.

- A tradução do nome é ponte velha. - Começo enquanto caminhamos devagar e Hailey foca sua atenção em mim. - É uma ponte em arco medieval, e o rio embaixo de nós é o rio Arno. Ela é tão famosa porquê além de linda, tem esse tanto de joalheiras e lojas que deixam qualquer um fascinado.

- E por quê é tão interessante de noite? - Hailey parece totalmente interessada no que falo e isso é divertido.

Caminhamos um pouco mais até chegarmos no primeiro arco que dá visão total do rio e da cidade. Ofereço minha mão e ela a ajuda a subir na grade de ferro que protege as pessoas de cair no rio. Ela olha tudo encantada e eu me apoio ao seu lado, com os cotovelos na grade.

- De noite as luzes se acendem. As lojas se fecham e as pessoas vem aqui com quem amam. Sabe as pontes que aparecem nos filmes onde as pessoas trancam os cadeados na grade? - A olho e ela assente animada. - É aqui, um pouco mais para frente. As pessoas trazem um cadeado, trancam junto com a pessoa que ama e jogam a chave no rio. As pessoas acham que isso as deixa ligados para sempre, toda uma vida de amor e felicidade.

- E podemos colocar um cadeado na ponte? - Hailey parece uma criança curiosa e admirada.

- Hoje é crime. Se a polícia pega alguém fazendo isso, gera uma multa, tudo porquê tantos cadeados foram colocados que existiu o risco de a grade não aguentar. Mas ainda tem pessoas corajosas que colocam o cadeado na ponte.

- Você seria uma dessas pessoas? - Ela pergunta me encarando e não consigo mentir.

- Pela pessoa certa? Sim.

- Pela sua noiva. - Ela afirma e eu quase digo um não, mas me contenho a olhar o rio.

- Vamos continuar? - Ela concorda e sai da grade.

Continuamos andando e enquanto isso, consigo tirar algumas fotos das pessoas entrando e saindo das joelheiras. Também tiro algumas da paisagem e do mar maravilhosamente calmo embaixo de nós.

O céu, como sempre está nublado, mas isso não me impede de conseguir fotos boas. Maravilhosas levando em conta que a paisagem colaborou de outros jeitos.

- Já tirei fotos o suficiente, agora como vamos achar o seu cara aqui? - Pergunto a Hailey que parece ponderar enquanto caminha.

- Uma ponte não tem administração, então se el trabalha ou trabalhou aqui, foi em uma dessas lojas. - Ela diz como se tivesse achado uma solução.

- Sabe, seu plano é uma merda. - Murmuro.

- O que você disse? - Ela se vira com o cenho franzido.

- Quer visitar cada ponto turístico desse lugar, procurar cegamente por um homem que nunca viu e que só tem uma foto antiga. Ele pode estar morto, preso, foragido ou simplesmente morando em outro país.

- Se ele amava tanto a Itália quanto minha mãe disse, ele não saiu daqui. - Ela rebate.

- Faz quanto tempo desde que sua mãe o viu pela última vez?

- Muito tempo. - Ela se limita a dizer isso.

- E não acha que as coisas mudam em muito tempo? - Ela não responde, mas só porquê não parece ter resposta.

- Justin, fique calado e me deixe em paz. Esse foi meu plano e vou seguir fielmente, e você vai me ajudar porquê se ofereceu para isso. - Ela diz como se fosse toda a explicação e para no meio do caminho.

- Tudo bem, então como vamos fazer isso?

- Indo em cada uma das lojas e perguntando se já viram ele. - Ela só pode estar brincando.

- Hailey, eu não vou fazer isso nem...

- Você se ofereceu, foi sua palavra, ou você não tem palavra? - Travo meu maxilar e ela sorri.

Ela pega meu braço e me arrastar de volta para a entrada da ponte. Paramos na porta da primeira joalheria e entramos juntos. A loja está vazia e duas atendentes vem aos nosso encontro.

- Olá, no que podemos ajudar? - A loira diz primeiro.

- Graças a Deus falam inglês. - Hailey comemora sem soltar meu braço e me encara, acho que esperando que eu sorria.

- Claro, falamos diversas línguas. O melhor para atender nossos clientes. - A morena explica.

- Ótimo, porquê queremos comprar uma jóia.

- O que seria? Uma pulseira ou...

- Alianças, duas alianças de casamento. - Hailey dispara e eu a encaro tentando entender que maluquice se passa na cabeça dessa garota.

- Ah! Vai ser um prazer ajudar um casal apaixonado. - Ela sorri.

- Não somos um casal, sou... Irmão dela. As alianças são para mim e minha noiva. - Tento desfazer a mentira e Hailey não se opõe, pelo menos isso.

- Ah sim! Tudo bem, querem ver as opções? - Hailey aceita e as duas se afastam para pegar as opções, mas nos apontam o sofá onde vamos sentar para esperar.

- O que passou na sua cabeça Hailey? - Pergunto ainda em choque e ela me cala com o indicador na minha boca.

- Depois explico, mas é tudo para achar o meu cara. Fica calado e entra no teatro. - Nego com a cabeça. - Você se ofereceu...

- Merda, nunca mais vou ser gentil com ninguém! - Ela sorri.

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