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Justin Bieber - LA, Califórnia

Já estive na Califórnia algumas vezes e diferente da cidade que ninguém dorme, Los Angeles dorme demais. As ruas são calmas, pacíficas e mesmo que estejam com neve derretendo no asfalto, consigo usar uma camisa branca simples e uma jaqueta jeans, junto com uma calça larga e um tênis.

Deixei NY usando um casaco maior que eu, cheguei aqui me despindo no aeroporto. De qualquer jeito, deixei minhas roupas e minha malas no hotel, estou caminhando pelas ruas de LA até chegar no endereço que Charles Baldwin me enviou nas nossas mensagens.

Quando paro na frente do bar, me surpreendo por ser algo voltado ao hóquei. Entro encontrando um ambiente quase vazio, mas com toda sua temática voltada a para times de hóquei, várias camisas assinadas por vários jogadores famosos e etc. Essa coisa toda me pegou de primeira.

Não que eu precise de motivos para ficar, porquê quando eu me resolver com Hailey, vou ficar. Minha mãe já soube disso antes que eu pudesse viajar, ela soube que quando tudo estivesse certo eu me mudaria para Los Angeles, para ficar com ela. E ela não viu problema nenhum em ficar com meu apartamento, logo ao lado do meu vizinho.

Tiro esses pensamentos da minha cabeça quando vejo o cara alto e moreno sentado no fundo do bar e o reconheço na hora. Assim que ele me vê e levanta, tenho que engolir a seco porquê, caralho, esse cara é quase maior que Auston Matthews e perto do Auston eu sou uma miniatura de ser humano.

- Charles Baldwin? - Pergunto ao me aproximar e ele estende a mão para mim.

- Justin Bieber, não é? O cara que posta fotos da minha irmã. - Engulo a seco e aperto sua mão.

- Acho que sou culpado. - Tento quebrar o gelo, mas ele não ri, só me olha de cima a baixo como se estivesse me avaliando.

- Não acreditei que fosse vir até aqui. - Ele diz voltando a se sentar no banco estofado e eu faço o mesmo.

- Bom, eu não costumo deixar assuntos mal resolvidos e muito menos deixar as minhas oportunidades passarem. Tive a oportunidade de conhecer sua irmã, não vou deixar isso passar. - Ele dá um leve sorriso torto.

- Se quiser minha ajuda, vai ter que me contar todas as suas intenções com a minha irmã. - Ele encosta no banco e cruza os braços.

Chamo um garçom que passa na hora e peço uma bebida. Deixo que Charles também peça o que quer e quando o garçom nos deixa sozinhos novamente, me preparo para dizer absolutamente tudo que ele quiser saber.

- Quer saber de tudo mesmo? - Ele para pra pensar e faz uma careta.

- Não. Quero saber das partes descentes, aquelas que você quer fazer enquanto estão vestidos. - Dou uma longa risada e ele me acompanha.

- Eu quero ficar com a sua irmã, o máximo de tempo que a vida nos permitir. E eu sei o que ela disse, sei que ela acha que eu não a amo do jeito como ela me ama, mas eu amo demais aquela taga... - Olho em sua direção e ele está me analisando, engulo a seco. - Amo sua irmã Charles, esse é o ponto.

- Pediu mesmo ela em casamento? - Ele pergunta curioso e chega a me lembrar a curiosidade dela.

- Pedi.

- E se ela aceitasse? - Ele se inclina sobre a mesa.

- Eu teria me casado com ela, teria arrumado um padre, um juíz, um terno e o vestido dela. Eu teria feito da sua irmã, minha esposa, na Itália.

- Cacete, você teria a coragem de casar longe da sua família? Que a Hailey teria essa coragem eu sei, mas você teria também? - Ele realmente parece chocado ao me perguntar isso.

- Eu não teria antes, mas sinto que quando estou com ela não preciso de mais ninguém, não sentiria falta de mais ninguém, essa é a mais pura verdade. - Ele relaxa o corpo.

- Fico feliz em saber que você realmente sente algo sério pela minha irmã, mas antes que eu te ajude eu preciso que saiba que a Hailey é sensível. Tipo, ela já passou por coisas demais e eu não quero que ela passe por certas...

- Está falando do último relacionamento dela? - Pergunto o interrompendo e ele ergue as sobrancelhas.

- Ela te contou sobre ele?

- Sim, bem rapidamente, não quis aprofundar a conversa e deixar ela triste. - Ele concordou.

- Quero que saiba que ela não pode sofrer mais, não quero que ela sofra mais, entende isso não? - Concordo com a cabeça. - Faça o que quiser, mas não toque na minha irmã, nem grite com ela e muito menos diga o que ela deve fazer e como fazer. E se por acaso eu perceber que está fazendo alguma dessas coisas, eu vou atrás de você e acabar com sua vida. Entendeu cara?

Não o culpo pelas ameaças, eu sei que farei pior quando Jazmyn crescer o suficiente para ter um namorado ou namorada. Sei que vou fazer a pessoa sofrer e se mijar, porquê ninguém vai partir o coração da minha princesa.

- Estamos de acordo? - Ele pergunta me tirando dos meus devaneios sobre Jazmyn.

- Estamos. - Ele concorda.

- Tudo bem, agora vamos falar sobre nosso plano. - Ele volta a relaxar na cadeira e eu sinto meus ombros relaxarem com isso também.

- O que precisamos repassar?

- Você vai chegar comigo, não é isso? - Assinto. - Então me diga o que vamos fazer quando ela te reconhecer, porquê sabemos que ela vai. Também me diga se tenho que avisar a todos que você vai ou...

- Não, deixe ser uma surpresa. E eu sei que se seguirmos meu plano, ela vai reagir bem do jeito que eu quero. - Ele sorri.

- Ela vai me matar. - Ele zomba.

- Com certeza.

Momentos depois, só me lembro de já estar na quinta certeza e de Charles estar muito mais engraçado do que no momento em que eu cheguei. Estamos rindo de alguma história da adolescência de Hailey, algo sobre ela chegar bêbada de uma festa e cantar como a Dorote.

- Vai ser bom ter você na família Justin, já não aguento mais estar rodeado por mulheres. - Charles diz brindando sua cerveja na minha.

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