to our baby bieber - extra

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Hailey Bieber — Los Angeles, Califórnia

[Dois anos após o último capítulo]

O amor é uma coisa maluca. Hoje exatamente fazem dois anos desde que conheci Justin naquela viagem inesperada para a Itália que resultou no nosso casamento e mesmo assim sinto que ainda estou na fase de conhecer nada mísero detalhe sobre meu marido.

Detalhes como o fato dele amar o frio, por isso sempre usa moletom. Tem medo de subir em elevadores sozinho. Ser alérgico a cogumelos e ter descoberto isso depois de quase se drogar com um na faculdade. Ele ama a ideia de ser pai, mas odiar a ideia de se tornar o seu próprio pai.

Eu sempre sonhei com um marido que me instigasse o melhor que existe dentro de mim e Justin é exatamente esse homem. Com ele, posso ter a liberdade que nunca tive com Kaio, meu namorado antes dele.

Não gosto de entrar no assunto do meu antigo relacionamento, são lembranças duras que eu sempre tentei enfiar num buraco fundo que criei na minha mente. Mas agora, tenho a tendência a pensar em como aceitei aquilo e imaginei que nunca poderia ter algo melhor.

Justin é algo que nunca achei que merecia. E o que ele me dá é algo que achei ser indigna de ter.

Intercalo meu olhar entre ele e o teste de gravidez dentro do potinho na pia. Ele está dormindo tranquilamente na nossa cama, enquanto estou sentada no chão do banheiro, sabendo que o resultado daquele teste pode mudar muito a minha vida.

Queremos ter um bebê, foi algo que falamos na Itália é algo que falamos até hoje quando visitamos Alaia. Mas não planejamos, nós nunca conversamos sobre quando um bebê deixaria de ser um pensamento e se tornaria uma realidade.

— Hailey! Como está ai? Você viu? — A voz de Alaia sai do meu celular e me trouxe de volta a realidade.

— Pelo silêncio... Ela viu. — Chaz completa.

Eu nem ao menos tive coragem de tirar o teste do potinho, já se passaram sete minutos e eu ainda estou sentindo no chão, escorada no vaso e olhando para a cama onde Justin dorme tranquilamente.

— Será que ele vai me matar caso eu esteja? Nós usamos camisinha quase todas as vezes, eu tomo meu remédio... Às vezes...

— Ele sabia da responsabilidade quando parou de usar camisinha, assim como você sabe muito bem sobre os riscos de tomar o remédio às vezes. — Alaia me adverte.

— Podemos não falar da parte do sexo que possivelmente gerou esse possível bebê? — Chaz implora e Alaia ri.

Nem consigo rir dessas piadas dele. Eu estou tão nervosa que me faltam palavras, me faltam também ações. Não consigo me levantar, não consigo falar e nem reagir.

— Hailey? Está aí?! — Alaia me chama.

— Eu estou morrendo de medo, não consigo tirar o teste do potinho.

— Ele ficou preso? — Chaz pergunta. Idiota.

— Não! Ela está tensa seu imbecil! — Alaia explode.

— Acorda ele então. — Chaz sugere.

— Não consigo falar. — Digo nervosa.

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