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Justin Bieber - NY, New York

Não tem nada melhor do que poder tomar banho em casa. Depois de dias tomando banho na pousada, confesso que senti uma puta saudade do meu chuveiro. A saudade da água quente batendo nas minhas costas, sem eu ter que esperar no mínimo dez minutos para que ela de fato ficasse quente.

Eu tinha feito planos, a maioria deles era sórdido. Queria trazer Hailey pra cá, não param morar comigo ou coisa do tipo, mas queria que ela viesse conhecer New York. Queria que ela fosse aos lugares que eu gosto de ir, conhecesse os meus amigos e visse como é minha vida fora da Itália, longe do cenário romântico e folgado.

Só de pensar que a porra dos planos que eu fiz deram errado porquê ela achou que eu não amava ela, tenho vontade de ficar aqui tempo o suficiente para me afogar nessa água, se isso fosse possível.

Estou pensando nela desde que cheguei e em formas de chegar até ela. Já sei que ela não vai atender minhas ligações e nem responder minhas mensagens, nem que eu faça um tweet enorme marcando ela e me declarando pelo meu twitter, não acho que ela responderia. Mas eu não vou desistir.

Não vou ser o Lorenzo dela, não vou ser o cara que ela vai ter amado pela vida toda, mas nunca o que recebeu esse amor. E com certeza não vou desistir até ela entender isso. Entender que todo o amor que eu posso dar a alguém, quero dar a ela.

A campainha acaba me tirando do meu raciocínio, desligo o chuveiro e me enrolo em uma das toalhas preta, que sempre fica no armário do banheiro. Vou até a porta ainda enrolado nela, com certeza molhando todo o caminho que faço até a porta e a abro sem nem mesmo saber quem é.

Quer dizer, ninguém sobe no meu prédio sem autorização dada por mim antes.

- Mãe?! - Estou surpreso quando vejo minha mãe na porta, com um sorriso enorme no rosto.

- Meu amor! - Ela se aproxima e faz menção a me abraça, mas eu dou um passo para trás. Tudo bem que ela trocou minhas fraldas, mas não acho que ela me abraçar enquanto estou de tolha e sem nada por baixo seja super confortável. - Eu vim correndo assim que me avisou que estava de volta. Por que não me disse que estava voltando? Na verdade, por que voltou tão cedo?

- E-eu... Mãe, eu mandei a mensagem a uns cinco minutos. - É a única resposta que vem a minha cabeça.

- Ah, eu estava meio perto. - Ela disfarça o nervosismo com uma risada, mas coça a nuca do mesmo jeito que sempre faço quando estou nervoso.

Sinto ânsia de vômito só de imaginar o quanto ela deveria estar perto e me faço uma anotação mental.

Lembrar de quebrar a cara do meu vizinho ✓

- Tudo bem, senta ai. Vou colocar uma roupa. - Ela concorda indo para a sala de estar e eu vou, com certa pressa, para o meu quarto.

Meu closet está metade vazio e por um lado isso é bom pra cacete. Madeline tinha tanta roupa que eu nunca achava as minhas direito, já cheguei a usar jaquetas suas e nem mesmo percebi. Então, sem suas tralhas nas minhas coisas, eu pego o primeiro conjunto de moletom que acho. Uma calça cinza com detalhes pretos e um casaco da mesma cor, com alguns desenhos que não sei identificar. Para o frio que está fazendo, é a roupa perfeita.

- Tudo liberado agora. - Digo ao voltar para a sala e minha mãe não espera nem um segundo, corre em minha direção e abraça minha cintura.

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