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Justin Bieber - Roma, Itália

Forever By Your Side seria a música perfeita para eu dizer que amo a Hailey também. Talvez, eu pudesse dizer quando ele estivesse no refrão onde diz que toda vez que olha para ela, se apaixona outra vez, porquê essa é minha realidade. Sou um homem apaixonado, por uma mulher incrível, que acabou de dizer que me ama.

Tudo isso seria incrível, se eu não soubesse que ela fez isso apenas por causa da minha mentira. Porquê ela provavelmente percebeu algo que eu não percebi e acabou tendo que agir como uma esposa, dizer as três palavras e pronto.

Isso não tira o efeito que elas deram em mim quando ela disse. Aquelas três palavras, as sete letras, a única coisa que consegue me destruir por completo. As únicas palavras que eu não costumo dizer com frequência, as únicas que eu tenho todo o cuidado do mundo em pronunciar. Acho que nunca disse elas para Madeline, mas isso importa agora?

Ouvir isso, vindo dos lábios macios da Hailey, da voz doce e aveludada, foi uma grande queda em um abismo onde no final tinha um colchão fofinho e resistente, que me segurou e me abraçou. Foi aliviador e ao mesmo tempo desesperador, uma sensação nova e pura.

E eu soube. Com toda essa loucura que se formou na minha cabeça, eu simplesmente soube que a amava. Eu sei que a amo. Mesmo que esse amor seja algo impossível, irrealista e incorrespondido. Eu sei que é verdadeiro.

- Você está calado. - A voz de Hailey bate contra minha nuca e cria um efeito devastador.

Estamos nos balançando, não chamaria isso de uma dança. Assim como os outros casais na pista, estamos nos balançando lentamente ao som de The Manhattans, em silêncio, enquanto a cabeça dela está no meu ombro, meu braço está ao redor da sua cintura e nossas mãos estão juntas.

- Eu sempre estou calado. - Olha pelo canto do olho e lá está ela, me olhando com o olhar mais fofo do mundo.

- Não, você sempre está tentando me fazer ficar calada, é diferente. - Ela rebate.

- É semântica.

- Está fugindo do assunto. - Ela parece me conhecer melhor do que eu, porquê eu não havia percebido isso.

- Eu só estou aproveitando a letra da música. - É tudo que vou dizer, embora minha garganta tenha um nó de palavras para dizer a ela.

- E eu estou atrapalhando por falar demais?

- Sua voz nunca me atrapalha! - Ela sorri contra o meu ombro, eu sinto isso.

- Você é um amor, às vezes.

- Você fala pouco, às vezes. - Ela não responde, fica em silêncio e continuamos dançando.

Quando a música acaba, é como se eu tivesse perdido minha eternidade dentro dos minutos contados. Espero pela próxima balada romântica que vá me fazer continuar abraçado com ela, mas quando não vem, só lamento com um sorriso triste e a deixo se afastar.

- Você está bem? Parece desanimado. - Provavelmente ela leu minha mente.

- Cansado de dançar, acho que vou beber alguma coisa. Quer algo?

- Eu acho que já bebi demais. Não quero passar a noite sendo uma bêbada chata e eu costumo ser uma bêbada muito, muito chata. - Ela diz sem pudor.

- Muito chata? Me conte uma história sua de quando estava bêbada e eu vou avaliar se é realmente muito chata. - Ela abre um sorriso enorme e me puxa para fora da pista de dança.

Logo estamos de volta ao sofá onde estávamos sentados antes, dessa vez sem companhia. Eu me sento no canto e ela ao meu lado, as mãos dela não direto para o meu ombro e voltam a me abraçar.

É uma sensação boa, um alívio na alma, seguido de um aperto no peito que me trás de voltar a realidade.

- Conte sua história.

- Tudo bem. Isso aconteceu no ensino médio, quando eu fui a minha primeira festa com o Charles, meu irmão. - Ela arqueia as costas e deixa de me abraçar para poder virar de frente para mim.

- Tudo bem. Primeira festa, Charles, seu irmão.

- Isso. Nessa época, eu estava ficando escondido com um dos melhores amigos do meu irmão, um tremendo gostoso que vivia indo na nossa casa. E como era algo escondido, eu duvidava muito que ele fosse dar em cima de mim na festa, me beijar ou fazer algo que fazíamos quando estávamos sozinhos. - Faço uma careta.

- Eca. - Ela revira os olhos.

- Então eu aproveitei a festa e bebi bastante com as minhas amigas. Bebi tanto que fiquei tonta e comecei a andar me apoiando na parede e nas pessoas. Isso até chegar no jardim e encontrar o amigo do meu irmão lá, fumando maconha sozinho.

- Você ainda ficava com pessoas que fumam? Você é tão rebelde Hailey Baldwin. - Tento disfarçar meu completo desconforto em ouvir uma história sobre um outra cara.

- Essa parte é a menos importante, porquê quando cheguei perto dele, ele quis jogar a maconha dele fora. Ele tinha aquela coisa de querer ser certinho e não oferecer para uma garota mais nova, muito menos pra irmã do melhor amigo dele...

- Você era irmã do melhor amigo dele e ele ficava com você, ele não tem nada certinho.

- Vai me deixar terminar a história? - Fiz sinal para ela prosseguir e ela agradeceu com uma falsa referência. - Ele me deu a maconha, porquê eu insisti muito. Fumei umas duas vezes e isso foi o suficiente para eu estar bêbada e chapada. Comecei a beijar ele alucinadamente, sem nem me importar que meu irmão pudesse ver tudo.

- Isso é ruim...

- Sim! Mas pelo menos ele era controlado, já que ele parou de me beijar e começou a cuidar de mim. Ficou a festa toda grudado comigo, tomando conta de mim e me impedindo de beber mais ou aceitar mais drogas de outra pessoa. O fato é que como sou uma bêbada chata, insisti para ele transar comigo o tempo todo, tentei convencer eles de me levar pra cama dos jeitos mais sórdidos. - Ela suspira com a lembrança. - Isso resultou nele me levanto até o meu irmão e falando que eu havia bebido demais.

- Então, você é do tipo que bebe demais e quer transar? - Ela concorda séria.

- Eu sei, é irritante e...

- Onde eu posso arrumar um garçom aqui? - Arqueio minhas costas para procurar por alguém.

- O que?

- Um garçom para arrumar uma bebida pra você, uma garrafa inteira de champanhe se tiver. - Ela cerra os olhos para mim e bate em meu braço.

- Você está ultrapassando o nível da safadeza hoje, Justin Bieber!

- Você ainda não viu nada!

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