Amore Estivo

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Justin Bieber - Roma, Itália

Roma está ainda mais linda do que da última vez em que estive aqui. O dia não está ensolarado e isso parece combinar com todo visual que o lugar propõe. O céu cinza com todas as contruções antigas, me faz pensar como se tivesse viajado no tempo e agora estivesse em um mundo muito diferente do meu.

Felizmente as pessoas andando com seus celulares e câmeras para cima e para baixo, me trazem de volta a realidade junto com Hailey, que agarra meu braço encantada. Ela olha tudo como se fosse uma criança curiosa, coisa que ela costuma fazer que com muita frequência, e olha que nem saímos da estação onde desembarcamos a poucos minutos.

- Não faço a mínima ideia de por onde começar. - Ela diz totalmente perdida, mas é claro que eu já havia planejado tudo.

Sei que por mais que ela vá querer curtir em Roma, uma grande parte ainda quer achar o misterioso cara que é, por acaso o amor da vida de sua mãe. E por mais besta que eu ache toda essa ideia, ainda prometi ajudar e não posso voltar atrás de uma promessa.

- Tem só três pontos turísticos aqui que já tiveram um Lorenzo Ferrara trabalhando neles. Tudo bem que esse é um nome comum por aqui, mas vale tentar. - Explico e ela parece surpresa com isso.

- Como sabe que só tem três pontos turísticos? - Perguntou chocada.

- Fiz minhas pesquisas. - Pisco, mas quando ela me encara desconfiada acabo revirando os olhos.

- Vai me dizer que ligou para cada ponto turístico só para saber se tiveram um Lorenzo Ferrara trabalhando lá? - Ela parece convencida a não acreditar em mim.

- Tudo bem, mandei uma mensagem para minha assistente fazer isso, mas conta! - Ela revira os olhos, mas acaba rindo.

- Tudo bem, você se dedicou de algum jeito para fazer algo por mim. Isso é fofo. Então, agora nós só temos que procurar? - Ela olha aos arredores, como se magicamente Lorenzo fosse aparecer das sombras.

- Você sabe que esse plano é péssimo? Como espera encontrar esse homem só com uma foto antiga, o nome e sei lá, a memória da sua mãe de que ele amava a Itália quando jovem? - Ela aperta meu braço em repreensão.

- Tenho o desenho de uma tatuagem que ele fez. Uma tatuagem única, só ele tem, porquê minha mãe desenhou especialmente para ele e o viu fazer, no pescoço. E mais, ela disse que ele amava a Florença, mas trabalhava em pontos turísticos e o que não falta na Itália são pontos turísticos para ele trabalhar. - Ela tem uma resposta na ponta da língua para tudo, que me deixa sem resposta para qualquer coisa.

- Tudo bem, vamos. - Solto meu braço das suas garras e pego sua mão, a trazendo comigo para o lado de fora da estação.

Preciso deixar registrado como a mão de Hailey é macia ao ponto de parecer um travesseiro fofo. E como as unhas dela combinam com alguma parte do rosto dela que é incrível, como se não fosse intencional, mas parecendo intencional. Não sei explicar as mãos dela.

- Temos que arrumar um táxi. Como chamamos um táxi em italiano? - Ela para na calçada, com a bolsa em um dos braços e os dedos da outra mão entrelaçados aos meus.

- Táxi é taxi. E nós não precisamos de um. - Ela, obviamente, me olha confusa.

- Como vamos nos locomover nesse lugar? Não sei se percebeu, Roma é bem maior que Florença. E se Florença é pequena e você vai de carro para todo canto, como quer...

- Deus... Achei que já tivéssemos conversado sobre você tagarelar. - Ela sorri.

- Conversamos benzinho. E eu nunca disse que pararia. - De fato, ela nunca disse.

- Tudo bem. Mas não vamos de táxi, vamos de um jeito um pouco diferente. - Quando dou a notícia, o sorriso que eu abro é automático. Mas ela não compartilha da mesma felicidade.

- Justin Bieber, o que você... - Na hora certa, o cara com quem eu marquei chegou e parou a poucos metros de nós.

É curiosa a quantidade de pessoas que alugam scooters aqui. Em qualquer parte da Itália. O cara com quem marquei veio trazendo a que eu aluguei para passar o dia aqui. Branca, parecendo uma bicicleta ou algo que idosos usariam, mas é o jeito.

- Nós vamos de scooter. - Informo, mas ela já percebeu o cara parado e olhando em nossa direção.

- Tá brincando?! - Nego e o sorriso que toma conta do seu rosto ilumina tudo.

- Bom, acho que não.

- Isso é tipo... Ah! - Eu deveria considerar que deixei Hailey Baldwin sem palavras, isso é um feito e tanto.

- Me espera aqui, vou lá buscar e falar com o cara. - Ela concorda animada e eu a deixo parada no mesmo lugar.

O processo todo é bem rápido, já conversei por mensagem com o cara e ele sabe tudo que precisa sobre mim, assim como eu sei tudo que preciso sobre as regras para lidar com isso. Uma mota, ou algo próximo.

Quando volto, já acompanho da scooter. O sorriso de Hailey aumenta, ilumina mais ainda seus rosto e ela bate palminhas animadas.

- Você é inacreditável! - Ela diz admirada, fazendo com que a scooter pareça uma barra de ouro realmente valiosa.

- Não é nada demais, agora vamos subir logo e...

Ela não espera nem que eu termine a frase, avança contra mim e beija meu rosto todo, incluindo meus lábios, e isso acaba atraindo os olhares curiosos de quem passa, mas pela primeira fez na vida, não me importo que as pessoas vejam. Estou distraído.

- Se continuar me beijando, vou acabar não respondendo por mim. - Ela ri contra meu rosto e se afasta um pouco, menos de um metro.

Subo na moto e espero o tempo dela para que faça o mesmo. Por conta do vestido, ela consegue só consegue subir um ou dois minutos depois, mas nada que vá nos atrasar. Quando ela já está sentada atrás de mim, pega minha mochila e coloca nas suas costas para facilitar quando ela se segurar em mim.

Seus braços contornam minha cintura e ela fecha as mãos na minha barriga.

- A gente não deveria usar capacete? - Ela pergunta ao pé do meu ouvido e eu sinto aquele arrepio que se alastra pelo corpo inteiro.

- Não confia em mim dirigindo uma scooter? - A olho através do espelho e ela sorri.

- De olhos fechados.

- Grande erro Baldwin. - Acho que ela percebe quando acelero ao máximo do que essa coisa aguenta e deixo a estação de trem para trás.