Capítulo 13

134 10 3
                                    

Em cada cadeira, um ao lado do outro, jantavam em silêncio enquanto uma música aleatória ecoava em volume baixo pelo apartamento. Akaza se encontrava vestindo somente uma bermuda solta de tecido leve em tom de preto, seu marido se encontrava vestindo uma blusa simples lisa de tecido fino em tom de preto e uma bermuda de algodão em tom de cinza.



- Ah! Eu encontrei com a Daki hoje pela manhã lá na empresa... - O oni disse quebrando o silêncio.

- Sério?! Como ela está? - Kyojuro soltou rápido de forma abafada considerando sua boca cheia de comida.

- Ela disse que estava bem, mas estava triste porque o Gyutaro não pôde vir e-

- Ela ainda tá aqui?! - Perguntou em tom elevado, olhos brilhantes em direção ao oni.

- Não, amor, ela já foi... - Respondeu baixo vendo seu amado murchar como uma flor em tristeza. - Ela só passou pra pegar algo importante... Ela disse que queria te ver.

- Sabe quando ela vai aparecer por aqui de novo?

- Não sei... Mas na próxima, se ela tiver um tempinho, eu levo ela até você, tá bom?

- Tá bom! 



De forma calmamente relaxante, a noite se passou rapidamente sendo resumida em celular e conversas divertidas sobre vídeos online.




- / / / -






Acordando em meio ao silêncio, direcionou seus olhos estreitos à grande parede em vidro, cortinas pouco separadas umas das outras fazendo com que suaves raios solares adentrassem o quarto deixando o ambiente ligeiramente claro. Esticando seu corpo afim de o despertar, sentiu falta de um outro que costuma dormir ao seu lado. Decidiu levantar-se e, antes que saísse do quarto, checou as horas.


" 05:17... Quinta-feira... Ainda é um pouco cedo "


Se vendo quase sem roupas, direcionou seu olhar ligeiramente surpreso às suas pernas vendo que somente sua boxers lhe cobria, revirou os olhos. Akaza costumava lhe despir pela madrugada por vez e outra, o mesmo diz que o corpo relaxa ao receber esse "alívio". Não gostava de ficar andando pelado por seu apartamento, achava vergonhoso, diferente de seu marido que, de vez em quando, aparecia perambulando pelo apartamento completamente nu dizendo ser libertador. Como consegue?

Andou em direção à uma peça de roupa, uma bermuda lisa, que se encontrava jogada sobre a cadeira fofa ao canto do quarto, vestiu-se. Em direção à porta do cômodo, de longe a viu fechada, uma folha branca presa à sua maçaneta, pegou-a cuidadosamente reconhecendo a bela escrita de seu marido.



" Amor, eu recebi uma ligação de madrugada sobre o trabalho e tive que sair um pouco mais cedo. Não fiz o seu café da manhã, desculpe, mas não saia de casa sem comer algo.
Deixei a chave do outro carro na gaveta do lado da cama, vá com ele, por favor.

Qualquer coisa me ligue, por favor, assim que possível vou te mandar uma mensagem. Tome cuidado.

Eu te amo! "


" Eu te amo... Cê nunca saiu tão cedo assim... "



Andou em direção ao criado mudo ao lado da cama, abrindo uma de suas pequenas gavetas viu a tal chave mencionada, pegou-a pousando sobre a madeira para que não esquecesse de levá-la. Não achando motivo nenhum de ficar sem fazer nada até que desse o seu horário habitual, decidiu que chegaria mais cedo em seu trabalho naquele dia.

Um Universo Diferente ( AkaRen )Onde histórias criam vida. Descubra agora