Com a ajuda de um Kyojuro que quase corria, a caminhada até o parque não foi demorada. Sem que Akaza percebesse, se encontravam em frente à espaçosa entrada do local, rodeada de vigas grossas e altas em madeira, sem demora entraram no parque.
Seus olhos agitados percorriam cada canto do lugar, admirado, comentava cada detalhe que via, questionando sobre tudo que desconhecia, seu amado tentava lhe responder à tudo mesmo sendo interrompido por outra pergunta. Breves minutos de uma indecisão extrema do que experimentar primeiro por parte do loiro, Akaza o aconselhou não comer antes de ir em qualquer brinquedo com muita movimentação, logo optaram por ir nas atrações de jogos e brincadeiras.
O tempo se passava e nenhum prêmio era conquistado, Akaza sendo péssimo em miras e seu marido sem paciência de tentar uma segunda vez. Após uma curta conversa, decidiram que não iriam em brinquedos altos ou de muito balanço. Aproximando-se de uma das últimas barracas que ainda não havia ido, uma pelúcia ao longe chamou a atenção do loiro, um tamanho consideravelmente grande, uma espécie de raposa em tom de preto e partes vermelho sangue, orelhas compridas que apontavam para cima, usava um delicado colar vermelho e branco com dois guizos, se encontrava pendurada ao alto junto de várias outras pelúcias de tamanhos e formas variadas. Travando seus passos, encarou a pelúcia com olhos brilhantes.
- Kyojuro?! - Ouviu seu amado chamar-lhe, olhando em sua direção, o viu confuso.
- Akaza! Nós vamos pegá-lo! - Seu tom saiu elevado e convicto, logo apontou o indicador em direção ao brinquedo desejado.
Com uma sobrancelha arqueada e rosto em completa confusão, alternou seu olhar entre seu marido e a direção que o mesmo indicava afim de encontrar o que ele lhe mostrava, falhando. De repente sentiu ser puxado com pressa, acompanhando o outro, pararam em frente à uma barraca colorida e iluminada, de frente para uma mulher sentada logo atrás do balcão de madeira, vista ligeiramente de cima pelos dois homens.
- Boa noite. - A voz da mulher é ouvida de forma simpática, logo a mesma levantou seu olhar em direção aos homens e ficou de pé. - Em que posso ajudar? - Depois de perguntada sobre as regras de seu jogo, a mesma começou a explicar o que deveria fazer-se para ganhar um prêmio.
Cada pelúcia enfileirada tinha suas categorias, sendo elas de nível fácil, médio e difícil, do mais baixo ao mais alto. Ao longe, de frente para os clientes, era visto vários alvos de tamanhos variados que se moviam em direções aleatórias, um em específico era visto ao centro solitário, sendo ele o mais distante e de nível difícil. A arma era uma pistola realista que continha três dardos para cada ficha comprada.
Entendendo as regras, Kyojuro percebeu que o prêmio que queria pertencia à classe mais alta. Se mostrando confiante, comprou duas fichas à moça e logo pediu que seu marido tentasse primeiro.
- Kyojuro, você quer o mais difícil, eu não sou bom com mira e você sabe... É melhor você tentar! - Akaza falava apressado enquanto lhe estendia o braço entregando-lhe a arma. Mostrando um sorriso ansioso e olhos esperançosos, o loiro aproximou-se de seu rosto.
- Você consegue! Eu acredito que você consegue. Tenta, Akaza! - Falou baixo, olhos radiantes enquanto seu corpo se remexia, fazendo o oni lhe olhar sem graça.
- É, você com esse corpo todo consegue... Akaza. - A mulher falou com lentidão chamando a atenção dos dois homens que lhe olharam ligeiramente surpresos, a mesma encarava o oni com um sorriso fraco. Rapidamente voltou seu olhar ao seu loiro que também o olhou de volta.
- Viu? Até a moça acredita em você. Vai! - Falou rápido esboçando seu mesmo sorriso anterior, gesticulava em direção aos alvos.
- Kyo, eu acho que- - Akaza tentou falar, logo interrompido por vários 'vai' frenéticos de seu marido. - Tá bom, já vou!... - Soltou baixo. Ficando de frente para o alvo desejado, posicionou seu corpo e, fazendo mira com um olho fechado, atirou.
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Um Universo Diferente ( AkaRen )
Fanfiction- Akaza... Eu confiei tanto em você... Te amei tanto e sempre confiei em você de olhos fechados!... Pra isso? - Suas palavras continham raiva, as lágrimas teimosas logo rolaram por sua bochecha, seu peito doía ao respirar, e seu belo rosto assemelha...