Um Universo Diferente ( AkaRen )

Capítulo 24

- Terminou? - Akaza perguntou simples, cotovelos pousados sobre sua mesa enquanto suas mãos serviam de apoio para seu queixo, olhar sério e constantes suspiros pesados saíam por seus lábios de forma quase incontrolável.

- Bem, sobre a empresa, sim... Ma- - A mulher falava devagar e seu tom era tímido, até ser interrompida pelo oni a sua frente.

- Então retire-se. Obrigado, Ellie.

- Mas, senhor Soyama, eu... Eu queria muito lhe perguntar uma coisa... - Falou apressada, viu o homem fechar os olhos e soltar sua respiração de forma profunda e pouco trêmula, logo voltou a olhá-la.

- Estou realmente muito ocupado agora, pergunte depois. - Respondeu impaciente, sua frase parecia querer travar à cada palavra dita.

- Ok. - Baixando sua cabeça, a moça falou em tom baixo em meio à uma expressão tristonha. Após pedir licença, retirou-se rapidamente do grande cômodo.

Ao ver sua porta ser fechada ao longe, ouviu os passos da mulher que acabara de sair distanciar-se, logo suas costas foram de encontro ao encosto de sua cadeira e seu corpo relaxou, um ladino sorriso acompanhou o alívio que lhe percorreu. Direcionando seu olhar para debaixo de sua mesa, ali avistou o par de olhos amarelados a lhe encarar, mais puros do que nunca, a falsa inocência naquele olhar era nítida enquanto a boca daquele mesmo ser engolia seu pênis com bastante gosto, suas mãos seguravam sua raíz e sua boca ficava cheia, sua língua passeava todos os cantos saboreando toda a extensão, parecia degustar do doce mais gostoso que já havia provado em toda sua vida, o doce que nunca cogitou em largar depois que o provou.

- Você ainda me mata desse jeito... - Akaza falou em tom baixo enquanto suas mãos eram direcionadas aos fios dourados do outro, seu sorriso satisfeito ainda visível em seu rosto. Como resposta, recebeu de seu marido um olhar ainda mais inocente falsamente, como se fosse possível. Quanto erotismo para uma face tão angelical.

Proporcionando-lhe delicados carinhos por seus cabelos, o oni ditava a velocidade desejada de forma calma enquanto retribuía o olhar fixado em sí. Aos olhos de seu amado, Kyojuro era uma pessoa pervertida apesar de ter o rosto de um anjo, o mesmo gostava de olhar e observar suas reações na hora do sexo, falava coisas impróprias em lugares abertos, mesmo raramente. Em suas próprias palavras, tinha pensamentos inadequados o tempo todo e sua obscenidade quase não tinha fim, quase. Akaza por sua vez, amava ver essa parte pouco exposta de seu marido, ver seu belo rosto tão inocente e gentil fazer expressões tão indecentes enquanto emitia sons impuros o levava à loucura de querer mais, nunca sendo suficiente.

Abandonando o pouco de delicadeza que conseguiu manter por tempo até demais, a mão do oni segurou os fios de forma rígida ao centro de sua cabeça, assim tomando o controle total do ritmo e forçando seu marido lhe engolir por inteiro de uma só vez, ação que fez o mesmo pousar as mãos em cada coxa do oni e apertar seus olhos já marejados. Akaza era bruto na hora do sexo, quase um ogro, mas nada que lhe machucasse permanentemente ou que excedesse o seu nível de prazer, muito pelo contrário, casou-se com uma pessoa que, mesmo ainda virgem, tinha desejos o tanto quanto peculiares.

Tendo sua cabeça empurrada, impedindo sua boca de ter a liberdade de respirar, a brutalidade do outro não lhe permitia ter a visão do dono da coisa que estava engolindo, mas queria, queria muito, tanto que forçou-se à ter. Com dificuldade e muito esforço, conseguiu abrir seus olhos e os manter abertos, rapidamente os direcionou ao oni pouco acima de sí. Seu corpo estava quente e sua temperatura só aumentava, suas pernas tremiam de forma quase imperceptível e só o seu nariz não deu conta de sua descontrolada respiração, Akaza estava hiperventilando, enquanto seus poucos gemidos aveludados escapavam por entre seus lábios. Se permitindo ter a descabida imagem de seu marido engolindo seu membro, viu o loiro observando-o com olhos brilhantes por luxúria e lágrimas, expressão em completa súplica por algo que já demorou demais para chegar.