De maneira contente, Kyojuro andava pelo estacionamento aberto à caminho do portão de saída. Sentia-se radiante. Seu dia estava completo e agora voltaria para seu lar de encontro com seu amado oni. Atendeu seus queridos pacientes de forma bem-humorada, todos com resultados bastante positivos e após largar, encontrou com seus colegas de trabalho mais próximos pela segunda vez no dia, em mais uma conversa divertida sobre a vida dos outros colegas, aos seus olhos, os melhores momentos para relaxar depois de um dia de trabalho. Estava satisfeito.
Chegando à saída do local, após despedir-se educadamente do novo vigilante, passeou seus olhos pela rua tão extensa e quase vazia. Seu objetivo era ir embora de táxi, considerando que foi exatamente da mesma forma que chegou pela manhã. Rapidamente avistou um táxi a seguir em sua direção lentamente. Dando a mão como se pedisse por um ônibus, sorriu ao perceber o veículo branco aproximando-se da calçada.
Kyojuro era conhecido na região ao redor do hospital, considerando seu tempo em trabalho e seu costume rotineiro de comprar bastante comida por aquelas bandas. Seu carisma fazia com que todos os estabelecimentos alimentícios e outros conheçam de longe suas características inconfundíveis. O mesmo valia para a área de taxistas, que já tinham a rotina quase diária de levar o loiro até o prédio onde morava.
Considerando todos os costumes que sua simpatia e carisma o levava a ter, apenas checou a porta do veículo que parou em sua frente, sem sequer ver a imagem do homem ao volante. Vendo que a porta abriu-se, adentrou o carro e acomodou-se no banco de trás.
- Boa noite! - Falou amigável em direção ao motorista, seu rosto não era visto pelo espelho e o mesmo permaneceu em silêncio. Olhando em direção ao seu celular em mãos, o loiro checou a hora, disfarçadamente à espera de uma retribuição ao seu cumprimento educado.
- Você seria... Kyojuro Rengoku? - O homem perguntou calmo, sua voz era rouca, quebradiça. Olhando em direção ao motorista, viu o mesmo vestido por um casaco cinza que cobria seus braços e um chapéu que limitava a imagem de sua face, mãos ao volante e rosto para frente.
Que estranho. Aquela voz, tão familiar aos ouvidos do loiro, mas sua memória não o permitiu a bênção de lembrar de quem se tratava ser o dono.
- Sim, sou eu mesmo. - Respondeu, sorriso gentil. De repente, ouviu o som de travas vindo das quatro portas do veículo, olhou em direção ao som pelo leve susto, ignorou. O carro logo entrou em movimento sem ter-se qualquer outra palavra de ambos os homens. Julgando sua pergunta há poucos segundos, o motorista não o conhecia exatamente, logo se viu confuso com relação ao caminho que o outro pegaria sem ao menos saber seu endereço. - Eh, ei... Olha, eu-
- Estava tão ansioso para conhecê-lo, confesso que é ainda mais bonito pessoalmente. - O homem falou sereno, seu olhar à estrada era calmo, tranquilo. Pego de surpresa, Kyojuro sentiu-se desconcertado rapidamente, olhos levemente arregalados em direção ao outro, que permaneceu de costas para sí.
- ... E-Eu agradeço... Obrigado. - Com lentidão, respondeu timidamente, logo ouviu o homem rir fraco e baixo. Aquela voz, aquele riso, não era de todo desconhecido, provavelmente já o conheceu em algum lugar. - Ah, olha, desculpa se for grosseria minha, mas... Bem, é que você me conhece, mas eu não lembro de te conhecer. Qual é o seu nome? - Falava de maneira receosa, mas perguntou o mais amigável possível, seu olhar alternava entre seu reflexo ao pequeno espelho e a nuca do não tão desconhecido. Ouviu o homem rir fraco novamente.
- Não tem porquê se preocupar comigo, na verdade, estou curioso sobre você. É casado, não é? - O homem falava rápido, perguntou descontraído. O loiro logo se mostrou desconfiado.
- ... Sim, sou casado, como sabe? - Perguntou intrigado, se mostrando mais desconfiado do que esperava. O motorista logo riu novamente, fazendo o outro sentir-se impaciente. Aqueles risinhos, estranhamente irritantes, parecia estar se divertindo às suas custas. Franziu a testa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Universo Diferente ( AkaRen )
Fanfiction- Akaza... Eu confiei tanto em você... Te amei tanto e sempre confiei em você de olhos fechados!... Pra isso? - Suas palavras continham raiva, as lágrimas teimosas logo rolaram por sua bochecha, seu peito doía ao respirar, e seu belo rosto assemelha...