Um Universo Diferente ( AkaRen )

Capítulo 25

- Acorda, amor! Venha comer! - Akaza falava ao longe, sua voz ouvida de forma neutra e distante.

Ouvindo uma voz familiar a chamar-lhe, o loiro remexeu-se na cama acordando rapidamente. Após levantar-se, saiu do quarto à procura daquele que lhe acordou, seu marido, o mesmo logo foi encontrado próximo a grande mesa da sala principal pousando pequenos pratos sobre a superfície em vidro, aproximou-se do oni e logo estava sentado em uma das várias cadeiras disponíveis à espera de sua refeição.

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- Akaza, cê conhece esse número? - Sentado no sofá ao lado de seu amado, que se encontrava deitado, encarava seu aparelho com uma expressão confusa, logo virou a tela de seu celular em direção ao mesmo, o oni analisando aquele número sem nome, também mostrou uma expressão confusa rapidamente.

- Não, não conheço, por quê?

- É que ligou pra mim ontem à noite, mas eu não vi. Não costumo receber ligação sem nome, acha que devo ligar de volta?

- Não, Kyo, isso é normal, eu mesmo recebo ligações de números desconhecidos o tempo todo.

- É, mas é por causa do seu trabalho, e também... Eu sinto que já vi esse número...

- Não lembra aonde?

- Não...

" Novidade "

- Bom, se for importante vai ligar de novo, deixa isso pra lá. - Mostrando um sorriso descontraído, o oni falou na tentativa de tranquilizar o outro, o mesmo ainda se mostrava intrigado.

- Tá bom então. - Relutante, respondeu simples. Kyojuro se deu conta de que sua falta de boa memória o irritava às vezes, como conseguia ser tão esquecido assim?!

Observando seu amado, Akaza percebeu que o mesmo permaneceu a pensar no assunto, inquieto. Afim de distrair o loiro, o oni propôs assistirem um filme enquanto comiam lanches, à pedido do mesmo, lhe prepararia um brigadeiro caseiro e rapidamente Kyojuro se mostrou feliz, radiante como uma pura criança despreocupada. Tão perfeito.

Assim como o dia, a noite passou rapidamente, divertido e preguiçoso, a madrugada se aproximava para aqueles que não tinham o costume de dormir tarde.

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Um toque era ouvido longe, abafado e irritante. Akaza abriu seus olhos de maneira pesada ao perceber que seu chato celular tocava próximo de seu rosto, pegando o aparelho com lentidão, olhou em sua tela, um número desconhecido ligava para sí. Sentando-se na cama, sentiu uma de suas coxas ser rodeada por um par de braços e pressionada contra o outro corpo, seu marido dormia ao seu lado, esfregou seu rosto com a mão livre afim de despertar-se, o insistente toque ainda era ouvido, logo atendeu àquela ligação.

- Quem é? - Simplista e direto, respondeu ao iniciar a chamada. Por mais que seu amado lhe dissesse que sua maneira de atender seu celular fosse grosseira, não conseguia abandonar um costume rotineiro. - Ah, o que foi? ... Outra pessoa não pode ir no meu lugar?! ... Puta merda, você me liga numa hora dessa em um domingo e ainda quer me apressar!? ... Tá, espera, você tá vendo ele agora? ... É sério isso?! Tô chegando aí. - Sem esperar por uma resposta, encerrou sua ligação e levantou-se apressado.

De forma desorientada, o oni andava em passos rápidos pelo cômodo à procura de vestir uma roupa decente minimamente, logo vestiu uma bermuda lisa em tecido leve e tom escuro, uma regata solta simples em tom de preto e chinelos, conferindo sua aparência no grande espelho preso à parede, passou suas mãos por seus fios rosa os arrumando, lindamente bagunçado.