TIRE A MÁSCARA QUE É AMOR

capítulo 16

(L). Não acredito nisso Carlinhos e eu nos beijamos... Nos beijamos, penso levando uma das mãos em meus lábios que agora ardiam por causa da mordida que Carlinhos havia deixado neles.
(C). Na sua casa ou na minha?
(L). Como... Eu ainda estava meio atordoado.
(C). Ah que se dane! Na minha.
Pego Lucas pela cintura e volto a beijá-lo encostando na parede ao lado da minha porta, tento colocar a senha sem desgrudar nossos lábios mas não consigo. Então desisto e ficamos nos pegando ali mesmo.
Lucas colocou uma das pernas na minha cintura enquanto nos esfregamos querendo quase entrar parede adentro e juntar nossos corpos em um só.
Lucas segura meus cabelos separando nossos lábios, beijando meu pescoço e me fazendo arrepiar inteiro.
Consigo abrir a porta e entramos, Lucas me joga no sofá e sobe em cima de mim.
Beija meus olhos, bochecha, pescoço e morde a minha orelha rebolando lentamente em mim, nossos membros já estão rígidos de tesão, retira minha camisa mas de repente ele para.
(L). Está um clima muito bom e eu estou fazendo coisas com Carlinhos que desejei a muito tempo mas eu não quero assim.
Então beijo todo seu rosto, demos mais um beijo gostoso e termino com o selinho molhado afasto nossas bocas e vejo os olhos de desejo de Carlinhos, eles eram a minha tentação.
Mas eu não podia agir com coração eu precisava agir com a razão, mesmo estando tão excitado como eu estava, e estava difícil parar porque meu corpo queria mais.Mas eu precisava parar porque às vezes precisamos ser sábios e deixar o coração de lado e foi o que eu fiz.
(C) O que foi? Vem.
(L) Me desculpe,mas não posso.
(C) Não pode por quê? Você quer tanto quanto eu eu posso ver pelas nossas ereções.
(L) Sim é verdade. Beijo mais uma vez os seus lábios e me levanto mas eu quero você por inteiro e não pela metade.
(C) Eu não estou aqui caceta?
(L) Está. Mas você está bêbado e amanhã poderemos nos ferir... Então...
(C) Então?
(L) Boa noite Carlinhos. Falo abrindo a porta.
(C). Ei espera. Vou até ele e o beijo novamente. Um beijo doce e lento, dou um selinho no final e digo: Boa noite!
Fico olhando Lucas entrar no apartamento e me pergunto o que foi que aconteceu aqui.
Falo me jogando no sofá.
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(L). Caminhar até meu apartamento foi umas das coisas mais difícil que já fiz.
Andei por todo o apartamento e não conseguia ficar em canto nenhum, me sentei na varanda e fiquei admirando os carros que passavam na avenida Paulista, me lembrando dos beijos que troquei com Carlinhos.
Era uma loucura o que havíamos feito e mais loucura ainda sou eu aqui acordado na expectativa do que Carlinhos vai fazer.
Nos vimos no final de semana inteiro e Carlinhos fez o que eu mais temia fingir que nada aconteceu e assim também o fiz .
(C). Acordei cedo lá pelas oito, corpo dolorido, cabeça pesada e uma sensação estranha.
Sonhei que beijei Lucas... Sonhei não! Beijei... Começa a vir fleches da noite anterior.
Que beijo, que pegada maravilhosa, minha nossa... Beijei meu amigo e agora? O que fazer? Como agir?
Meio atordoado e com os pensamentos a mil saio em busca de café.
Eita cachaça errada, nunca mais bebo.
A todo instante me lembrava de seu corpo no meu, da nossa pegação no sofá e sua recusa com medo do arrependimento.
Me arrepender como se meu corpo ainda sente o dele, se meus olhos querem o dele.
Saio na varanda e olho para a sua e lá o vejo sentado cochilando.
Será que ele se sentia igual a mim..
Isso não podia ter acontecido. Tudo praga do Paulo, aquela feinha com língua cumprida.
Será que nossa amizade vai continuar a mesma.
Melhor usar a velha tática da amnésia alcoólica, afinal o que não lembro não fiz
Paulo nos chama para almoçar e fomos.
Lucas e eu agimos normalmente e acho que ele engoliu a história de que eu não me lembrava de nada.
Me zoaram e contaram tudo que eu havia feito na festa.
Lucas disse que eu havia dado trabalho para chegar em casa e que havia me colocado no sofá e saído.
A tarde passou entre olhares discretos e Lucas sabia que eu me lembrava de tudo, afinal nós nos conheciamos bem.
Nos despedimos cordialmente na porta do apartamento e era inevitável lembrar o que havia acontecido.
Não sou um homem para relacionamento, esse era o meu medo com Lucas, por mais que eu gostasse dele como eu acabo de perceber que gosto. Eu não queria feri-lo com um relacionamento falido.
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(C). Semanas se passaram desde o nosso beijo Lucas me evitou completamente, tentei de todas as formas contato com ele mas sem sucesso.
Uma hora era muito trabalho, outras festas, farra, amigos novos ou antigos sei lá, que entraram na vida dele até Paulo se bandeou para o seu lado e me largaram sozinho.
E a cada dia eu sinto mais sua falta e não consigo parar de pensar nos seus lábios juntos dos meus. Minha pele arrepia só de lembrar, eu preciso me libertar disso.
Aonde está o Carlinhos solteirão incurável, hoje mesmo voltarei a usar meu site de relacionamento e voltar para a minha própria frase: é só uma transa e tchau.
(L). Precisei me distanciar de Carlinhos somente por um tempo até as coisas aqui dentro voltarem ao normal.
Por isso caí de cara no trabalho e nas baladas, Grazi amou fazia um tempo que nós não nos divertíamos tanto e também as baladas eram ótimas para encontrar modelos novos para meu cardápio. Sempre tinha alguém com potencial, além de me divertir meu faro profissional sempre estava alerta.
Passava o cartão da agência como olheiro eu tinha boa imagem ninguém imaginaria que seria eu o grande dono. Afinal para que me serve esse corpo bonito e esse olhar angelical eu tinha lábia necessária na ponta da língua, eu convenço a qualquer um.
Com a mesma rapidez que me apaixonava eu me desapaixonava, afinal paixão é uma atração momentânea.
Com o passar dos dias passei a pensar menos em Carlinhos também ficava pouco no apartamento assim eu evitava confronto.
Era óbvio que eu quero ele na minha vida mas somente como amigo.
Minha vida é complicada demais acabo de perceber isso e mesmo que em algumas horas do meu dia eu me pego pensando nele, nos seus beijos, na sua pegada e a minha pele arrepia só de pensar.
Mas mesmo assim eu me forço a colocá-lo em um cantinho esquecido do meu coração.
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(L).Carlinhos sentiu meu afastamento e respeitou o meu tempo,acho que ele também precisava de tempo.
Bom... Conhecendo bem Carlinhos, não foi assim tão de boa rsss. Ele resmungou, reclamou e disse que eu havia trocado por vários pares de calças o que não deixa de ser verdade já que eu precisava arranca-lo dos meus pensamentos, que eu o troquei até por Paulo que havia se tornado meu fiel escudeiro.
Na verdade Paulo se sentia culpado por toda essa situação, eu não vou mentir que amava ter Paulo ao meu lado ele é um ótimo conselheiro.
Me surpreendi quando Grazi disse que o menino maluquinho havia ligado já fazia tempo que não sabiamos dele.
Desde a última vez que eu pensei mais do que devia.
Eu sou assim penso demais e acabo estragando tudo ao meu redor.
A gente tinha uma conexão maravilhosa na cama.
Ele ligou pra agência pois queria uma noite inteira com o Kinder ovo e eu fiquei na dúvida se aceitava ou não.
Ele me lembrava muito Carlinhos acho que foi isso o meu fascínio.
Eu via no marrentinho o meu Carlinhos e vice versa.
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(Grazi). E aí Lucas? Eu preciso agendar. Olha eu não estou gostando disso, você não faz a ficha do modelo Kinder ovo, fica nesse segredo tudo já rejeitou o menino maluquinho outras vezes... O que está acontecendo?
(L).Não está acontecendo nada. O Kinder ovo é uma pessoa que você conhece, quando ele entrou em contato comigo ele pediu que eu não contasse a ninguém e eu vou cumpir.
(Grazi). Aff. Nós nunca tivemos segredos.
(L).Ei lindona. Aliso os cabelos de Grazi.
É ética profissional.
Pode agendar. Essa noite será especial e diga ao menino maluquinho que ele se surpreenderá.
(C). Precisava descarregar as energias acumuladas então entrei no site PrimersexLG, eu passei todo o cardápio de um lado para o outro, havia várias novidades mas nada que me chamasse atenção.
Como não encontrei o perfil do Kinder ovo, pois ele era exclusivo,misterioso e eu gostava disso precisei ligar para agência.
Paulo entra na minha sala e fica me observando fazer toda a transação.
Ele me olha com uma cara de reprovação mas eu não me importo afinal a vida é minha.
(P). Não acredito que você voltou para o site? Não era mais fácil você se desculpar com Lucas por ser medroso e não querer assumir seus sentimentos.