chapter 26

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Roma, Itália -->> Londres, Reino Unido. - 25 de agosto.

Victoria's pov

Estava mais nervosa do que alguma vez já estive para uma viagem. A atmosfera do aeroporto me trazia boas memórias, e as suas lojas também. Me lembro que vestia roupa nova, depois de ter levado tudo o que podia de uma loja de roupa de segunda mão que tinha nos subúrbios. Não sei se foi por causa da animação, mas tinha voltado dos 40 quilos para os 45, em apenas 3 semanas. O que era bom, muito bom.
Agora, Dami andava sempre atrás de mim, vendo tudo o que eu fazia, por onde eu andava. Entre ele e os seguranças dos shows, não sei quem é mais protetor.

2 horas de viagem passaram como se fossem 2 minutos. Quando dei por mim, já estava em solo britânico, olhando para a paisagem pela janela escura da van. O choque foi gigante. Dezenas de fãs estavam nos esperando, em todo o lado. Todos foram muito queridos e carinhosos comigo, e me deram imensas flores. Aqueles, costumavam ser os meus momentos favoritos da fama.

No mesmo dia, tivemos a nossa primeira impressão com o Royal Albert. Não sei como descrever esse sentimento direito.

As cores do espaço predominavam no bordô e no dourado, com elementos arquitetónicos únicos. O palco era redondo, assim como toda a estrutura. Tinha aproximadamente capacidade para acomodar mais de 5000, embora tivesse sido projetado para o dobro. 5000 pessoas, em um espaço fechado, meu deus. Tínhamos ensaios todos os dias, às 8 da manhã, antes do espaço estar disponível ao público.
No primeiro dia, Alice, que foi connosco para Londres para visitar a sua família, nos levou a uma road trip a Liverpool, a sua terra natal. Passamos por Manchester, e por Windsor, Cambridge e Oxford. Foi uma verdadeira aventura conhecer tantos lugares novos naquela que foi a cidade que a banda tira mais inspiração. Em 2020, ficamos "presos" em Londres. Nesses meses, fomos a vários concertos, onde explorámos todos os tipos de música e as suas variantes. Para nós, é e sempre vai ser uma cidade muito especial.

Chegamos ao hotel, cansados de tudo. A primeira impressão dele é que era um hotel normal, mas quando entrámos, mudei de ideias completamente. Os quartos eram grandes, bem decorados, e muito bem iluminados. O meu, era partilhado com o Dam, por causa daquela política toda do "supervisor". Mesmo assim, ainda tinha 2 paredes nos separando, o que respeitava a privacidade dos dois. Em outros tempos, até podíamos dormir na mesma cama, mas depois de tudo o que aconteceu, isso se torna muito estranho.
Me sentei na cama confortável do quarto, olhando para o teto. Cada vez que olho para algum teto, me lembro da música Canyon Moon do Harry Styles que diz "staring at the ceiling, 2 weeks and I'll be home". Pensava muito nesse verso quando estava internada, e foi com inspiração nele que escrevi Home, na clínica. Desde aquela madrugada, nem eu nem Dam falámos do nosso projeto, das canções, da If You Were Sober. Pensei que talvez ele tinha desistido da ideia, mas eu não queria desistir.

- Damia, onde você anda?- gritei.

- Aqui.- ele respondeu.

Abri a porta que dava acesso ao seu quarto, e estive à sua procura, reparando que a sua voz vinha do banheiro.

- É algo urgente? Então pode sair.- ele disse.- Sabe o que se chama privacidade?

- Vá, Dam. Você não tem nada que eu não tenha visto antes.- respondi.- Posso falar?

- Sim.

- Lembra da If You Were Sober?

- Yup, porquê?

- Eu acho que já estou pronta para começar a trabalhar nesse projeto.

- Tem a certeza Vic?

- Tenho. Eu tive criando umas melodias novas no outro dia...

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