chapter 32

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"It was when I stopped searching for home whithin others and lifted the foundations of home within myself I found there were no roots more intimate than those between a mind a body that decided to be a whole."

CARLY. Rupi Kaur

VICTORIA'S POV

Depois de me sentir mal no meu quarto,  chegou uma luz forte chegando aos meus olhos, e  de virar o meu olhar para as paredes sem cor do hospital.  4 dias no hospital, 2 deles na UTI. Não me sentia bem, mas também conseguia me aperceber que estava mal. Estava com os mesmos sintomas há quase 1 semana: tontura, náusea, sono. 

Se os meus exames tivessem seguros o suficiente, eu poderia voltar para casa. Mas a verdade é que naquelas últimas semanas, eu tinha começado a pensar que o hospital já se tinha tornado em uma segunda casa. Lá, apesar das cores das paredes serem as mesmas, o chão azul, lençóis iguais, roupas iguais, comida igual, eles cuidavam de mim. Tinham a certeza que o meu pulso estava bom, que a minha glicemia estava na média, que eu tinha comido bem, que eu não piorava, que eu não tinha falta de ar. Depois a maioria das enfermeiras são simpáticas, apesar de as enfermeiras responsáveis pelos pacientes estejam sempre a mudar por causa dos turnos. As do turno da noite, tinham o cuidado de tentar deixar o quarto não tão iluminado, não me acordavam quando me aplicavam mais medicamentos. As da manhã, que me davam banho. As da tarde, que costumavam estar sempre mais bem dispostas.

Sasha era uma enfermeira de plantão, mas estava mais presente na UTI. Baixa, ruiva, com olhos gigantes. Quando passava pelo meu quarto, me acenava e conseguia me trazer as refeições às horas certas. Depois de uma conversa breve, percebi que ela estava no último ano da faculdade de enfermagem, e esse era o seu último ano estagiando. Naquele momento, ela estava mais focada para cardiologia, daí o seu interesse no meu caso. De uma forma muito natural, ela me perguntou se poderia estudar o meu caso na sua tese de final de curso, e eu aceitei.

Nessa tarde no meio de outubro, ela entrou no meu quarto, outra vez, para me preparar para uma "viagem" de cadeira de rodas: os exames. Era assim que ela chamava a isso. Uma médica de farda cor de rosa me examinou no meu primeiro dia de internamento, e indicou um exame de urina para eu fazer. A cardiologista, um eletrocardiograma, um raio de nome super difícil de escrever e dizer. O pneumologista, uma tomografia ao tórax. A neurologista, um TAC à cabeça. Para não falar em análises ao sangue, e tudo o que era considerado uma excreção. Um trabalho que poderia ser executado por 1 médico de medicina geral foi executado em uma equipa de 4. Afinal, eu pagava milhares na minha saúde por alguma razão. Após ter desmaiado durante as análises de sangue, senti me colocarem em uma maca e me levarem para alguns elevadores, e depois abri os olhos novamente. Estava no meu quarto de novo, com uma garrafa de soro pendurada em um doseador de ferro. Pela pequena janela do quarto que quase nunca estava totalmente, conseguia observar o pôr do sol. Como não tinha celular, aprendi a me orientar pelo estado do céu em UTIs.

Em cima de uma pequena mesa, estavam os meus papéis de alta. Que alívio. Ao lado, estava um pequeno ramo de tulipas brancas, 3 para ser precisa. "D.", dizia em um pequeno cartaz. Ele sabia que eu gostava das flores assim, em números ímpares. Ele tinha estado comigo, mas eu é que não estava consciente para isso.

Eram quase 9 da noite, e eu estava já me preparando para passar mais uma noite no hospital, uma vez que ninguém me dizia nada, nem dava indicações. Quando estava quase a abrir de novo a minha pequena mochila, vi Sasha a entrar no quarto, com a médica de farda rosa bebê. Obstetra. Eu sabia. Lá no fundo, eu sempre soube.

"Victoria..."

"E então, posso ir para casa?"

"Antes disso... Temos uma coisa para falar."

"Bem...." Sasha continuou, "Detetámos uma hormona diferente na sua urina e no seu sangue."

"Victoria... você, você está grávida," afirmou a médica.

oi gente! estavam esperando essa notícia? deixem as suas opiniões nos comentários, isso é muito importante para mim.

tks for reading,

mel.






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