第2章 (cap. 2)

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(1364 palavras)

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(1364 palavras)


NO OUTRO dia cedo, faço minhas higienes e me preparo para a minha regra mensal. Escovo o cabelo e coloco o véu. Desço para me juntar às outras para o café.

— Você demorou - me diz Laura.

— Tive que resolver uma coisa.

Tomamos café e logo após, fomos para as aulas, e após essas, cada uma foi fazer sua tarefa diária.

Fiquei com a limpeza da cozinha. Particularmente, o que eu mais gostava era ficar na biblioteca. Não só ajudei a limpar a cozinha, como ajudei a preparar a refeição para o nosso almoço, que não era muito tarde, já que acordávamos o sol todos os dias.

À tarde, volto para a cozinha, não para limpar, mas para fazer doces para uma quermesse que o Padre José está organizando para o dia de Santo Antônio. Doces esses, que ajudarão na manutenção do convento. As doações estão poucas e acho essa ideia da quermesse muito boa. Serão duas barracas com guloseimas para arrecadar algo. Gosto de ajudar a fazer os doces e salgados, já que, sem ter uma profissão, vou precisar fazer algo para viver quando sair daqui.

Quando a noite chega, já tomei meu banho, já comemos e agora estou na cela lendo, esperando a ordem para apagarmos as luzes.

Sempre acordamos as galinhas, sim, levantamos tão cedo que somos nós que acabamos acordando elas, coitadas!

Em torno das dez da noite, a irmã Maria abre a porta da minha cela e Laura adentra.

— Boa noite, meninas!

— Boa noite, irmã - respondemos em coro.

— Nos vemos amanhã. Comportem-se.

Ela saiu me deixando a sós com a novata. Laura me olhava com atenção.

— Você parece sempre querer distância de todas, por quê?

— Pretendo fazer voto de silêncio e, se ficar aqui, me tornar uma freira enclausurada.

— Se ficar? Pretende fugir?

— Me expressei mal.

— Me fale um pouco de você. Já que vamos dividir o quarto e conviver, melhor nos conhecermos.

Aquela simples pergunta poderia me colocar numa enrascada. Então, achei uma saída ou melhor, me tiraram do aperto...

— Apaguem as luzes! - a irmã Celeste passa falando isso no corredor.

— Deixamos isso para outro dia - respondi.

— Você sabe que podemos conversar no escuro, não é?

— Sei. Mas acordo muito cedo e estou... cansada. Boa noite!

Dei o assunto por encerrado, virei para o lado e me cobri. Sei que não vou conseguir fugir pra sempre, mas enquanto puder, farei.

𝕾ob o VéuOnde histórias criam vida. Descubra agora