第48章 (Cap. 48)

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(2381 palavras)

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AQUELE MÊS estava bom demais para ser verdade, o trabalho estava ótimo, a lanchonete estava funcionando perfeitamente, o Giovanni e eu atendemos à nossa encomenda e já estava negociando uma nova.

Ele conseguiu os maquinários, a mãe e meu Docinho o ajudavam durante o dia, não faltava mais salgados para vender e eu achando que tudo estava entrando no eixo. Tico e Teco resolveram se entender e isso me fez ficar menos bocó, eu conseguia agora trocar algumas palavras com ela sem parecer que não tenho um cérebro.

O Giovanni disse que conversou com a Laura, que me aconselhou a falar a verdade para a Paula...

— Você fazia de tudo para me conquistar, foi tão gentil, por que não é assim com a minha irmã?

— Porque isso era só com você Dango.

— Você é um idiota, sabia? - ele disse e eu ri.

— A questão Giovanni é que eu travo quando estou perto dela, mas espero que isso melhore de agora em diante e vou ser como sempre fui, um cara legal e vou perguntar a sua irmã se tenho chances com ela.

Eu passei a observar melhor a minha pequena, tudo o que eu queria era um sinal da parte dela, para que eu pudesse investir. Eu não queria pagar mico e sei lá, me declarar e não dar certo, ou falar alguma besteira e ao invés dela me dar uma chance, ela rir da minha cara.

E nessas idas e vindas buscando ela na faculdade, sei, foram poucas, mas se eu me apaixonei por ela e só precisei vê-la uma única vez na vida, eu precisava focar toda a minha atenção nela, saber se por uma sorte do destino ela iria me dar uma chance. Fora que eu não esqueci a olhada que ela me deu quando tomei banho no banheiro dela, e aquela frase... "Prefiro você sem..." Eu posso até ser louco, mas eu creio que no mínimo ela me quer para uma ficada, claro que eu não penso nisso, não somente nisso, eu quero algo a mais, será que tô sendo muito piegas?

Algumas vezes, durante essas pequenas viagens que fizemos da faculdade até sua casa, notei pelo retrovisor que ela me dava umas olhadas, bem disfarçadas, mas estavam lá. Ela tem olhinhos pequenos como do irmão e eu aprendi a ler as emoções do Giovanni, olhando atentamente para aqueles olhos miúdos dele, então eu percebi, tão disfarçadamente o modo como ela me olhava.

E o ponto chave foi o dia em que fui levar o Giovanni em casa e pedi um copo com água, fiquei na varanda aguardando e para minha surpresa foi ela quem trouxe o copo com a água geladíssima e me entregou.

— Sua água.

— Obrigado, tá quente hoje... - peguei o copo e dei um gole na água.

— Sim - ela chegou bem pertinho e sussurrou pra mim — Se quiser ficar pelado outra vez, eu não vou me importar.

Eu engasguei com a água e ela começou a bater de leve nas minhas costas, eu entreguei o copo a ela e fui para o meu carro. Eu disse, ela quer brincar de karaokê com meu microfone.

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