(1274 palavras)
A SAUDADE do Giovanni é quase insuportável, já se passou mais de dois meses que o vi pela última vez, ultimamente só nos falamos por celular, mas tem dois dias que ele não fala comigo, será que há algo errado?
Acordei hoje e não me sinto muito bem, acho que a preocupação está me deixando nervosa. Apanhei o celular ao lado da mesa de cabeceira e olhei se por acaso não havia alguma mensagem dele, mas não havia absolutamente nada, meu coração está tão apertado...
— Você está bem, Laura?
— Acho que comi algo que não me fez bem ontem a noite, Isa.
— Vou levantar, acho melhor você ficar deitada e vê se melhora, você está muito pálida.
— Acho que vou ficar um pouco mais aqui, então.
— Vou avisar a irmã Maria ou a Madre.
— Obrigada.
Ela saiu e mandei mais uma mensagem para o Giovanni... Acabei cochilando outra vez, mas fui acordada pela Isa.
— Laura, Laura...
— Oi, irmã...
— Sou eu, Isa...
— Desculpe, achei que fosse a irmã Maria.
Ela sentou-se na beira da cama e chorou.
— O que houve? Que horas são?
— 10:40... Acho melhor você vir comigo.
— Por que você tá chorando? O que aconteceu? - meu pensamento foi direto para o Giovanni. Isa ficou de pé e me ajudou a me vestir e saímos do quarto, vendo que estava um silêncio fora do comum naquele local.
Achei que iríamos para a cozinha ou algum outro local, mas estávamos indo em direção ao quarto da Madre Luzia, e quando nos aproximamos notei que haviam muitas meninas na entrada, todas com cara de choro e meu coração se apertou ainda mais.
— O que houve? - segurei no braço da Isa a obrigando a parar antes de chegarmos mais perto.
— A Madre se foi...
— Como é? - apressei meu passo e passei pelas outras, mas quando entrei no quarto, vi as irmãs orando ao lado da cama e a Madre Luzia deitada com as mãos cruzadas sobre o peito.
Abro meus olhos vendo a irmã Maria sentada na beira da cama, passando um pano úmido em meu rosto.
— Irmã? Tive um pesadelo tão ruim...
— Com a Luzia?
— É...
— Infelizmente não foi um pesadelo, minha filha.
— O que? - sentei na cama e choramos por um bom tempo abraçadas.
— Hoje pela manhã ela recebeu a visita do padre Luís e ela o recebeu no seu escritório, passado um tempo, ele saiu correndo e pedindo ajuda, dizendo que ela reclamou de não se sentir bem. Porém quando chegamos ela já estava desacordada, até chamamos a ambulância, mas não resolveu de nada, ela partiu...
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𝕾ob o Véu
RomanceTrancado desde os seus 13 anos e não por seu desejo ou amor, mas por obrigação e para salvar sua vida e de quem ama. Seu maior desejo é sair de lá e viver uma vida normal como os jovens de sua idade. Porém, sabe que é muito arriscado e não quer co...