第55章 (Cap. 55)

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(1470 palavras)

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EU NUNCA senti uma dor tão grande... nem mesmo quando tentei me matar, ou quando fiz o aborto, nem mesmo na hora do parto, nada, absolutamente nada se comparou a dor que senti quando vi o Felipe se afastar com meu bebê nos braços.

Minhas esperanças do Giovanni voltar, se findaram e por mais que eu tente pensar positivo, tudo me leva a crer que ele nunca mais vai voltar, que eu nunca mais vou poder ver aquele sorriso lindo dele, que nunca mais vou poder beijar os seus lábios e me encantar com sua inocência.

Como eu disse desde o começo, nunca fui religiosa, mas nos últimos sete meses, nunca fiquei tão próxima de Deus e nunca orei tanto. Como dizia o Giovanni, orar para encher o saco de Deus... como você me faz falta, meu amor!

Se já foi difícil ver o Felipe partindo com o meu pequeno Gian, eu não sei que nome eles darão ao meu pequeno, mas pra mim, ele sempre será o meu anjinho Gian, agora imaginem como foi o dia seguinte, quando meus seios começaram a vazar leite e eu pensei se o meu filho não estaria com fome e que eu nem ao menos poderia amamentá-lo. Até pensei em ficar com ele aqui ao menos por mais seis meses e amamentá-lo, porém como a irmã Maria me disse, quanto mais tempo, quanto mais perto, mais difícil de eu conseguir vê-lo partir.

Também pensei na possibilidade de sair do convento com ele, mas como eu me viraria? Não tenho formação, com um bebê que requer cuidados, sem trabalho, sem teto, sem dinheiro, sem apoio e ainda correndo o risco de ser perseguida por esses bandidos... eu jamais colocaria a vida do meu pequeno em risco. Sei que o Felipe e a Paula, também correm riscos, mas ao menos o Felipe tem um trabalho, tem como cuidar do meu pequeno, fora que, na minha cabeça, eles vão para fora do país, para bem longe com meu bebê e assim, eles ficam bem.

Cada vez que meus seios vazavam, era um motivo para as lágrimas desceram por meu rosto sem parar, até que a médica veio me ver e ver o pequeno, ela não sabia que eu ia dar o bebê para a adoção, nem mesmo sabia o meu nome real, para ela, as freiras disseram que meu nome era Maria Aparecida, mas que me chamavam de Cida.

— Olá, Cida. Soube que seu bebê nasceu... - ela olhou em torno e não viu sinal dele — Foi um parto prematuro, as freiras me disseram que uma parteira foi chamada...

Desatei a chorar e ela sentou-se na cama e passou a mão em meus cabelos.

— O que houve?

— Ele...

— Deu algo errado?

Acho que era melhor dizer que perdi o bebê, do que dizer que o dei para adoção, ou que dei para um casal de amigos.

— Ele era tão pequeno...

— Mas sua gestação estava perfeita... tudo bem que foi prematuro, mas se algo não estava bem na hora do parto, deveriam ter levado você para o hospital...

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