(1814 palavras)
FOI ALGO bem triste vê o casal se despedir. Laura ficou sentada sobre as pernas, chorando demais, enquanto Giovanni não estava diferente dentro do carro. Seu pai tentou conversar e dizer que tudo ficaria bem, acalmar o garoto, mas parecia que cada palavra que ele dizia fosse como vento.
Então só nos restou o silêncio que só era quebrado pelo som do choro do Giovanni. Ele é tão branquinho e só naquele momento o vi vermelho. Quando chegamos a sua nova casa, parei o carro o mais perto da entrada da casa possível. A casa não era dentro da cidade, o terreno era como um mini sítio, havia muitas frutas e árvores e indo buscar o Giovanni, o pai dele me contou que escolheu aquela casa, pois sabia que sua esposa gostava de plantar e criar animais, já a Paula, gostava da paz e sossego para poder estudar. Ela tá fazendo faculdade, qual será o curso? Medicina? Adoraria ser estudado anatomicamente por ela, pedacinho por pedacinho.
Não sei se disse a vocês, mas saber que eles vão morar tão pertinho de mim, foi uma alegria muito grande, não só por ter meu amigo perto, eu realmente gosto muito do Giovanni, ele é um garoto cativante, quando se conhece. Mas também tem outro motivo para que eu ficasse tão feliz, a irmã do Giovanni, Paula.
Sua mãe já estava na varanda da casa aguardando a gente, ele desceu do carro correndo e abraçou a mãe apertado. Depois de um tempo, eu fiquei pensando muito na situação do Giovanni, imagine se eu fosse obrigado e me separar da minha família, ser criado dentro de um convento, por pessoas desconhecidas e ainda ter que fingir ser quem não sou, acho que eu não suportaria tanto tempo como ele. Isso me fez admirar ainda mais ele, fora que mesmo que ele seja meio grosso as vezes, a quem quero enganar, ele é grosso, mas de um jeito doce... será que dá pra entender? Seria tipo de dar uns socos para matar uma abelha, você faz pelo bem do outro, não pra machucar, deu pra entender? Não, né? Ele me jogar dentro do laguinho, eu estando todo lindo e cheiroso, me deixando molhadinho... não por ele, nem pra ele... eu quero ficar assim, mas com a outra parte da família, mas especificamente, a irmã...
Enfim, o pai dele desceu do carro e eu logo em seguida, peguei a pequena bolsa dele no porta malas, fechei o mesmo e fui até a varanda colocando a bolsa no chão.
— Giovanni... - ele não me ouvia. Continuava conversando com a mãe — Giovanni... - nada — Dango.
— Já te pedi pra não me chamar assim - ele finalmente virou e olhou pra mim, com cara de raiva, mas no fundo eu sabia que ele não tava com raiva de mim, ele me ama.
— Estava chamando você para devolver sua bolsa.
Ele pegou a bolsa no chão e deu dois passos para dentro da casa, colocando a bolsa novamente no chão.
— Tchau - eu disse ainda na varanda.
— Como tchau? - ele voltou para fora.
— Acho que você não precisa mais de mim, então eu... - apontei para o carro.
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𝕾ob o Véu
RomanceTrancado desde os seus 13 anos e não por seu desejo ou amor, mas por obrigação e para salvar sua vida e de quem ama. Seu maior desejo é sair de lá e viver uma vida normal como os jovens de sua idade. Porém, sabe que é muito arriscado e não quer co...